sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Formação litúrgica

  Liturgia

“A Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força.” (SC 10)


2  Repetindo a Igreja guarda a sua identidade

LITURGIA

A palavra LIT-URGIA é de origem grega, composta de duas raízes: Liet / leos / laos = povo, público e Ergomai (ergom) = operar, produzir (obra), ação, trabalho, ofício, serviço...

Leitourghía (Liturgia) = serviço prestado ao povo ou em favor do povo.

O RITO

A Liturgia se apresenta como um conjunto de ritos = RITUAL

Repetindo a Igreja guarda a sua identidade

3  “Todos nós devemos aprender melhor a liturgia, não como algo exótico, mas como o coração de nosso ser cristão”

(Papa Bento XVI)


4  Para fazer memória do Mistério a liturgia se utiliza de três ritmos:

DIÁRIO - Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades

SEMANAL – Em cada Domingo celebra-se a Páscoa do Senhor

ANUAL – Ciclo Pascal e Ciclo do Natal e Tempo Comum


6  6 

7  7 

8  8 

9  FESTAS: celebradas nos limites do dia natural. 

SOLENIDADES: dias mais importantes; começa com as primeiras vésperas do dia anterior.

FESTAS: celebradas nos limites do dia natural.

MEMÓRIAS: Recordação da vida dos santos:

- Obrigatórias – DEVEM ser celebradas;

- Facultativas – PODEM ser celebradas.

COMEMORAÇÕES: as memórias obrigatórias que ocorrem nos dias de semana da Quaresma e nos dias de 17 a 24/12, podem ser celebradas como memórias facultativas.

Nota: Por não ser solenidade, festa ou memória, o Dia de Finados (02/11) é uma comemoração.

São 3 tipos de celebração, mas o senso comum usa a palavra 'festa' para qualquer celebração da Igreja.


10  DOMINICAL – Domingos e algumas festas:

Ano A: São Mateus;

Ano B: São Marcos;

Ano C: de São Lucas;

Nota: O Evangelho de São João é proclamado em ocasiões especiais.

L E C I O N Á R S

LECIONÁRIO SEMANAL

Divide-se em ano par e ano ímpar.

O Evangelho tem ciclo anual e as Leituras ciclo bienal.

LECIONÁRIO SANTORAL

Utilizado nas festas e algumas memórias dos Santos(as).


11  AS PARTES DA MISSA (IGMR 46-90)

RITOS INICIAIS (introdução e preparação) - Precedem a Liturgia da Palavra e tem a finalidade de fazer com que os fiéis constituam uma comunhão e se disponham a ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia.


12  Entrada – Com o povo já reunido o sacerdote entra com os ministros (canta o canto de entrada);

Saudação ao Altar ao povo reunido – Inclinação profunda e beijo ao Altar; feita a saudação ao povo, introduz-se então os fiéis na Missa do dia

Ato Penitencial – confissão geral e absolvição do sacerdote;

Kyrie (Senhor tende piedade);

Glória – Hino de louvor;

Oração do dia (Coleta) – o sacerdote convida o povo a rezar (silêncio)... O povo formula interiormente seus pedidos.


13  LITURGIA DA PALAVRA

Silêncio – favorece a meditação;

Leituras Bíblicas – Por elas é preparada a mesa da Palavra de Deus;

Salmo Responsorial – responde a leitura e deve ser tomado do lecionário;

Sequência – Cantada na Páscoa, Pentecostes e Corpus Christi;

Aclamação – Aleluia ou outro canto conforme tempo litúrgico;

Homilia – é indispensável para unir a vida cristã.

Profissão de Fé – resposta à Palavra de Deus anunciada nas Leituras e explicada pela Homilia;

Oração Universal – pelas necessidades da Igreja; pelos poderes públicos e salvação do mundo; pelos que sofrem necessidades; pela comunidade local.


14  LITURGIA EUCARÍSTICA

Jesus tomou o pão... – preparação dos dons: preparação do altar, procissão dos dons, incensação dos dons e do altar, lavabo, oração sobre as oferendas.

Jesus deu graças ao Pai... – Oração Eucarística – centro e ápice de toda celebração (IGMR 78). Do diálogo do Prefácio até a Doxologia final (Amém).

Partiu o pão e deu a seus discípulos – fração do pão e comunhão dos fiéis – momento culminante da refeição pascal.


15  Preparação do altar (Corporal, purificatório, missal, cálice...);

LITURGIA EUCARÍSTICA

Preparação dos dons – são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue do Senhor:

Preparação do altar (Corporal, purificatório, missal, cálice...);

Oferendas (pão, vinho e ofertas);

Canto das oferendas (acompanha a procissão das oferendas).

Oração sobre as oferendas.


16  Oração Eucarística: O sentido é que toda assembléia se uma com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. (IGMR 78)

Elementos que compõe a Oração Eucarística:

Diálogo Inicial;

Prefácio;

Santo;

Epiclese;

Narrativa da Instituição e Consagração;

Anamnese (memória);

Oblação (ofertório);

Segunda Epiclese;

Intercessões;

Doxologia Final.


