TEMPO LITÚRGICO QUARESMA
“Eis o tempo de conversão! Eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos! Eis o tempo de conversão”.
2 “Ou somos contemporâneos de Jesus, ou é melhor deixar isso.”
O QUE É LITURGIA
Cf. YOUCAT 171, 186
É acima de tudo comunhão com Jesus Cristo. Cada celebração litúrgica, e não apenas a eucarística, é uma festa pascal. Jesus celebra conosco a passagem da morte à Vida, abrindo-a a nós!
Na liturgia todo o tempo é tempo de Deus. “Memórias” da mensagem e da vida de Jesus são simultaneamente encontros com o Deus vivo.
“Ou somos contemporâneos de Jesus, ou é melhor deixar isso.”
3 UM CAMINHO A PERCORRER...
4 CENTRALIDADE DE NOSSA FÉ!
5 QUARESMA É uma etapa do Tempo Pascal.
Início: Quarta-feira de Cinzas;
Término: Quinta-Feira Santa na Missa dos Santos Óleos
É uma etapa do Tempo Pascal.
A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
6 Passagens da Bíblia:
quarenta dias que Moisés passou no Monte Sinai com Deus ( Êxodo 24:18 );
quarenta dias que Elias passou a pé o Monte Horeb ( 1 Reis 19:8 );
quarenta dias que Deus enviou chuva no dilúvio de Noé (Gênesis 7:4 );
quarenta anos da viagem do povo hebreu no deserto, até alcançarem a Terra Prometida ( Núm. 14:33 );
quarenta dias foi o prazo dado por Jonas em sua profecia do julgamento, à cidade de Nínive para se arrepender ( Jonas 3:4 );
quarenta dias em que Jesus se retirou para o deserto, onde jejuou e fora tentado pelo diabo ( Mt 4:1-2 , Mc 1:12-13 , Lc 4:1-2 ).
7 Tempo que... Nos permite refazer a peregrinação pascal de Jesus.
Descortina um caminho espiritual em que retomamos o nosso Batismo, rumo à Páscoa, mistério fundamental de nossa fé.
Cada celebração, neste tempo, deve ser forte experiência de êxodo, de passagem da escravidão para a liberdade, do individualismo para a solidariedade. (Zavarez, in. Vida Pastoral n. 295)
8 Mais do que uma preparação penitencial da Páscoa, a Quaresma constitui um ensaio da vida nova no Espírito, pelo qual toda a Igreja é convocada a deixar-se “purificar do velho fermento para ser uma massa nova, levedada pela verdade” (cf. 1Cor 5, 7-8)
JEJUM
ORAÇÃO
CARIDADE
9 A Oração, como experiência de fé e gratuidade para pedir a Deus forças e nos convertermos, para viver o Evangelho e permanecermos no bom caminho.
O Jejum, como espaço privilegiado de exercício para dominar as paixões, vencer o egoísmo e cultivar o bem.
A Caridade, como expressão do seguimento do Mestre que exige abandono de nós mesmos e doação aos irmãos.
10 É marcada por significativas Celebrações:
Na Quarta-feira de Cinzas abrindo-nos para sincera conversão e maior adesão ao evangelho com a imposição das cinzas;
“Convertei-vos e crede no Evangelho.” (Mc 1, 15).
Nos cinco domingos da Quaresma sustentando-nos e conduzindo-nos progressivamente na caminhada até a Páscoa;
Caminho de preparação para os catecúmenos a serem Batizados ou para nossa renovação batismal.
11 Evangelhos (A): Tentação; Transfiguração; Samaritana; Cura do Cego (Domingo da Alegria); Ressurreição de Lázaro.
As primeiras leituras, com textos do AT, narram fatos significativos da história da aliança de Deus com a humanidade e suas relativas exigências atuais para a vida da comunidade cristã: pecado dos primeiros pais, vocação de Abraão e Sara, Moisés e a água da rocha, Davi e a visão dos ossos ressequidos de Ezequiel.
Segundas leituras sempre terão ligação com a primeira ou com o Evangelho.
12 No Domingo de Ramos, início da Semana Santa, fazendo-nos participantes do despojamento e da glorificação de Cristo;
Início da Semana Santa.
Na Quinta-feira Santa de manhã, fechando a Quaresma com a bênção dos óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagração do óleo do Crisma.
