quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Maxivest I

 88- Em uma das frases, o artigo definido está empregado erradamente. Em qual?

A velha Roma está sendo modernizada.
A "Paraíba" é uma bela fragata.
Não reconheço agora a Lisboa do meu tempo.
O gato escaldado tem medo de água fria.
O Havre é um porto de muito movimento.
Se o nome de cidade estiver modificado, especificado, o uso do artigo é obrigatório. Ex.: A velha Roma; a Lisboa do meu tempo. Paraíba é nome de uma embarcação e não de um estado e Havre, de um porto; com artigo. Gato escaldado, com artigo, especifica, mas a frase é genérica: todos os gatos escaldados têm medo de água fria; sem artigo, portanto. Não se usa o artigo antes de nomes de provérbios, definições e sentenças, com exceção de 'o hábito não faz o monge'




89- O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é:

Hibernal – de inverno
Filatélico – de folhas
Discente – de aluno
Docente – do professor
Onírico – de sonho
Filatélico: referente à filatelia = hábito e gosto de colecionar selos.




90- Na oração "Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente:

Adjetivo e pronome
Pronome adjetivo e adjetivo
Pronome substantivo e pronome adjetivo
Pronome adjetivo e pronome indefinido
Adjetivo anteposto e adjetivo posposto
A classe gramatical a que pertence certo depende da posição em que ele se encontra na frase:

Antes do substantivo: certo é pronome indefinido;

Depois do substantivo: certo é adjetivo.

Os pronomes podem ser pronomes substantivos e pronomes adjetivos. Serão pronomes substantivos quando substituírem ou retomarem um substantivo. Serão pronomes adjetivos quando acompanharem um substantivo. Por exemplo:

Ele encontrou meu livro: Ele é pronome substantivo, pois substitui um substantivo. Meu é pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo livro.

O pronome indefinido certo sempre será pronome adjetivo, pois acompanha um substantivo.

A frase "Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos" tem, em certos amigos, um pronome indefinido adjetivo e, em amigos certos, um adjetivo.




91- "... foram intimados a comparecer..."; "... não a fizeram..."; "... a sua oração...". As três ocorrências do a são, respectivamente:

Preposição, pronome e preposição
Artigo, artigo e preposição
Pronome, artigo e preposição
Preposição, pronome e artigo
Artigo, pronome e pronome
Os vocábulos o, a, os, as podem pertencer às seguintes classes gramaticais:

Artigo: quando antecederem um substantivo: o homem; a mulher; os homens; as mulheres.

Pronome pessoal oblíquo átono: quando funcionarem como objeto direto, substituindo ele, ela, eles, elas: Comprei-o; comprei-a; comprei-os, comprei-as.

Pronome demonstrativo: quando substituírem este(s), esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s), isso: Não entendi o que ele disse = Não entendi aquilo que ele disse. A que me contou a história foi a esposa de João = Aquela que me contou...

Em opinião minoritária, Bechara e Celso Pedro Luft consideram-no como um artigo definido diante de um substantivo implícito, quando se pode subentender um substantivo.

Preposição: O a será preposição quando for exigida por verbo, substantivo, adjetivo ou advérbio para estes se ligarem com outros elementos: Obedecer a algo; obediência a algo; ele é obediente a algo; agiu obedientemente a algo.

Na frase apresentada há o seguinte:

"... foram intimados a comparecer...": O a é preposição exigida por intimados: quem é intimado, é intimado a fazer algo.

"... não a fizeram...": O a é pronome pessoal oblíquo, pois substitui ela

"... a sua oração...": O a é artigo, pois antecede o substantivo oração.




92- Assinale a opção em que o termo em destaque, quando posposto ao substantivo, muda de significado e passa a pertencer a outra classe de palavras:

Complicada solução
Inapreciável valor
Extraordinária capacidade
Certos lugares
Engenhosos métodos
O termo que muda de significado e passa a pertencer a outra classe de palavras quando posposto ao substantivo é certo: passa de pronome adjetivo indefinido a adjetivo.