17  Ritos da Comunhão – Ritos preparatórios para a Comunhão

Oração do Senhor – O Pai Nosso, embolismo e doxologia;

Rito da Paz – A Igreja implora a paz para si mesma e para todos.

Fração do Pão – Cordeiro – o sacerdote coloca uma parte da hóstia no cálice;

Convite à Comunhão (apresentação: Eis o Cordeiro de Deus... e resposta da assembleia: Senhor, eu não sou digno/a...)

Comunhão (canto e distribuição);

Purificação dos Vasos Sagrados;

Interiorização (muito importante).


18  RITOS FINAIS (Encerramento):

Avisos - (eventos religiosos do mês e algo de interesse à comunidade);

Saudação e Benção do Sacerdote;

Despedida do Povo - pelo Diácono ou pelo Sacerdote;

Beijo no Altar - Sacerdote e Diácono;

Inclinação profunda ao Altar - Sacerdote, Diácono e demais Ministros;

Canto Final (não previsto pelo Missal, portanto, suplementar).


19  RITOS INICIAIS RITOS FINAIS

CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA DE DEUS

(GLP III)

RITOS INICIAIS

Liturgia da Missa

Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades

Procissão; Canto de Abertura; Sinal da Cruz; Saudação Inicial; Acolhida; Introdução ao Mistério celebrado; Aspersão com água ou Rito Penitencial; Glória; Oração do Dia

Refrão meditativo; Abertura do Ofício; Introdução ao Mistério Celebrado; Recordação da Vida; Hino; Salmos e Cânticos Bíblicos

RITOS FINAIS

Vivência; canto; benção e despedida; canto final


20  LITURGIA DA PALAVRA LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS

Liturgia da Missa

Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades

1ª Leitura; Salmo Responsorial; 2ª Leitura; Sequência (quando houver); Aclamação; Evangelho; Homilia; Profissão de Fé; Oração dos Fiéis

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS

Pode ser feito com Salmos, hinos, cânticos bíblicos, orações litânicas, louvação popular.

Não se oferta pão e vinho; não se faz Oração Eucarística, não se canta o Cordeiro nem se faz a Fração do Pão) e o louvor não pode ser substituído por Adoração ao Santíssimo.

20 

21  Louvor ou Ação de Graças Simples (sem Comunhão)

Liturgia da Missa

Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades

Louvação; Oração ou canto; Pai Nosso; Abraço da Paz; Oração final (conclusão).

Cântico Evangélico; Pai Nosso; Vivência; Oração Final.

Louvor ou ação de graças com Comunhão Eucarística

Liturgia da Missa

Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades

Após as Preces: Louvação; Entrada do SS. Sacramento; Pai Nosso; Abraço da Paz; Eis o Cordeiro de Deus; Comunhão (canto); Silêncio; Oração

21 

22  ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

1- O ALTAR (IGMR )

É “onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais” (cf, IGMR 296), o centro de nossa fé cristã, é a mesa do Senhor, centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia.

Ele é o ponto de convergência, o centro das ações litúrgicas, o lugar da mais alta dignidade;

Deve ser fixo e não pode ser um móvel qualquer, “deve ser nobre, belo, digno, plasticamente elegante. Nada se sobrepõe ao ALTAR” (GLP 5) .

22 

23  Sobre ele podem ser colocadas somente: 

Para realçá-lo, deve ser usada apenas uma toalha branca, colocada de modo que caia nas laterais, sem escondê-lo totalmente;

Velas, cruz processional e flores sejam colocadas, preferencialmente, ao lado para não dificultar as ações litúrgicas e favorecer a visualização dos sinais do pão e do vinho.

Sobre ele podem ser colocadas somente:

O Evangeliário – do início da celebração até a proclamação do Evangelho;

O cálice com a patena, o cibório (se necessário), o corporal, o purificatório, a pala e o missal – desde a apresentação das oferendas até a purificação dos vasos.

23 

24  2- AMBÃO (IGMR 309) - (ambão do grego “anabaino” = subir) – requer um lugar condigno de onde possa ser anunciada a Palavra e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da Liturgia da Palavra” (IGMR 309). Cristo está presente “pela sua palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja” (SC 7).

NOTA: O Círio Pascal deve ser colocado ao lado do ambão no Tempo Pascal e nas celebrações de Batismo e Crisma.

24 

25  3- O LUGAR DOS FIÉIS (IGMR 311) - a assembléia litúrgica é o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos nós. E isto significa que, como tal, deve tratar-se de uma assembléia altamente participativa (cf. SC 14).

“Toda presidência litúrgica é sinal de Cristo Cabeça da Igreja” (GLP 3.4)

4- CADEIRA DA PRESIDÊNCIA (IGMR 310) - O sacerdote que preside a Eucaristia é o sinal sacramental de Cristo Jesus. “A cadeira do sacerdote celebrante deve manifestar a sua função de presidir a assembléia e dirigir a oração” (IGMR 310).