13 No Domingo de Ramos celebra-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, onde é recebido como rei e aclamado com ramos de palmeiras e dizendo: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito O que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”. (cf. Mt 21, 1-11 | Mc 11, 1-11 | Lc 19, | Jo 12, 12-19)
Celebramos a fidelidade de Cristo ao Projeto do Reino. Nessa celebração nós renovamos nossa adesão ao Messias enviado por Deus, ao seu projeto, e com nossos ramos nas mãos o aclamamos Senhor da vida e da história.
14 O Concílio Vaticano II nos chama a uma conversão externa e social (SC 110). E temos anualmente essa oportunidade com a Campanha da Fraternidade que nos traz temas atuais da sociedade.
“Nem a noite nos interrompa na prática da misericórdia!” (S. Gregório Nazianzeno)
15 Símbolos da Quaresma: Cor Roxa (Cfr. IGMR 345)
Significa Introspecção, penitência e interiorização;
Usada nos paramentos litúrgicos;
Cinzas
Símbolo penitencial: “Tu és pó, e ao pó voltarás” (Gênesis 3, 19); Utilizado na Quarta-feira de Cinzas. As cinzas vêm da queima dos ramos do Domingo de Ramos do ano anterior.
Canto
Não se canta o Glória nem o Aleluia como aclamação ao Evangelho, porque é época de penitência, reflexão e preparação para a Páscoa (Cfr. IGMR cap. I, 27). A exceção a esta regra é a solenidade de São José em 19 de março, mesmo assim tem o Glória, mas o Aleluia precisa esperar a Páscoa;
Flores
“No tempo da Quaresma é proibido adornar o altar com flores. Excetuando-se, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas” (Cfr. IGMR 305);
Cruz
Representa a fragilidade humana. Promove pelo seu exemplo salvífico o tempo de doação e penitência;
16 Como sacramento pascal, a Quaresma nos chama à reconciliação e à mudança de vida, assumindo a busca da humanidade inteira por libertação, justiça, dignidade, reconciliação e paz.
17 TRÍDUO PASCAL 5ª f. Santa 6ª F. Santa Sábado Santo
Não se trata de um tríduo que nos prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo celebrativo do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, a partir da Quinta-feira Santa estamos vivendo uma única e grande celebração.
5ª f. Santa
6ª F. Santa
Sábado Santo
18 Quinta-feira Santa
Início do Tríduo Pascal!
Também chamada de Missa da Ceia do Senhor;
Destaque ao Lava Pés;
Faz-se memória:
da instituição da Eucaristia;
da instituição do sacerdócio;
e também da caridade com que o Senhor nos amou até à morte.
19 Sexta-feira Santa
- Segundo dia do Tríduo Pascal;
Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor.
Ela consta de quatro partes: liturgia da Palavra, oração universal, adoração da cruz e comunhão eucarística.
Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.
20 A celebração é uma continuação da celebração de Quinta-feira Santa;
Entra-se em silêncio, o celebrante e concelebrantes prostram-se diante do altar em sinal de reverência e humildade;
Não se consagra o Corpo e Sangue de Cristo, sendo utilizado a reserva eucarística do dia anterior para a distribuição da comunhão;
Adoração da Santa Cruz, saída em silêncio.
21 Sábado Santo
Terceiro e último dia do Tríduo Pascal. A principal celebração é a Vígilia Pascal.
É costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia.
As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas.
Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da Confissão e o da Unção dos Enfermos.
São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa.
A distribuição da comunhão eucarística só é permitida em caso de morte.
É a memória da noite santa em que Cristo ressuscitou;
Nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.
22 Toda a celebração da Vigília Pascal se faz de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes do amanhecer do domingo;
A celebração é uma continuação da celebração de Quinta e Sexta-feira Santa;
A Vigília é composta por 5 partes: a bênção do fogo novo e do círio pascal; o Exulte, proclamando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação, com sete leituras do Antigo Testamento, uma do Novo e o Evangelho, e entre uma leitura e outra, é cantado um salmo; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.
O senso comum chama o Sábado Santo de Sábado de Aleluia, mas é um erro.
O correto mesmo é chamá-lo de Sábado Santo, porque durante o dia Cristo está morto no túmulo.
23 Domingo de Páscoa
No domingo de Páscoa é celebrada a passagem de Jesus para o Pai, neste dia é recordado a Ressurreição Jesus Cristo e a abertura do período da Oitava da Páscoa.
Inicia-se o Tempo Pascal de 50 dias, desde o Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes;
24 A Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio da primavera (no hemisfério norte), ou seja, é equivalente à antiga regra de que seria o primeiro Domingo após o 14º dia do mês lunar de Nisan. Poderá assim ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.
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