93- "...levaram a adotar"; "a sua morte..."; "... não a pôs...". As três ocorrências do a são, respectivamente:

Preposição, pronome e preposição
Pronome, artigo e preposição
Preposição, artigo e pronome
Artigo, artigo e preposição
Artigo, pronome e pronome
Os vocábulos o, a, os, as podem pertencer às seguintes classes gramaticais:

Artigo: quando antecederem um substantivo: o homem; a mulher; os homens; as mulheres.

Pronome pessoal oblíquo átono: quando funcionarem como objeto direto, substituindo ele, ela, eles, elas: Comprei-o; comprei-a; comprei-os, comprei-as.

Pronome demonstrativo: quando substituírem este(s), esse(s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s), isso: Não entendi o que ele disse = Não entendi aquilo que ele disse. A que me contou a história foi a esposa de João = Aquela que me contou...

Preposição: O a será preposição quando for exigida por verbo, substantivo, adjetivo ou advérbio para estes se ligarem com outros elementos: Obedecer a algo; obediência a algo; ele é obediente a algo; agiu obedientemente a algo.

Na frase apresentada há o seguinte:

"...levaram a adotar": O a é preposição exigida pelo verbo levar: levar alguém a fazer algo

"a sua morte...": O a é artigo, pois antecede o substantivo morte.

"... não a pôs...": O a é pronome pessoal oblíquo, pois substitui ela



94- Assinale a alternativa em que é incorreta a correspondência entre o adjetivo e a locução adjetiva equivalente:

Investimento de vulto: investimento vultuoso
Azul do céu: azul celeste
Calor de verão: calor estival
Ilha de gelo: ilha glacial
Empréstimo com usura: empréstimo usurário
Vultuoso: diz-se do aspecto da face quando está vermelha e inchada, e com os olhos salientes.

Vultoso: que faz vulto, volumoso, importante.

A primeira frase está, portanto, inadequada. O certo é investimento vultoso, portanto, volumoso, e não investimento vultuoso, pois não é inchado, e sim considerável, de grande proporção e importância.




95- Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro, respectivamente:

Cristão / guarda-roupa
Questão / abaixo-assinado
Alemão / beija-flor
Tabelião / sexta-feira
Cidadão / salário-família
Alguns substantivos terminados em -ão que se pluralizam em –ãos: cristão, cidadão, artesão, pagãos. Todas as paroxítonas terminadas em –ão se pluralizam em –ãos: bênçãos, órgãos, órfãos, acórdãos, sótãos.

Alguns substantivos terminados em –ão que se pluralizam em –ães: tabeliães, escrivães, sacristães, capelães, alemães, capitães.

Alguns substantivos terminados em –ão que se pluralizam em –ões: questões, tubarões, eleições. Todos os aumentativos se pluralizam em –ões.

Substantivos compostos:

Verbo + substantivo: só o substantivo se pluraliza: mata-burros, guarda-roupas, beija-flores

Advérbio + adjetivo: só o adjetivo se pluraliza: abaixo-assinados
Numeral + substantivo ou substantivo + pronome: ambos se pluralizam: sextas-feiras, pais-nossos
Substantivo + substantivo: ambos se pluralizam, a não ser que o segundo indique tipo ou finalidade do primeiro. Nesse caso, só o primeiro se pluraliza: salários-família, apesar de haver gramáticas e dicionários que pluralizam os dois: salários-famílias







96- Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre as seguintes, está errada:

Saia amarelo-ouro
Papel amarelo-ouro
Caixa-vermelho-sangue
Caixa vermelha-sangue
Caixas vermelho-sangue
Somente o último elemento do adjetivo composto concorda com o substantivo: saia amarelo-clara; saias amarelo-claras. Se, porém, um dos elementos for representado por um substantivo, ambos ficam invariáveis: caixa vermelho-sangue; caixas vermelho-sangue. São invariáveis também os seguintes adjetivos compostos: azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo indiciado por cor-de-...



