quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Maxivest II - 2

49- Em qual opção a forma verbal grifada não substitui adequadamente a do período I?

I - Economistas afirmaram que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil.
II- Economistas afirmaram já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil.

I- Não souberam ou não quiseram dizer para onde você tinha ido.
II- Não souberam ou não quiseram dizer para onde você fora.

I- Eram passados já muitos anos, desde o acidente.
II- Haviam passado já muitos anos, desde o acidente.

I- Honrarás a teu pai e a tua mãe.
II- Honra a teu pai e a tua mãe.

I- Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido.
II- Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.

As formas verbais terá partido e partirá não têm o mesmo sentido, pois terá partido indica ação anterior à ação de chegar, e partirá, ação posterior.

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50- A forma passiva correspondente ao enunciado Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo, é a seguinte:

O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo.
Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu.
No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim.
Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu.
Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.
Os verbos transitivos diretos admitem transformação da voz ativa para a voz passiva, além de cinco exceções: obedecer, desobedecer e responder, que são VTIs.

Para passar uma oração da voz ativa para a voz passiva, procede-se da seguinte maneira:

- O objeto direto se transforma em sujeito da voz passiva;

- O VTD passa a ser o verbo principal de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é o verbo ser (em alguns casos, estar, andar, ficar, ir ou vir). O verbo ser tem de ficar no mesmo tempo e modo do VTD da voz ativa, e o VTD, na voz passiva, fica no particípio.

- o sujeito se transforma em agente da passiva, sempre antecedido pela preposição por (em alguns casos, pela preposição de).

A frase apresentada tem a seguinte estrutura sintática:

Voz ativa: Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo

Sujeito: eu

VTD: vi (pretérito perfeito do indicativo)

OD: um papagaio de papel, alto e largo

Voz passiva: Um papagaio de papel, alto e largo, foi visto por mim, no claro azul do céu.

Obs.: A ordem dos termos pode ser qualquer outra:

Por mim, no claro azul do céu, um papagaio de papel foi visto, alto e largo.

Visto por mim um papagaio de papel foi no claro azul do céu, alto e largo.
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Nas questões de 51 a 53, assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou na morfologia das formas verbais:

51-

Se não provessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maiores adviriam na entressafra.
Se eles interporem um novo recurso contra a decisão dos diretos, é possível que seja aceita a argumentação que apresentaram.
Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça o respectivo laudo da fiscalização.
Por não se preverem as conseqüências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas que contivessem o aumento de custos.
O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações se contradissessem.
- Prover (= abastecer): conjugação regular, como qualquer verbo terminado em –er (como modelo, conjugue-o como vender), com exceção do presente do indicativo, do pretérito imperfeito, do futuro do presente, do futuro do pretérito, do presente do subjuntivo, do imperativo afirmativo e do imperativo negativo, cuja conjugação segue a do verbo ver: Se não vendessem = Se não provessem.

- Advir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Eles viriam = Eles adviriam.

- Interpor: derivado de pôr. Tem, portanto, conjugação idêntica à de pôr: Se eles puserem = Se eles interpuserem.

- Diferir: conjugação idêntica à do verbo preferir: Que eles prefiram = Que eles difiram.

- Expedir: conjugação idêntica à do verbo pedir: Que ele peça = Que ele expeça.

- Prever: derivado de ver. Tem, portanto, conjugação idêntica à de ver: Por não verem as condições = Por não se preverem as condições.

- Intervir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Ele não veio = O Governo não interveio.

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52-

Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.
Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.
Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.
Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.
Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.
O verbo haver é impessoal quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Nesses casos, fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Se formar locução verbal, o auxiliar também tem de ficar no singular.

Ninguém sabe se acontecerão novas inscrições = Ninguém sabe se haverá novas inscrições = Ninguém saber se vai haver novas inscrições.

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53-

É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada.
Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extraordinária resistência, estão surgindo nos hospitais.
Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados.
Sem que se transgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos.
Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.
- Intermediar: As formas rizotônicas (eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo) se conjugam como os verbos terminados em –ear. Por exemplo: passear: Que eles passeiem = Que se intermedeiem. O mesmo acontece com os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.
- Pressupor: derivado de pôr. Tem, portanto, conjugação idêntica à de pôr: Eles puseram = eles pressupuseram.

