Liturgia
“A Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força.” (SC 10)
2 Repetindo a Igreja guarda a sua identidade
LITURGIA
A palavra LIT-URGIA é de origem grega, composta de duas raízes: Liet / leos / laos = povo, público e Ergomai (ergom) = operar, produzir (obra), ação, trabalho, ofício, serviço...
Leitourghía (Liturgia) = serviço prestado ao povo ou em favor do povo.
O RITO
A Liturgia se apresenta como um conjunto de ritos = RITUAL
Repetindo a Igreja guarda a sua identidade
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3 “Todos nós devemos aprender melhor a liturgia, não como algo exótico, mas como o coração de nosso ser cristão”
(Papa Bento XVI)
4 Para fazer memória do Mistério a liturgia se utiliza de três ritmos:
DIÁRIO - Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades
SEMANAL – Em cada Domingo celebra-se a Páscoa do Senhor
ANUAL – Ciclo Pascal e Ciclo do Natal e Tempo Comum
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9 FESTAS: celebradas nos limites do dia natural.
SOLENIDADES: dias mais importantes; começa com as primeiras vésperas do dia anterior.
FESTAS: celebradas nos limites do dia natural.
MEMÓRIAS: Recordação da vida dos santos:
- Obrigatórias – DEVEM ser celebradas;
- Facultativas – PODEM ser celebradas.
COMEMORAÇÕES: as memórias obrigatórias que ocorrem nos dias de semana da Quaresma e nos dias de 17 a 24/12, podem ser celebradas como memórias facultativas.
Nota: Por não ser solenidade, festa ou memória, o Dia de Finados (02/11) é uma comemoração.
São 3 tipos de celebração, mas o senso comum usa a palavra 'festa' para qualquer celebração da Igreja.
10 DOMINICAL – Domingos e algumas festas:
Ano A: São Mateus;
Ano B: São Marcos;
Ano C: de São Lucas;
Nota: O Evangelho de São João é proclamado em ocasiões especiais.
L E C I O N Á R S
LECIONÁRIO SEMANAL
Divide-se em ano par e ano ímpar.
O Evangelho tem ciclo anual e as Leituras ciclo bienal.
LECIONÁRIO SANTORAL
Utilizado nas festas e algumas memórias dos Santos(as).
11 AS PARTES DA MISSA (IGMR 46-90)
RITOS INICIAIS (introdução e preparação) - Precedem a Liturgia da Palavra e tem a finalidade de fazer com que os fiéis constituam uma comunhão e se disponham a ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Eucaristia.
12 Entrada – Com o povo já reunido o sacerdote entra com os ministros (canta o canto de entrada);
Saudação ao Altar ao povo reunido – Inclinação profunda e beijo ao Altar; feita a saudação ao povo, introduz-se então os fiéis na Missa do dia
Ato Penitencial – confissão geral e absolvição do sacerdote;
Kyrie (Senhor tende piedade);
Glória – Hino de louvor;
Oração do dia (Coleta) – o sacerdote convida o povo a rezar (silêncio)... O povo formula interiormente seus pedidos.
13 LITURGIA DA PALAVRA
Silêncio – favorece a meditação;
Leituras Bíblicas – Por elas é preparada a mesa da Palavra de Deus;
Salmo Responsorial – responde a leitura e deve ser tomado do lecionário;
Sequência – Cantada na Páscoa, Pentecostes e Corpus Christi;
Aclamação – Aleluia ou outro canto conforme tempo litúrgico;
Homilia – é indispensável para unir a vida cristã.
Profissão de Fé – resposta à Palavra de Deus anunciada nas Leituras e explicada pela Homilia;
Oração Universal – pelas necessidades da Igreja; pelos poderes públicos e salvação do mundo; pelos que sofrem necessidades; pela comunidade local.
14 LITURGIA EUCARÍSTICA
Jesus tomou o pão... – preparação dos dons: preparação do altar, procissão dos dons, incensação dos dons e do altar, lavabo, oração sobre as oferendas.
Jesus deu graças ao Pai... – Oração Eucarística – centro e ápice de toda celebração (IGMR 78). Do diálogo do Prefácio até a Doxologia final (Amém).
Partiu o pão e deu a seus discípulos – fração do pão e comunhão dos fiéis – momento culminante da refeição pascal.
15 Preparação do altar (Corporal, purificatório, missal, cálice...);
LITURGIA EUCARÍSTICA
Preparação dos dons – são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue do Senhor:
Preparação do altar (Corporal, purificatório, missal, cálice...);
Oferendas (pão, vinho e ofertas);
Canto das oferendas (acompanha a procissão das oferendas).
Oração sobre as oferendas.
16 Oração Eucarística: O sentido é que toda assembléia se uma com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. (IGMR 78)
Elementos que compõe a Oração Eucarística:
Diálogo Inicial;
Prefácio;
Santo;
Epiclese;
Narrativa da Instituição e Consagração;
Anamnese (memória);
Oblação (ofertório);
Segunda Epiclese;
Intercessões;
Doxologia Final.
17 Ritos da Comunhão – Ritos preparatórios para a Comunhão
Oração do Senhor – O Pai Nosso, embolismo e doxologia;
Rito da Paz – A Igreja implora a paz para si mesma e para todos.
Fração do Pão – Cordeiro – o sacerdote coloca uma parte da hóstia no cálice;
Convite à Comunhão (apresentação: Eis o Cordeiro de Deus... e resposta da assembleia: Senhor, eu não sou digno/a...)
Comunhão (canto e distribuição);
Purificação dos Vasos Sagrados;
Interiorização (muito importante).
18 RITOS FINAIS (Encerramento):
Avisos - (eventos religiosos do mês e algo de interesse à comunidade);
Saudação e Benção do Sacerdote;
Despedida do Povo - pelo Diácono ou pelo Sacerdote;
Beijo no Altar - Sacerdote e Diácono;
Inclinação profunda ao Altar - Sacerdote, Diácono e demais Ministros;
Canto Final (não previsto pelo Missal, portanto, suplementar).
19 RITOS INICIAIS RITOS FINAIS
CELEBRAÇÃO DOMINICAL DA PALAVRA DE DEUS
(GLP III)
RITOS INICIAIS
Liturgia da Missa
Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades
Procissão; Canto de Abertura; Sinal da Cruz; Saudação Inicial; Acolhida; Introdução ao Mistério celebrado; Aspersão com água ou Rito Penitencial; Glória; Oração do Dia
Refrão meditativo; Abertura do Ofício; Introdução ao Mistério Celebrado; Recordação da Vida; Hino; Salmos e Cânticos Bíblicos
RITOS FINAIS
Vivência; canto; benção e despedida; canto final
20 LITURGIA DA PALAVRA LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS
Liturgia da Missa
Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades
1ª Leitura; Salmo Responsorial; 2ª Leitura; Sequência (quando houver); Aclamação; Evangelho; Homilia; Profissão de Fé; Oração dos Fiéis
LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS
Pode ser feito com Salmos, hinos, cânticos bíblicos, orações litânicas, louvação popular.
Não se oferta pão e vinho; não se faz Oração Eucarística, não se canta o Cordeiro nem se faz a Fração do Pão) e o louvor não pode ser substituído por Adoração ao Santíssimo.
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21 Louvor ou Ação de Graças Simples (sem Comunhão)
Liturgia da Missa
Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades
Louvação; Oração ou canto; Pai Nosso; Abraço da Paz; Oração final (conclusão).
Cântico Evangélico; Pai Nosso; Vivência; Oração Final.
Louvor ou ação de graças com Comunhão Eucarística
Liturgia da Missa
Liturgia das Horas / Ofício Divino das Comunidades
Após as Preces: Louvação; Entrada do SS. Sacramento; Pai Nosso; Abraço da Paz; Eis o Cordeiro de Deus; Comunhão (canto); Silêncio; Oração
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22 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
1- O ALTAR (IGMR )
É “onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais” (cf, IGMR 296), o centro de nossa fé cristã, é a mesa do Senhor, centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia.
Ele é o ponto de convergência, o centro das ações litúrgicas, o lugar da mais alta dignidade;
Deve ser fixo e não pode ser um móvel qualquer, “deve ser nobre, belo, digno, plasticamente elegante. Nada se sobrepõe ao ALTAR” (GLP 5) .
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23 Sobre ele podem ser colocadas somente:
Para realçá-lo, deve ser usada apenas uma toalha branca, colocada de modo que caia nas laterais, sem escondê-lo totalmente;
Velas, cruz processional e flores sejam colocadas, preferencialmente, ao lado para não dificultar as ações litúrgicas e favorecer a visualização dos sinais do pão e do vinho.
Sobre ele podem ser colocadas somente:
O Evangeliário – do início da celebração até a proclamação do Evangelho;
O cálice com a patena, o cibório (se necessário), o corporal, o purificatório, a pala e o missal – desde a apresentação das oferendas até a purificação dos vasos.
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24 2- AMBÃO (IGMR 309) - (ambão do grego “anabaino” = subir) – requer um lugar condigno de onde possa ser anunciada a Palavra e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da Liturgia da Palavra” (IGMR 309). Cristo está presente “pela sua palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja” (SC 7).
NOTA: O Círio Pascal deve ser colocado ao lado do ambão no Tempo Pascal e nas celebrações de Batismo e Crisma.
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25 3- O LUGAR DOS FIÉIS (IGMR 311) - a assembléia litúrgica é o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos nós. E isto significa que, como tal, deve tratar-se de uma assembléia altamente participativa (cf. SC 14).
“Toda presidência litúrgica é sinal de Cristo Cabeça da Igreja” (GLP 3.4)
4- CADEIRA DA PRESIDÊNCIA (IGMR 310) - O sacerdote que preside a Eucaristia é o sinal sacramental de Cristo Jesus. “A cadeira do sacerdote celebrante deve manifestar a sua função de presidir a assembléia e dirigir a oração” (IGMR 310).
