Conhecidos também como termos integrantes da oração, os complementos são tão importantes quanto os termos essenciais da oração. Em muitos casos, o uso de um complemento é exigido pelo predicado. Sua função é deduzida a partir do seu próprio nome: os complementos servem para completar o sentido da oração, já que muitas vezes só o sujeito e o verbo não são suficientes para transmitir toda a mensagem. Os complementos podem ser classificados em três tipos: verbais, nominais e o agente da passiva.
Complemento verbal
Os complementos verbais são aqueles que têm a função de completar o significado do verbo da oração. Normalmente os complementos são exigidos pelos próprios verbos, e também são chamados de objetos. A depender do verbo, os objetos podem ser diretos ou indiretos. A diferença entre eles está na necessidade de preposição, os objetos diretos podem se ligar aos verbos sem auxílio de preposição , já os objetos indiretos necessitam obrigatoriamente de uma preposição. A função dos objetos verbais normalmente são desempenhadas por substantivos, mas pronomes, numerais ou qualquer palavra substantivada pode ocupar esta função. No período composto, uma oração inteira pode funcionar como objeto direto ou indireto: trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva direta ou indireta.
Exemplos:
Eu adoro bolo. – Objeto direto.
Eu necessito de seu apoio. – Objeto Indireto.
Os objetos também possuem outras funções além de complementar o verbo.
É possível ver um objeto direto com preposição; nesses casos, embora ele não necessite de uma preposição, ela está presente para dar ênfase a alguma ideia que se deseja expressar. Ele é usado por razões estilísticas e não pela exigência do verbo, porque, se exigisse, o verbo seria transitivo indireto. Chama-se objeto direto preposicionado, e ocorre para evitar ambiguidade, com o pronome relativo quem ou pronomes oblíquos tônicos, com verbos que expressam sentimentos, com o nome próprio Deus e com valor partitivo - ideia de parte, porção.
O objeto pode ser repetido através de um pronome oblíquo. Chama-se pleonástico. Esta repetição não configura pleonasmo vicioso, e sim ênfase.
Exemplos:
Eu cumpri com a minha palavra. – Objeto direto preposicionado.
Suas receitas, experimentá-las me faz bem. – Objeto pleonástico.
Complemento nominal
Substantivos, adjetivos e advérbios também podem exigir transitividade, ou seja, um complemento para seu significado. Este tipo de complemento é sempre precedido de uma preposição. Assim como os verbais, os complementos nominais nem sempre são necessários, dependem do nome em questão. No período composto, uma oração inteira pode funcionar como complemento nominal: trata-se de uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
Exemplos:
Ele é fiel à namorada.
O juiz agiu favoravelmente ao réu.
Não tenho lembrança do que vivemos.
Agente da passiva
O agente da passiva não é necessariamente um complemento da oração, mas faz parte dos termos integrantes. O agente da passiva é, em uma oração de voz passiva, a parte ativa. Em outras palavras, é o que ou quem se relaciona ativamente com o verbo. No período composto, uma oração inteira pode funcionar como agente da passiva: trata-se de uma oração subordinada substantiva agente da passiva.
Exemplos:
A bola foi chutada por mim.
Fui levado ao hospital pela ambulância.
Também pode ocorrer com a preposição de.
Exemplos:
Um tecido é constituído de células.
Os sindicatos são formados de trabalhadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário