Conjunções são palavras que, assim como as preposições, relacionam termos de mesmo valor sintático ou orações. As conjunções podem relacionar duas orações com significados equivalentes, também conhecidas como orações coordenadas, ou pode criar uma relação de subordinação, assim como as preposições, vinculando uma oração subordinada a uma oração principal. Podemos entender melhor como funcionam as conjunções nos exemplos abaixo:
Ele é um rapaz bondoso e honesto.
Ele é bondoso, mas seus pais são desonestos.
Ele é tão bondoso que se sacrificou.
No primeiro exemplo temos a conjunção “e” ligando “bondoso” e “honesto”, são dois termos sintaticamente iguais. No segundo exemplo temos duas orações coordenadas, a conjunção “mas” as liga, mas se fosse colocado um ponto no final de cada uma delas, as frases ainda teriam sentido próprio. Já no terceiro exemplo, “que” liga duas orações, mas “Ele é tão bondoso” é que dá sentido a “se sacrificou”. As duas orações estão ligadas em uma relação de subordinação, e o sentido delas só é pleno com a presença de ambas.
Poucas são as conjunções propriamente ditas. A maioria delas são palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção.
As
conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente
como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo,
entretanto, ou, porque,pois, portanto, se, ora, apesar e como.
Existem também conjuntos de palavras que podem assumir o papel de uma conjunção em uma frase. Este grupo de duas ou mais palavras é chamado de locução conjuntiva.
Exemplos: Ainda que, visto que, à medida que, logo que, a fim de que, desde que, de modo que.
Classificação das conjunções
As conjunções são, primeiramente, classificadas em dois tipos: as que relacionam dois termos ou orações de significados equivalentes, chamadas de conjunções coordenativas; e as que relacionam orações sobre uma relação de subordinação, que são chamadas de conjunções subordinativas. Cada um destes grupos tem suas próprias classes de conjunções conforme o que exprimem na relação.
Coordenativas
Aditivas: soma, adição.
Exemplos: e, nem, mas também, mas ainda, como também (depois de não só)
Adversativas: oposição, contraste.
Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante
Alternativas: alternância ou exclusão.
Exemplos: ou (repetido ou não), ora, quer, já, seja (repetidos)
Conclusivas: conclusão, consequência lógica.
Exemplos: logo, portanto, por isso, por conseguinte, então, assim, destarte, dessarte, pois
Explicativas: explicação, justificativa.
Exemplos: porque, que, pois, porquanto
Subordinativas
Integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas.
Exemplos: que, se, como.
Causais: causa, motivo, razão.
Exemplos: uma vez que, porque, já que, como, visto que, porquanto, na medida em que.
Concessivas: concessão, quebra de expectativa.
Exemplos: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto que, se bem que, apesar de que, nem que.
Condicionais: condição ou hipótese.
Exemplos: se, caso, contanto que, desde que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que.
Conformativas: conformidade, adequação, citação.
Exemplos: conforme, segundo, como, consoante.
Comparativas: comparação.
Exemplos: como, assim como, bem como, mais… (do) que, menos… (do) que, tão... quanto/como, tanto... quanto/como, tal qual
Consecutivas: consequência, efeito.
Exemplos: tão... que, tal... que, tanto... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que, de modo que, de maneira que
Finais: finalidade, intenção.
Exemplos: para que, a fim de que, que, porque (= para que)
Proporcionais: proporção - direta ou inversa.
Exemplos: à medida que, ao passo que, à proporção que, quanto mais, quanto menos
Temporais: tempo, momento.
Exemplos: quando, antes que, enquanto, depois que, logo que, assim que, sempre que, desde que, logo que, até que, mal
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