97- Indique a frase correta:

Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra.
Godofredo almoçou duas couves-flor.
Alfredo e Radagásio são dois gentil homens.
Verbo + verbo com sentidos opostos: invariável: os leva-e-traz. Repetidos: ambos se pluralizam: piscas-piscas. Há gramáticas, porém, que admitem somente o último pluralizado: pisca-piscas

Verbo + substantivo: só o substantivo se pluraliza: espalha-brasas

Substantivo + preposição + substantivo: só o primeiro substantivo se pluraliza: pés-de-cabra
Substantivo + substantivo: ambos se pluralizam: couves-flores, a não ser que o segundo indique tipo ou finalidade do primeiro. Nesse caso, só o primeiro ou os dois se pluralizam: salários-família ou salários-famílias

Adjetivo + substantivo: ambos se pluralizam: gentis-homens



98- Está mal flexiona o adjetivo na alternativa:

Tecidos verde-olivas
Festas cívico-religiosas
Guardas-noturnos luso-brasileiros
Ternos azul-marinho
Vários porta-estandartes
Somente o último elemento do adjetivo composto concorda com o substantivo: festas cívico-religiosas, guardas-noturnos luso-brasileiros. Se, porém, um dos elementos for representado por um substantivo, ambos ficam invariáveis: tecidos verde-oliva. São invariáveis também os seguintes adjetivos compostos: azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo indiciado por cor-de-...



99- Na sentença "Há frases que contêm mais beleza do que verdade" temos grau:

Comparativo de superioridade
Superlativo absoluto sintético
Comparativo de igualdade
Superlativo relativo
Superlativo por meio de acréscimo de sufixo
Há três graus comparativos:

De igualdade: tanto... quanto, tão... como.

De superioridade: mais ... que, mais ... do que

De inferioridade: menos ... que, menos ... do que

Há dois graus superlativos:

Absoluto: que pode ser sintético – por meio de sufixo (-íssimo, -ílimo, -érrimo) ou por advérbio (muito). Ex.: Ele é inteligentíssimo. Ele é muito inteligente

Relativo: que pode ser de inferioridade: o menos ou de superioridade: o mais. Ex.: Ele é o menos inteligente. Ele é o mais inteligente.

Na frase "Há frases que contêm mais beleza do que verdade" temos grau comparativo de superioridade.




100- Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto:

Vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
Tico-ticos, salários-família, obras-primas
Reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
Pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
Pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
Substantivos compostos:

Palavra invariável + substantivo ou adjetivo: só o substantivo ou o adjetivo se pluraliza: vice-presidentes, pseudoesferas, sempre-vivas.
Substantivo + substantivo: ambos se pluralizam, a não ser que o segundo indique tipo ou finalidade do primeiro. Nesse caso, só o primeiro ou ambos se pluralizam: salários-família ou salários-famílias.

Substantivo + adjetivo: ambos se pluralizam: amores-perfeitos, obras-primas, cartões-postais.

Numeral + substantivo ou substantivo + pronome: ambos variam: sextas-feiras, pais-nossos.

Substantivo + preposição + substantivo: só o primeiro substantivo se pluraliza: chefes-de-seção, pães-de-ló, mulas-sem-cabeça.

Verbo + verbo com sentidos opostos: invariável: os leva-e-traz. Repetidos: ambos se pluralizam: piscas-piscas. Há gramáticas, porém, que admitem somente o último pluralizado: pisca-piscas.

Palavras repetidas (menos verbo) ou onomatopéia: só o último elemento se pluraliza: tico-ticos, reco-recos.



101- Nas frases

O cônjuge se aproximou.
O servente veio atender-nos.
O gerente chegou cedo.
Onde não está claro se é homem ou mulher?