- Ater: derivado de ter. Tem, portanto, conjugação idêntica à de ter: Ao terem = Ao se aterem.

- Transgredir: derivado de agredir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de agredir: Que eles não se agridam = que transgridam.

- Sobrevir: derivado de vir. Tem, portanto, conjugação idêntica à de vir: Se não vierem = Se não sobrevierem.

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54- Em Se aceitas a comparação distinguirás..., se a forma aceitas for substituída por aceitasses, a forma distinguirás deverá ser alterada para:

vais distinguir
distinguindo
distingues
distinguirias
terás distinguido
A forma aceitasses está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Este tempo forma período composto com o futuro do pretérito do indicativo, tempo estruturado com a desinência ria: Se aceitasses a comparação distinguirias.
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55- Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceiteis sem prova." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:

lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.
lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.
lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.
lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.
lhes disser; acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.
Tratamento para a terceira pessoa do plural é correspondente ao pronome de tratamento vocês.

- Se eu disser a vocês = Se lhes disser, pois Quem diz, diz algo a alguém. O verbo dizer é VTDI que exige a preposição a diante do objeto indireto. Este, portanto, tem de ser representado pelo pronome lhe(s). Como a mudança tem de ser realizada para vocês, o pronome tem de ser lhes.

- Acreditem-no, pois há um conselho, portanto o verbo acreditar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês acreditem. Quando a estrutura verbal de um verbo transitivo direto terminar em M, o pronome o, que funciona como objeto direto, se transforma em no. Os verbos acreditar, crer, precisar e necessitar tanto podem ser VTD como VTI. Na frase, acreditar está usado como VTD: Quem acredita, acredita algo.

- Podem crê-lo, pois o verbo poder está conjugado no presente do indicativo: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós podeis, eles podem. Quando a estrutura verbal de um verbo transitivo direto terminar em R, o pronome o, que funciona como objeto direto, se transforma em lo. Os verbos acreditar, crer, precisar e necessitar tanto podem ser VTD como VTI. Na frase, crer está usado como VTD: Quem crê, crê algo.

- Duvidem, pois há um conselho, portanto o verbo duvidar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês duvidem.

- Não a aceitem, pois há um conselho, portanto o verbo aceitar está conjugado no modo imperativo, que, para a terceira pessoa do plural, provém do presente do subjuntivo: Espero que vocês aceitem. Deve-se usar o pronome a, e não lhe, por se tratar de um verbo transitivo direto: Quem aceita, aceita algo.

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56- "... e antes nunca houvesse aberto o bico..."; "Assim da tua vanglória há muitos que se ufanam." Nestas passagens, o verbo haver é, respectivamente:

auxiliar e auxiliar
auxiliar e impessoal
impessoal e impessoal
principal e auxiliar
principal e impessoal
Em houvesse aberto, o verbo haver é auxiliar de locução verbal; aberto é o principal.

Em há muitos, o verbo haver é impessoal, pois significa existir.

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57- A transformação passiva da frase "A religião te inspirou esse anúncio" apresentará o seguinte resultado:

Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.
Esse anúncio inspirou-se na tua religião.
Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.
Esse anúncio te foi inspirado pela religião.
Tua religião foi inspirada nesse anúncio.
Os verbos transitivos diretos admitem transformação da voz ativa para a voz passiva, além de obedecer, pagar e perdoar, que não são VTDs.

Para passar uma oração da voz ativa para a voz passiva, procede-se da seguinte maneira:

- O objeto direto se transforma em sujeito da voz passiva;

- O VTD passa a ser o verbo principal de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é o verbo ser (em alguns casos, estar). O verbo ser tem de ficar no mesmo tempo e modo do VTD da voz ativa, e o VTD, na voz passiva, fica no particípio.

- o sujeito se transforma em agente da passiva, sempre antecedido pela preposição por (em alguns casos, pela preposição de).

A frase apresentada tem a seguinte estrutura sintática:

Voz ativa: A religião te inspirou esse anúncio

Sujeito: A religião

VTDI: inspirou (pretérito perfeito do indicativo)

OD: esse anúncio

OI: te

O OI se mantém da mesma forma na transformação.

Voz passiva: Esse anúncio foi-te inspirado pela religião.

