quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Tempo Litúrgico - Quaresma, Semana Santa e Tríduo Pascal

 TEMPO LITÚRGICO QUARESMA

“Eis o tempo de conversão! Eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos! Eis o tempo de conversão”.


2  “Ou somos contemporâneos de Jesus, ou é melhor deixar isso.”

O QUE É LITURGIA

Cf. YOUCAT 171, 186

É acima de tudo comunhão com Jesus Cristo. Cada celebração litúrgica, e não apenas a eucarística, é uma festa pascal. Jesus celebra conosco a passagem da morte à Vida, abrindo-a a nós!

Na liturgia todo o tempo é tempo de Deus. “Memórias” da mensagem e da vida de Jesus são simultaneamente encontros com o Deus vivo.

“Ou somos contemporâneos de Jesus, ou é melhor deixar isso.”


3  UM CAMINHO A PERCORRER... 

4  CENTRALIDADE DE NOSSA FÉ! 

5  QUARESMA É uma etapa do Tempo Pascal.

Início: Quarta-feira de Cinzas;

Término: Quinta-Feira Santa na Missa dos Santos Óleos

É uma etapa do Tempo Pascal.

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.


6  Passagens da Bíblia:

quarenta dias que Moisés passou no Monte Sinai com Deus ( Êxodo 24:18 );

quarenta dias que Elias passou a pé o Monte Horeb ( 1 Reis 19:8 );

quarenta dias que Deus enviou chuva no dilúvio de Noé (Gênesis 7:4 );

quarenta anos da viagem do povo hebreu no deserto, até alcançarem a Terra Prometida ( Núm. 14:33 );

quarenta dias foi o prazo dado por Jonas em sua profecia do julgamento, à cidade de Nínive para se arrepender ( Jonas 3:4 );

quarenta dias em que Jesus se retirou para o deserto, onde jejuou e fora tentado pelo diabo ( Mt 4:1-2 , Mc 1:12-13 , Lc 4:1-2 ).


7  Tempo que... Nos permite refazer a peregrinação pascal de Jesus.

Descortina um caminho espiritual em que retomamos o nosso Batismo, rumo à Páscoa, mistério fundamental de nossa fé.

Cada celebração, neste tempo, deve ser forte experiência de êxodo, de passagem da escravidão para a liberdade, do individualismo para a solidariedade. (Zavarez, in. Vida Pastoral n. 295)


8  Mais do que uma preparação penitencial da Páscoa, a Quaresma constitui um ensaio da vida nova no Espírito, pelo qual toda a Igreja é convocada a deixar-se “purificar do velho fermento para ser uma massa nova, levedada pela verdade” (cf. 1Cor 5, 7-8)

JEJUM

ORAÇÃO

CARIDADE


9  A Oração, como experiência de fé e gratuidade para pedir a Deus forças e nos convertermos, para viver o Evangelho e permanecermos no bom caminho.

O Jejum, como espaço privilegiado de exercício para dominar as paixões, vencer o egoísmo e cultivar o bem.

A Caridade, como expressão do seguimento do Mestre que exige abandono de nós mesmos e doação aos irmãos.


10  É marcada por significativas Celebrações:

Na Quarta-feira de Cinzas abrindo-nos para sincera conversão e maior adesão ao evangelho com a imposição das cinzas;

“Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15). 

Nos cinco domingos da Quaresma sustentando-nos e conduzindo-nos progressivamente na caminhada até a Páscoa;

Caminho de preparação para os catecúmenos a serem Batizados ou para nossa renovação batismal.


11  Evangelhos (A): Tentação; Transfiguração; Samaritana; Cura do Cego (Domingo da Alegria); Ressurreição de Lázaro.

As primeiras leituras, com textos do AT, narram fatos significativos da história da aliança de Deus com a humanidade e suas relativas exigências atuais para a vida da comunidade cristã: pecado dos primeiros pais, vocação de Abraão e Sara, Moisés e a água da rocha, Davi e a visão dos ossos ressequidos de Ezequiel.

Segundas leituras sempre terão ligação com a primeira ou com o Evangelho.


12  No Domingo de Ramos, início da Semana Santa, fazendo-nos participantes do despojamento e da glorificação de Cristo;

Início da Semana Santa.

Na Quinta-feira Santa de manhã, fechando a Quaresma com a bênção dos óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagração do óleo do Crisma.