Não está claro se é homem ou mulher apenas na primeira frase, pois cônjuge é substantivo masculino, tanto para homem quanto para mulher. Já servente e gerente são comum de dois gêneros, ou seja, o artigo indica o gênero: o servente, a servente, o gerente, a gerente.




102- Em qual das alternativas colocaríamos o artigo definido feminino para todos os substantivos?

Sósia – doente – lança-perfume
Dó – telefonema – diabetes
Clã – eclipse – pijama
Cal – elipse – dinamite
Champanha – criança – estudante
São masculinos:

O lança-perfume

O dó

O telefonema

O clã

O eclipse

O pijama

O champanha

São femininos:

A criança

A cal

A elipse

A dinamite

São substantivos de dois gêneros:

O sósia, a sósia

O doente, a doente

O diabetes, a diabetes

O estudante, a estudante



103- Qual o superlativo de nobre, pobre, doce, amável, sagrado?

Nobre: nobilíssimo ou nobríssimo

Pobre: paupérrimo ou pobríssimo

Doce: dulcíssimo ou docíssimo

Amável: amabilíssimo

Sagrado: sacratíssimo



104- O plural de vice-rei, porta-estandarte, navio-escola e baixo-relevo é:

vice-rei: vice-reis, pois vice é palavra invariável.

porta-estandarte: porta-estandarte, pois porta é verbo, e estandarte, substantivo.

navio-escola: navios-escola, pois o segundo elemento é indica a finalidade do primeiro. Há gramáticas e dicionários que admitem ambos no plural: navios-escolas

baixo-relevo: baixos-relevos, pois baixo é adjetivo, e relevo, substantivo.




105- Especifique o que estiver totalmente correto quanto ao grau:

Cruíssimo é o grau superlativo de cruel e de cru.
Muitas vezes o diminutivo tem valor depreciativo: mãezinha, papelucho, rapazelho, casulo, camisola.
Deixaram de ter valor de grau aumentativo ou diminutivo: portão, cordel, cafezinho, mocinho, pequenininho.
Em linguagem precisa são aceitáveis as expressões mais paralelo que, mais oval, redondíssimo.
Em todas as alternativas há erro.
Cruíssimo: é o superlativo de cru. O de cruel é crudelíssimo ou cruelíssimo.

Muitos diminutivos e aumentativos não indicam tamanho, mas carinho, ironia, admiração ou desprezo. Por exemplo: paizinho, filminho, golaço ou gentalha.

Pode-se formar aumentativos e diminutivos através de prefixos em vez de sufixos. Por exemplo: supermercado, hipermercado, megaevento, minidicionário, microempresário.

Portão, cordel, cafezinho e mocinho deixaram de ter valor de aumentativo ou de diminutivo, mas pequenininho, não. O mesmo ocorre com cartão, fogão, caldeirão, cartilha e folhinha (calendário).

As expressões apresentadas não são aceitáveis em linguagem precisa.

Em todas as alternativas, portanto, há erro.




106- Adjetivo no grau superlativo relativo ocorre em:

Acrescento que nada mais bonito existe do que um barco a vela.
E havia também as casas dos pobres do outro lado, construções muito admiráveis no ar.
O milagre da pobreza é sempre o mais novo e o mais cálido de todos os milagres.
O maior barco a vela seguia o caminho invisível do vento.
O domingo se aquietara quando passou zunindo um automóvel vermelho.
Há dois graus superlativos:

Absoluto: que pode ser sintético – por meio de sufixo (-íssimo, -ílimo, -érrimo) ou por advérbio (muito). Ex.: Ele é inteligentíssimo. Ele é muito inteligente

Relativo: que pode ser de inferioridade: o menos ou de superioridade: o mais. Ex.: Ele é o menos inteligente. Ele é o mais inteligente.

Há, portanto, superlativo relativo em Acrescento que nada mais bonito existe do que um barco a vela.




107- Os plurais álcoois, caracteres e anões respectivamente de álcool, caráter e anão são certos?

Álcool: apesar de os livros de gramática registraram alcoóis como o plural certo, o dicionário Aurélio registra álcoois.