25 

26  OUTROS ASPECTOS

DECORAÇÃO (IGMR 292) - manifeste o caráter festivo de forma sóbria, evitando os excessos. Nunca sobrepondo o altar, o ambão ou os outros lugares sagrados.

“A natureza e beleza do local e de todas as alfaias alimentam a piedade dos fiéis e manifestam a santidade dos mistérios celebrados.” (IGMR 294)


27  VESTES LITÚRGICAS (IGMR 335-347) 

OUTROS ASPECTOS

“A diversidade de funções na celebração eucarística manifesta-se exteriormente pela diversidade das vestes sagradas. (IGMR 335)

VESTES LITÚRGICAS (IGMR )

Todo ministro - presbítero, diácono, leitor, ministro extraordinário da comunhão, coroinha e acólito, tem sua veste própria e esta deve ser sóbria, de forma que neutralize a individualidade.

“Importa que as próprias vestes sagradas contribuam para a beleza da ação sagrada.” (IGMR 335)

27 

28  O USO DO INCENSO NA MISSA (IGMR 276-277)

“Que minha oração suba até Vós como a fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para Vós, sejam como a oferenda da tarde.” ( cf. Salmo 140, 2)

Durante a procissão de entrada, à frente da Cruz;

No início da Missa para a incensar a Cruz e o Altar;

Na procissão do Evangelho e em Sua proclamação;

Para incensar as oferendas, a cruz, o altar, o sacerdote, os concelebrantes (se estiverem presentes) e o povo;

À elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.


29  FORMAS DE INCENSAÇÃO:

Com três ductos (impulso horizontal) do turíbulo: SS. Sacramento, Relíquias da Santa Cruz e imagens do Senhor expostas à veneração pública, Oferendas para o Sacrifício da Missa, Cruz do Altar, Evangeliário, Círio Pascal, Sacerdote, Concelebrantes e Povo.

As oferendas são incensadas com três ductos ou traçando com o turíbulo o sinal da cruz sobre elas, antes da incensação da cruz e do altar.


30  Com dois ductos: relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, mas somente uma vez, após a incensa do altar.

Com simples ictus (ligeiro movimento de oscilação) o altar:

Se este estiver separado da parede, o sacerdote o incensa andando ao seu redor;

Se não estiver separado da parede, incensa primeiro a parte direita do altar e depois a.

Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar, quando o sacerdote passa diante dela.

Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa incensada, exceto ao altar e às ofertas para o sacrifício da Missa. (IGMR 277)


31  O CULTO DO MISTÉRIO EUCARÍSTICO FORA DA MISSA (GLP II; 13.9)

“A adoração eucarística, pessoal ou comunitária, deve brotar da celebração do memorial da Páscoa do Senhor e a Ele conduzir” (GLP)

O ministro da exposição - padre ou o diácono que deverão estar revestidos de túnica e estola. Para a Benção usa-se a capa e o véu de ombros.

Ambiente - A exposição faz-se sobre o altar; a quantidade de velas é a mesma usada na missa. as flores devem ser colocadas ao lado do altar e, recomenda-se, por em lugar visível o Lecionário, para relacionar a Palavra com a Eucarística.

Adoração Eucarística - Não há um roteiro a ser seguido. A proposta é: Silêncio, entrega, recordação da vida, meditação da Palavra, agradecimento e louvor ao Senhor, Oração do Pai Nosso.


32  MINISTÉRIOS LITÚRGICOS (GLP VIII)

A ação litúrgica e a participação ativa da assembléia são realizadas através de ministérios:

– Ministérios Ordenados

Ministérios Instituídos

Ministérios Confiados

“Todos, quer ministros ordenados, quer fiéis leigos, exercendo suas funções e ministérios, façam tudo e só aquilo que lhes compete”. (IGMR 91 (58)


33  FUNÇÕES DO POVO DE DEUS Os FIÉIS – Sacerdócio régio.

Os ACÓLITOS – prepara o altar e os vasos sagrados e é ministro extraordinário da Comunhão.

O LEITOR – profere as leituras, exceto o Evangelho.

O SACRISTÃO – cuida dos livros litúrgicos e paramentos.

O COMENTARISTA – faz as explicações exortações (nunca deve ficar no ambão da Palavra).

33 

34  FUNÇÕES DO POVO DE DEUS

MINISTROS DA EUCARISTIA – ajudam a distribuir a Comunhão; leva a Comunhão aos enfermos; na ausência do padre ou diácono expõe o Santíssimo Sacramento, sem dar a benção; acompanha os velórios e oficiam as exéquias, dão a benção aos idosos e doentes.

34 

35  Pastoral Litúrgica Diocesana Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas

“Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação dos homens e a glorificação de Deus.”

(SC 7)

Pastoral Litúrgica Diocesana

Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

João Azevêdo diz que definição sobre 2024 no PSB será tomada de forma coletiva e afasta especulações

O governador João Azevêdo demonstrou descontentamento com o dDeputado federal, Gervásio Maia, presidente do PSB. João Azevêdo comentou a fal...