13  No Domingo de Ramos celebra-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, onde é recebido como rei e aclamado com ramos de palmeiras e dizendo: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito O que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”. (cf. Mt 21, 1-11 | Mc 11, 1-11 | Lc 19, | Jo 12, 12-19)

Celebramos a fidelidade de Cristo ao Projeto do Reino. Nessa celebração nós renovamos nossa adesão ao Messias enviado por Deus, ao seu projeto, e com nossos ramos nas mãos o aclamamos Senhor da vida e da história.


14  O Concílio Vaticano II nos chama a uma conversão externa e social (SC 110). E temos anualmente essa oportunidade com a Campanha da Fraternidade que nos traz temas atuais da sociedade.

“Nem a noite nos interrompa na prática da misericórdia!” (S. Gregório Nazianzeno)


15  Símbolos da Quaresma: Cor Roxa (Cfr. IGMR 345)

Significa Introspecção, penitência e interiorização;

Usada nos paramentos litúrgicos;

Cinzas

Símbolo penitencial: “Tu és pó, e ao pó voltarás” (Gênesis 3, 19); Utilizado na Quarta-feira de Cinzas. As cinzas vêm da queima dos ramos do Domingo de Ramos do ano anterior.

Canto

Não se canta o Glória nem o Aleluia como aclamação ao Evangelho, porque é época de penitência, reflexão e preparação para a Páscoa (Cfr. IGMR cap. I, 27). A exceção a esta regra é a solenidade de São José em 19 de março, mesmo assim tem o Glória, mas o Aleluia precisa esperar a Páscoa;

Flores

“No tempo da Quaresma é proibido adornar o altar com flores. Excetuando-se, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas” (Cfr. IGMR 305);

Cruz

Representa a fragilidade humana. Promove pelo seu exemplo salvífico o tempo de doação e penitência;


16  Como sacramento pascal, a Quaresma nos chama à reconciliação e à mudança de vida, assumindo a busca da humanidade inteira por libertação, justiça, dignidade, reconciliação e paz. 

17  TRÍDUO PASCAL 5ª f. Santa 6ª F. Santa Sábado Santo

Não se trata de um tríduo que nos prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo celebrativo do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, a partir da Quinta-feira Santa estamos vivendo uma única e grande celebração.

5ª f. Santa

6ª F. Santa

Sábado Santo


18  Quinta-feira Santa

Início do Tríduo Pascal!

Também chamada de Missa da Ceia do Senhor;

Destaque ao Lava Pés;

Faz-se memória:

da instituição da Eucaristia;

da instituição do sacerdócio;

e também da caridade com que o Senhor nos amou até à morte.


19  Sexta-feira Santa

- Segundo dia do Tríduo Pascal;

Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. 

Ela consta de quatro partes: liturgia da Palavra, oração universal, adoração da cruz e comunhão eucarística. 

Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.


20  A celebração é uma continuação da celebração de Quinta-feira Santa;

Entra-se em silêncio, o celebrante e concelebrantes prostram-se diante do altar em sinal de reverência e humildade;

Não se consagra o Corpo e Sangue de Cristo, sendo utilizado a reserva eucarística do dia anterior para a distribuição da comunhão;

Adoração da Santa Cruz, saída em silêncio.


21  Sábado Santo

Terceiro e último dia do Tríduo Pascal. A principal celebração é a Vígilia Pascal.

É costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia.

As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. 

Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da Confissão e o da Unção dos Enfermos.

São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. 

A distribuição da comunhão eucarística só é permitida em caso de morte.

É a memória da noite santa em que Cristo ressuscitou;

Nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.



22  Toda a celebração da Vigília Pascal se faz de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes do amanhecer do domingo;

A celebração é uma continuação da celebração de Quinta e Sexta-feira Santa;

A Vigília é composta por 5 partes: a bênção do fogo novo e do círio pascal; o Exulte, proclamando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação, com sete leituras do Antigo Testamento, uma do Novo e o Evangelho, e entre uma leitura e outra, é cantado um salmo; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.

O senso comum chama o Sábado Santo de Sábado de Aleluia, mas é um erro.

O correto mesmo é chamá-lo de Sábado Santo, porque durante o dia Cristo está morto no túmulo.


23  Domingo de Páscoa

No domingo de Páscoa é celebrada a passagem de Jesus para o Pai, neste dia é recordado a Ressurreição Jesus Cristo e a abertura do período da Oitava da Páscoa.

Inicia-se o Tempo Pascal de 50 dias, desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes;


24  A Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da primavera (no hemisfério norte), ou seja, é equivalente à antiga regra de que seria o primeiro Domingo após o 14º dia do mês lunar de Nisan. Poderá assim ocorrer entre 22 de março e 25 de abril. 

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