Caráter: caracteres

Anão: anãos e anões



108- Uso de adjetivos:

Redação sem mácula: redação ________________
Argumento sem defesa: argumento _________________
Casa não habitada: casa ______________________
Amigo sem habilidade: amigo ___________________
Sem mácula: imaculada

Sem defesa: indefensável

Casa não habitada: inabitada

Amigo sem habilidade: inábil



109- Assinale a opção em que ambos os termos não admitem flexão de gênero:

Inglesa pálida
Jovem leitor
Alguns mestres
Semelhante criatura
Moça ideal
Inglesa pálida – inglês pálido

Jovem leitor – jovem leitora

Alguns mestres – algumas mestras

Semelhante criatura – semelhante criatura

Moça ideal – moço ideal



110- Em qual alternativa uma palavra apresenta erro de flexão?

Portas-bandeira, mapas-múndi
Salvos-condutos, papéis-moeda
Salários-família, vice-diretores
Guarda-civis, afro-brasileiros
Mãos-de-obra, obras-primas
Há duas palavras com erro de flexão: portas-bandeira
e guarda-civis. O adequado é porta-bandeiras e guardas-civis.

40- A (pesquisa / pesquiza) a ser desenvolvida visava à (consecução / consecussão) de objetivos bastante (pretenciosos / pretensiosos).

Pesquisa: Com S. Raras são as palavras na língua portuguesa terminadas em –isa que não se escrevem com S. Veja as poucas escritas com Z: baliza, coriza, ojeriza.

Consecução: Ato ou efeito de conseguir, obtenção; ou ainda sucessão, encadeamento. Tem relação com consecutivo. As palavras que mantêm relação com outras terminadas em –tivo escrevem-se com Ç: narrativo / narração; descritivo / descrição; dissertativo / dissertação; injuntivo / injunção

Pretensiosos: provém de pretender. As palavras derivadas de verbos terminados em –nder escrevem-se com S: pretensão (de pretender), ascensão (de ascender), compreensão (de compreender), apreensão (de apreender), repreensão (de repreender), suspensão (de suspender), distensão (de distender), extensão (de estender), ofensa (de ofender), defesa (de defender). Todas as palavras na Língua Portuguesa terminadas em –oso e –osa escrevem-se com S, com exceção de gozo.

A frase certa, portanto, é a seguinte:

A pesquisa a ser desenvolvida visava à consecução de objetivos bastante pretensiosos.




41- Assinale a lista em que não há erro de grafia:

Espontâneo, catorze, alisar, prazeirosamente
O certo é prazerosamente, advérbio derivado do adjetivo prazeroso, aquilo que proporciona prazer. Tanto pode ser catorze quanto quatorze.

Obsessão, obsceno, deslisar, sacerdotisa
O certo é deslizar.

Cansaço, atraso, tocha, pajem
Não há erro algum.

Angar, ombro, harém, hexágono
O certo é hangar = abrigo para aviões. A pronúncia de hexágono é ezágono.

Exaurir, desonra, hesitar, rehaver
O certo é reaver. Assim como reidratar e reabilitar, perde o h e o hífen.




42- A solidão é um retiro de (descanso / descanço), mas ninguém vive sempre em trégua, (tampouco / tão pouco) só, (esceto / exceto) o preguiçoso, eternamente em repouso.

Descanso: deriva do verbo descansar, que deriva de cansar.

Tampouco: significa também não ou muito menos
Exceto: desta palavra deriva exceção, assim como isento e isenção, intento e intenção, erudito e erudição, relato e relação, conjunto e conjunção.

A frase certa é a seguinte:

A solidão é um retiro de descanso, mas ninguém vive sempre em trégua, tampouco só, exceto o preguiçoso, eternamente em repouso.




