Mais de 91% do território nacional é coberto pela oferta de TVs pagas. No Brasil, as três formas de transmissão do sinal são por satélite (DTH), por cabo e por MMDS. A mais popular é a via cabo, que cobre 61% do mercado. Já um terço dos assinantes está sob a malha DTH, que atinge 5.084 municípios brasileiros. Veja como funciona cada um dos sistemas
TECNOLOGIAS DE TV POR ASSINATURA NO BRASIL
Sistema Como funciona Participação
no Brasil Operadoras e
fatia de mercado
TV a Cabo Por meio de um cabo coaxial ou de fibra ótica, os dados de TV, de Internet e de voz sobre IP chegam à casa do assinante. Trata-se de um sistema adotado frequentemente em centros urbanos, já que o sinal necessita da presença física dos cabos. 61% NET Serviços (45,9%)
TVA (3,6%)
BigTV (1,8%)
TV Cidade (1,5%)
Oi TV (1,1%)
DTH Sigla em inglês para "direct to home", que significa "direto para casa". O sinal é transmitido por satélite até antenas especiais instaladas na área externa da casa do assinante. 33% Sky (30,9%)
Telefônica (4,9%)
MMDS O Multipoint Multichannel Distribution System ou serviço de distribuição multiponto multicanal, também chamado de cabo wireless, é uma espécie de método alternativo para recepção de sinal de TV ou Internet. Ele funciona via microondas e é encontrado em áreas onde a operação do cabo tradicional não é viável economicamente. 6% Nenhuma operadora com participação notável
Como um PC ou um videogame
Depois do sinal chegar a sua casa, via cabo ou via satélite, ele vai parar em um decodificador, que no geral tem o mesmo funcionamento, independente da tecnologia — o sistema formado por decodificador, cartão com chip (smart card) e controle remoto é a base de acesso ao conteúdo da TV paga.
"Grosso modo, o decodificador da TV a cabo é uma espécie de videogame, formado por software e hardware, que recebe os comandos dados no controle remoto pelo usuário, os processa e dá a resposta", diz Virgílio Amaral, diretor de estratégia e tecnologia da operadora TVA. "O equipamento tem processador, HD e componentes de entrada e saída de dados."
Na TV via satélite, o funcionamento do decodificador é parecido. Para Marcelo Torii, especialista em tecnologia da Sky, o equipamento está mais para um PC. "O sinal é transmitido por uma central ao satélite, que o retransmite para a antena na casa do assinante. A antena envia os dados para o decodificador, que semelhante a um PC bem mais simplificado usa atributos de software e hardware para levar à tela os dados que recebeu", informa. "O equipamento é formado por processador, HD e até uma ventoinha."
Mas o que faz este botão?
Do lado do assinante, a operação é simples. Itens interativos como inclusão ou remoção de legendas ou a compra de um determinado programa do tipo pay-per-view podem ser regulados por meio de uma leve pressão no botão do controle remoto.
De um lado do decodificador, chega o pedido do usuário. Do outro, entram os dados da operadora, que são transmitidos em "camadas" diferentes. Por exemplo, quando um filme tem legendas disponíveis em português, inglês e espanhol e áudio também nos três idiomas, as informações que chegam ao decodificador são "entregues" em separado — imagem, áudio e legenda. Assim, basta ao usuário escolher o que quer que o equipamento utilize, criando um conteúdo sob medida.
Tudo isto ocorre sob a batuta do smart card, uma espécie de "pedágio" do sistema com as informações do pacote assinado pelo usuário. Os dados da programação chegam ao decodificador, mas são entregues somente se o cartão permitir. Assim, se o consumidor tentar assistir a um canal que não faz parte do seu pacote, o smart card bloqueia o acesso, a menos que ele ligue para a central de atendimento e assinar um pacote que possui este canal.
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