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26 OUTROS ASPECTOS
DECORAÇÃO (IGMR 292) - manifeste o caráter festivo de forma sóbria, evitando os excessos. Nunca sobrepondo o altar, o ambão ou os outros lugares sagrados.
“A natureza e beleza do local e de todas as alfaias alimentam a piedade dos fiéis e manifestam a santidade dos mistérios celebrados.” (IGMR 294)
27 VESTES LITÚRGICAS (IGMR 335-347)
OUTROS ASPECTOS
“A diversidade de funções na celebração eucarística manifesta-se exteriormente pela diversidade das vestes sagradas. (IGMR 335)
VESTES LITÚRGICAS (IGMR )
Todo ministro - presbítero, diácono, leitor, ministro extraordinário da comunhão, coroinha e acólito, tem sua veste própria e esta deve ser sóbria, de forma que neutralize a individualidade.
“Importa que as próprias vestes sagradas contribuam para a beleza da ação sagrada.” (IGMR 335)
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28 O USO DO INCENSO NA MISSA (IGMR 276-277)
“Que minha oração suba até Vós como a fumaça do incenso, que minhas mãos estendidas para Vós, sejam como a oferenda da tarde.” ( cf. Salmo 140, 2)
Durante a procissão de entrada, à frente da Cruz;
No início da Missa para a incensar a Cruz e o Altar;
Na procissão do Evangelho e em Sua proclamação;
Para incensar as oferendas, a cruz, o altar, o sacerdote, os concelebrantes (se estiverem presentes) e o povo;
À elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.
29 FORMAS DE INCENSAÇÃO:
Com três ductos (impulso horizontal) do turíbulo: SS. Sacramento, Relíquias da Santa Cruz e imagens do Senhor expostas à veneração pública, Oferendas para o Sacrifício da Missa, Cruz do Altar, Evangeliário, Círio Pascal, Sacerdote, Concelebrantes e Povo.
As oferendas são incensadas com três ductos ou traçando com o turíbulo o sinal da cruz sobre elas, antes da incensação da cruz e do altar.
30 Com dois ductos: relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, mas somente uma vez, após a incensa do altar.
Com simples ictus (ligeiro movimento de oscilação) o altar:
Se este estiver separado da parede, o sacerdote o incensa andando ao seu redor;
Se não estiver separado da parede, incensa primeiro a parte direita do altar e depois a.
Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar, quando o sacerdote passa diante dela.
Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa incensada, exceto ao altar e às ofertas para o sacrifício da Missa. (IGMR 277)
31 O CULTO DO MISTÉRIO EUCARÍSTICO FORA DA MISSA (GLP II; 13.9)
“A adoração eucarística, pessoal ou comunitária, deve brotar da celebração do memorial da Páscoa do Senhor e a Ele conduzir” (GLP)
O ministro da exposição - padre ou o diácono que deverão estar revestidos de túnica e estola. Para a Benção usa-se a capa e o véu de ombros.
Ambiente - A exposição faz-se sobre o altar; a quantidade de velas é a mesma usada na missa. as flores devem ser colocadas ao lado do altar e, recomenda-se, por em lugar visível o Lecionário, para relacionar a Palavra com a Eucarística.
Adoração Eucarística - Não há um roteiro a ser seguido. A proposta é: Silêncio, entrega, recordação da vida, meditação da Palavra, agradecimento e louvor ao Senhor, Oração do Pai Nosso.
32 MINISTÉRIOS LITÚRGICOS (GLP VIII)
A ação litúrgica e a participação ativa da assembléia são realizadas através de ministérios:
– Ministérios Ordenados
Ministérios Instituídos
Ministérios Confiados
“Todos, quer ministros ordenados, quer fiéis leigos, exercendo suas funções e ministérios, façam tudo e só aquilo que lhes compete”. (IGMR 91 (58)
33 FUNÇÕES DO POVO DE DEUS Os FIÉIS – Sacerdócio régio.
Os ACÓLITOS – prepara o altar e os vasos sagrados e é ministro extraordinário da Comunhão.
O LEITOR – profere as leituras, exceto o Evangelho.
O SACRISTÃO – cuida dos livros litúrgicos e paramentos.
O COMENTARISTA – faz as explicações exortações (nunca deve ficar no ambão da Palavra).
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34 FUNÇÕES DO POVO DE DEUS
MINISTROS DA EUCARISTIA – ajudam a distribuir a Comunhão; leva a Comunhão aos enfermos; na ausência do padre ou diácono expõe o Santíssimo Sacramento, sem dar a benção; acompanha os velórios e oficiam as exéquias, dão a benção aos idosos e doentes.
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35 Pastoral Litúrgica Diocesana Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas
“Liturgia é uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação dos homens e a glorificação de Deus.”
(SC 7)
Pastoral Litúrgica Diocesana
Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas
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