43- Assinale a lista em que não há erro de grafia:

Tecer, vazar, aborígene, tecitura, maisena
O certo é tessitura. Tanto pode ser aborígene quanto aborígine. Apesar de o nome comercial ser grafado com Z, maisena se escreve com S; é a junção de mais, que significa milho graúdo com –ena, sufixo que indica numeral coletivo

Rigidez, garage, dissenção, rigeza, cafuzo
O certo é rijeza, substantivo abstrato que indica a qualidade de rijo, duro. O certo é dissensão.Tanto pode ser garage quanto garagem
Minissaia, paralisar, extravasar, abscissa, co-seno
Não há erro algum. Os substantivos iniciados por mini-, midi-, maxi- e os que indicam quantidade terminados em i (uni-, bi-, tri-, pluri-) são usados sem hífen; quando a palavra seguinte se iniciar por r ou por s, essas letras se duplicam: minissaia, minirrelógio. O verbo paralisar é derivado de paralisia. Extravasar é a junção dos seguintes morfemas: extra + vaso + ar, cujo significado é transbordar.

Abscesso, rechaçar, indu, soçobrar, coalizão
O certo é hindu. Soçobrar significa naufragar. Coalizão = acordo político.

Lambujem, advinhar, atarraxar, bússola, usofruto
O certo é adivinhar e usufruto. Os substantivos terminados em –gem escrevem-se com G, com exceção de lambujem, pajem e lajem, variante de laje.




44- Grafia adequada:

As crianças vão (mal / mau) de saúde.
Mal é o antônimo de bem; ambos são advérbios. Mau é o antônimo de bom; ambos são adjetivos. As crianças não vão bem de saúde, portanto elas vão mal de saúde.

Quebrou-se o (salto / sauto) do sapato.
Não existe a palavra sauto. Somente salto

Coloque uma pá de (cal / cau) na massa.
Não existe a palavra cau. Somente cal.

Não (autenticou / altenticou) a fotocópia.
Não existe o verbo altenticar. Somente autenticar.

Entornou a (cauda / calda) do doce.
Cauda é sinônimo de rabo. Calda é líquido espesso e viscoso obtido da fervura de água com açúcar.



45- Durante a (cessão / sessão / seção / secção) solene era (fragrante / flagrante) o desinteresse do mestre diante da (incipiência / insipiência) demonstrada pelo político.

Cessão: ato de ceder.

Seção: repartição, setor, subdivisão.

Secção: ato de seccionar, cortar, muito usual no meio científico.

Sessão: reunião; exibição de um filme ou programa; espaço de tempo em que se realiza determinada atividade.

Flagrante: no ato do acontecimento; evidente.

Fragrante: cheiroso, perfumado; que exala fragrância

Incipiência: estado de incipiente = novato, iniciante (C de início).

Insipiência: estado de insipiente = ignorante, tolo (S de saber, sabedoria, conhecimento).

A frase certa, então, é a seguinte:

Durante a sessão solene era flagrante o desinteresse do mestre diante da insipiência demonstrada pelo político.




46- e ou i? o ou u?
Cuidado com as palavras se, senão, sequer, quase e irrequieto.

Destilar ou distilar?
Destilar.

Privilégio ou previlégio?
Privilégio.

Criação ou creação?
Criação.

Desenteria ou disinteria ou disenteria ou desinteria?
Disenteria. Formado pelos seguintes morfemas: dis- = perturbação, distúrbio + -enter- = intestino + -ia = sufixo formador de substantivo abstrato

Quase ou quasi?
Quase.

Impecilho ou empecilho ou impecílio ou empecílio?
Empecilho. Deriva do verbo empecer.

Candeeiro ou candieiro?
Candeeiro.

Crânio ou crâneo?
Crânio.

Capueira ou capoeira?
Capoeira.

Guela ou goela?
Goela.

Bueiro ou boeiro?
Bueiro.

Bulir ou bolir?
Bulir = mover, agitar.

Tábua ou taboa?
Tábua.

Jaboticaba ou jabuticaba?
Jabuticaba.