Obs.: A ordem dos termos pode ser qualquer outra:

Esse anúncio te foi inspirado pela religião.

Pela religião este anúncio te foi inspirado.
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58- "Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida." Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo e terceiro verbos grifados conotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintes formas verbais:

fiquem, amassem, procurassem
ficavam, tenham amado, tenham procurado
ficariam, amariam, procurariam
fiquem, amam, procuram
ficariam, tivessem amado, tivessem procurado
Verbo volitivo é aquele que expressa a vontade do emissor, e isso é caracterizado por meio do modo imperativo.

O imperativo para a terceira pessoa do plural do verbo ficar é fiquem.

Ação no plano da realidade significa fato, e isso é representado pelo modo indicativo, por isso os verbos amar e procuram devem ser conjugados nesse modo: eles amam; eles procuram.

15- Em qual opção há erro no emprego do pronome oblíquo?

Eu o conheço muito bem.
Devemos preveni-lo do perigo.
Faltava-lhe experiência.
A mãe amava-a muito.
Farei tudo para livrar-lhe desta situação.
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

Conhecer: quem conhece, conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.

Prevenir: quem previne, previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.

Faltar: aquilo que falta, falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.

Amar: quem ama, ama algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.

Livrar: quem livra, livra algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R: Farei tudo para livrá-lo desta situação.

O pronome lhe só deve ser usado com verbos transitivos diretos se este tiver valor possessivo:
Livrei-lhe as adversidades. (suas/dele/dela)

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16- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:

De tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo.
Indefinido, relativo, pessoal, relativo.
Demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido.
Indefinido, relativo, demonstrativo, relativo.
Indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo.
Alguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes que Pedro fizesse isso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.

Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.

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17- Na frase Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está reforçado para:

Ênfase
Elegância de estilo
Figura de harmonia
Clareza
Concessão
Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro, Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho ser de Pedro, de Maria ou da pessoa com quem se fala.

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18- Em que opção o pronome pessoal está empregado corretamente?

Este é um problema para mim resolver.
Entre eu e tu não há mais nada.
A questão deve ser resolvida por eu e você.
Para mim, viajar de avião é um suplício.
Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.
Só se usa eu e tu na função de sujeito, predicativo do sujeito ou aposto. Para isso é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.

- Entre mim e ti não há mais nada;

- A questão deve ser resolvida por mim e você.

Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por isso Quando voltei a si está inadequado, já que eu voltei a mim.

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19- Onde há erro quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?

Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si.
Ele só cuida de si.
Quando V. Sa. Vier, traga consigo a informação pedida.
Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
Espere um momento, pois tenho de falar consigo.
A única frase que não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere um momento, pois tenho de falar com você.
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20- Este inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
No texto, os pronomes eu, quem e este são respectivamente

Indefinido – pessoal – indefinido
Pessoal – interrogativo – demonstrativo
Pessoal – indefinido – demonstrativo
Interrogativo – pessoal – indefinido
Indefinido – pessoal – interrogativo
Eu: sempre é pronome pessoal do caso reto.

Quem: em início de frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.

Este: sempre é pronome demonstrativo.

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21- O auxiliar judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre .................. e ....................... .

Conosco – eu – ti
Com nós – mim – tu
Com nós – mim – ti
Conosco – eu – tu
Conosco – mim – ti
Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um aposto explicativo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: discutiu com nós mesmos.

Não há verbo exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim e ti.

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22- V. Excelência ................ fazer o que ............. for possível, para que .............. prestígio se mantenha.

Deveis – vos – vosso
Deveis – lhe – seu
Deveis – lhe – vosso
Deve – vos – seu
Deve – lhe – seu
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa, embora se refira à segunda pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for possível, para que seu prestígio se mantenha.

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23- Traga os relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.

eu lê-los
mim ler-los
mim lê-los
mim ler-lhes
eu ler-los
Há verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo ler é VTD, pois quem lê lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os relatórios, para eu lê-los.
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24- Os projetos que ................... estão em ordem; ...................... ainda hoje, conforme ..................... .

enviaram-me – devolvê-los-ei – lhes prometi.
enviaram-me – os devolverei – lhes prometi.
enviaram-me – os devolverei – prometi-lhes.
me enviaram – os devolverei – prometi-lhes.
me enviaram – devolvê-los-ei – lhes prometi.
Próclise: uso do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as) antes do verbo. Na Língua Portuguesa do Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, menos no início de frase. Na segunda lacuna, portanto, não se deve usar próclise; o certo, então, é devolvê-los-ei.