Chuvisco ou chovisco?
Chuvisco.

Buliçoso ou boliçoso?
Buliçoso = que se move.

Siquer ou sequer?
Sequer.

Sinão ou senão?
Senão.

Irriquieto ou irrequieto?
Irrequieto.

Efetue ou efetui?
Efetue.

Criador ou creador?
Criador.

Pátio ou páteo?
Pátio.



47- Erro em forma verbal:

Josué atrasou o pagamento.
O verbo atrasar escreve-se com S. Deriva de atrás.

Puseste em mim tantas esperanças.
A conjugação do verbo pôr no pretérito perfeito do indicativo se escreve com S: eu pus, tu puseste, ele pôs, nós pusemos, vós pusestes, eles puseram.

D. Áurea cerzia com grande habilidade.
O verbo é cerzir = costurar.

Se quizeres, estudarei Matemática contigo.
A conjugação do verbo querer no pretérito perfeito do indicativo se escreve com S: eu quis, tu quiseste, ele quis, nós quisemos, vós quisestes, eles quiseram.

Fernanda já coseu suas meias.
Coser = costurar; cozer = cozinhar.




48- Erro no uso do porquê:

Por que insistes no assunto?
Usa-se por que, separado e sem acento, quando puder substituí-lo por por qual razão, sem que esteja em final de frase. Caso esteja em final de frase, usa-se por quê.

O carpinteiro não fez o serviço porque faltou madeira.
Usa-se porque, junto e sem acento, quando for conjunção causal, explicativa ou final. A causa de não ter feito o serviço foi a falta de madeira.

Não revelou porque não quis contribuir.
Usa-se por que, separado e sem acento, quando puder substituí-lo por por qual razão, sem que esteja em final de frase. Caso esteja em final de frase, usa-se por quê.Ele tentou explicar o porquê da briga.

Ele tentou explicar o porquê da briga.
Usa-se porquê, junto e com acento, quando houver artigo, pronome, numeral ou adjetivo antecedendo-o.

Ele recusou a indicação não sei por quê.
Usa-se por quê, separado e com acento, em final de frase.




49- Em que lista as palavras são formadas pelo mesmo processo?

Ajoelhar / antebraço / assinatura
Ajoelhar: derivação parassintética

Antebraço: derivação prefixal

Assinatura: derivação sufixal

Atraso / embarque / pesca
Atraso: ação de atrasar: derivação regressiva.

Embarque: ação de embarcar: derivação regressiva.

Pesca: ação de pescar: derivação regressiva.

O jota / o sim / o tropeço
O jota: derivação imprópria, pois substantivou o nome da letra.

O sim: derivação imprópria, pois transformou o advérbio de afirmação em substantivo.

O tropeço: ação de tropeçar: derivação regressiva

Entrega / estupidez / sobreviver
Entrega: ação de entregar: derivação regressiva.

Estupidez: derivação sufixal

Sobreviver: derivação prefixal

Antepor / exportação / sanguessuga
Antepor: derivação prefixal

Exportação: derivação parassintética

Sanguessuga: composição por justaposição




50- Que lista contém apenas palavras formadas por justaposição?

Desagradável / complemente
Desagradável: derivação prefixal e sufixal, existem desagradar e agradável

Complemente: conjugação do verbo complementar na primeira ou na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo: que eu/ele complemente.

Vaga-lume / pé-de-cabra
Vaga-lume: composição por justaposição

Pé-de-cabra: composição por justaposição

Encruzilhada / estremeceu
Encruzilhada: derivação parassintética

Estremeceu: conjugação do verbo estremecer na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: ontem ele estremeceu.

Supersticiosa / valiosas
Supersticiosa: derivação sufixal

Valiosas: derivação sufixal

Desatarraxou / estremeceu
Desatarraxou: conjugação do verbo desatarraxar na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: ontem ele desatarraxou.

Estremeceu: conjugação do verbo estremecer na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: ontem ele estremeceu.

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