Usa-se próclise obrigatoriamente quando houver uma palavra atrativa. Exemplos de palavra atrativa: pronome relativo e conjunção subordinativa, aquela que inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, finalidade, tempo, comparação, consequência, conformidade, proporção, modo e lugar. É o que ocorre na frase apresentada: que é pronome relativo, já que indica uma relação sintática entre o substantivo antecedente e o verbo posterior (os projetos estão em ordem), e conforme é conjunção subordinativa conformativa: Os projetos que me enviaram...; conforme lhes prometi.

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25- Quando ................... as provas, ............................ imediatamente.

lhes entregarem – corrijam-nas
lLhes entregarem – corrijam

lhes entregarem – corrijam-nas
entregarem-lhes – corrijam-as
entregarem-lhes – as corrijam
Quando é conjunção subordinativa temporal; próclise, portanto: Quando lhes entregarem.

Não se usa próclise depois de vírgula, a não ser que esta apenas isole um termo na oração ou sob licença poética; não é o que ocorre na frase apresentada: corrijam-nas.

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26- Qual sentença deve ser corrigida?

Poderá resolver-se o caso imediatamente.
Sabes o que se deverá dizer ao professor?
Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
Sabe o que deverá dizer-se ao professor?
Poderá-se resolver o caso imediatamente.
Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal.

Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: o que se deverá.

Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, sempre poderá ocorrer próclise a ele: resolver-se; dizer-se.

Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá mesóclise (pronome átono no meio do verbo: poder-se-á; ou próclise (o que se deverá dizer); só não pode ocorrer ênclise (pronome átono depois do verbo). É, portanto, errado, poderá-se.

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27- Em qual opção há erro no emprego dos pronomes?

Vossa Excelência e seus convidados.
Mandou-me embora mais cedo.
Vou estar consigo amanhã.
Vós e vossa família estais convidados para a festa.
Deixei-o encarregado da turma.
Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado, portanto, Vou estar consigo.

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28- Observe os períodos e aponte os certos:

I- Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.

II- Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.

III- Nada chegava a impressioná-lo na juventude.

IV- Dar-lhe-emos novas oportunidades.

V- Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.

I- Errado, pois quem, pronome relativo indefinido, é palavra atrativa: quem nos roubava.

II- Certo, pois pouco, pronome indefinido, palavra atrativa.

III- Certo, pois sempre se pode usar ênclise diante de verbo no infinitivo não flexionado.

IV- Certo, pois o verbo está no futuro do presente em início de frase.

V- Certo, pois eles, pronome pessoal do caso reto, não é palavra atrativa.

07- Estamos certos de que V. Exa. __________ merecedor da consideração que _________ dispensam ___________ funcionários.

é – lhe – vossos
é – lhe - seus
e – vos - vossos
sois – lhe – seus
sois – vos vossos
V. Exa. é a abreviação do pronome de tratamento Vossa Excelência. Pronome de tratamento é o modo de tratar determinadas pessoas de modo cerimonioso ou oficial. Por exemplo:

Vossa Alteza (V. A.): príncipes, arquiduques e duques
Vossa Eminência (V. Ema): cardeais
Vossa Excelência (V. Exa.): altas autoridades, como o presidente da República (sempre por extenso), senadores, ministro de Estado, governadores de Estado e do Distrito Federal, deputados federais, estaduais e distritais, prefeitos, presidentes das câmaras municipais, embaixadores, cônsules, chefes das casas civil e militar, desembargador da Justiça, curador, promotor, procurador, oficiais-generais das Forças Armadas (até coronel)
Vossa Magnificência (V. Maga.): reitores de universidades e outras instituições de ensino superior
Vossa Majestade (V. M.): reis e imperadores
Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.): bispos e arcebispos
Vossa Paternidade (V. P.): abades e superiores dos conventos
Vossa Reverendíssima (V. Revma.): sacerdotes em geral
Vossa Santidade (V. S.): papa e Dalai Lama
Vossa Senhoria (V. Sa.): funcionários e servidores públicos graduados, chefes de seção, comerciantes e profissionais liberais em geral e pessoas de cerimônia, normalmente usado em textos escritos, como cartas comerciais, ofícios, requerimentos etc. Também é usado para diretores de autarquias federais, estaduais e municipais, vereadores e outras patentes militares.

Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca. Nessa frase, usa-se Vossa Excelência porque o interlocutor está conversando com o Presidente; e usa-se Sua Santidade porque fala com o repórter a respeito do Papa, após a chegada da imprensa.

Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.

A frase adequada, portanto, é a seguinte: Estamos certos de que V. Exa. é merecedor da consideração que lhe dispensam seus funcionários.

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08- Qual a opção inadequada?

Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados.
Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades.
Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados.
Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito.
Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados.
Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.

A frase inadequada, portanto, é a seguinte: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados. O pronome possessivo de terceira pessoa é seu(s), sua(s). A frase, então, tem de ser assim corrigida: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e seus subordinados.

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09- Qual a opção com erro?

Não consegui entendê-lo naquela confusão.
É para mim fiscalizar aqueles volumes.
Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.
Por favor, mande-o entrar e sentar-se.
Fizeram-no esperar demais hoje.
- o, a, os, as: verbo transitivo direto é aquele que exige complemento não preposicionado, denominado de objeto direto. Por exemplo, o verbo amar: quem ama, ama, algo/alguém. O objeto direto será representado por o, a, os, as quando for de terceira pessoa: Não o entendia naquela confusão: Quem entende, entende algo/alguém. Os pronomes o, a, os, as podem ser substituídos por variantes:

- no, na, nos, nas: quando o verbo terminar em M, ÃO ou ÕE, usa-se no, na, nos, nas no lugar de o, a, os, as. Por exemplo:
As motos estavam à venda; eles compraram-nas por pouco dinheiro;
Eles oferecem os brindes e dão-nos só aos amigos;
Eles pegam os sapatos e põe-nos.

- lo, la, los, las: quando o verbo transitivo direto terminar em R, S ou Z, usa-se lo, la, los, las no lugar de o, a, os, as. As terminações R, S, Z desaparecem. Por exemplo:
Vou escrever a música e cantá-la a vocês;
Essa música, tu canta-la?;
O padre pega as crianças com seu carro e condu-las até a igreja;
Não consegui entendê-lo.

- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito: É para eu fiscalizar aqueles volumes.

- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito:
Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.
Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de verbo transitivo indireto (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo - predicativo do sujeito que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente):
Custou para mim aceitar a situação;
Basta para mim ter você ao meu lado;
Resta para mim pagar as dívidas;
Falta para mim trazer alguns documentos.

- Sujeito acusativo: quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, perceber, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...):
Por favor, mande-o entrar e sentar-se;
Fizeram-no esperar demais hoje.

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10- Complete as lacunas:

De repente, deu um livro para .............. . (eu / mim)
Nada mais há entre ............. e você. (eu / mim)
Sempre houve entendimento entre ............ e ti. (eu / mim)
José, espere. Vou .............. . (consigo / contigo / com você)
Usa-se eu somente quando exercer a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu:
De repente, deu um livro para mim;
Nada mais há entre mim e você;
Sempre houve entendimento entre mim e ti.

- si e consigo: pronomes que só podem ser usados reflexivamente, ou seja, somente quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Devem-se analisar os elementos identificadores do interlocutor; se este for tu, usa-se contigo; se for você, usa-se consigo caso haja reflexibilidade, e usa-se com você se não a houver. O verbo esperar, na forma espere, identifica o interlocutor: você; não há reflexibilidade, portanto, deve-se usar com você: José, espere. Vou com você.
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11- Vossa Excelência ...................... que eu ......................... traga ..................... jornal?

quer – lhe – vosso
quer – vos – seu
quereis – vos – vosso
quer – lhe – seu
quereis – lhe – vosso
Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc. A frase adequada, portanto, é a seguinte: Vossa Excelência quer que eu lhe traga seu jornal?
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12- Onde há erro no uso do pronome de tratamento?

Os reitores das universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir minhas explicações.
Consulte em gramáticas ou na internet o pronome, a abreviatura e o interlocutor.

Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca.

O erro encontra-se na frase 4. Corrigindo-a: Sua Santidade, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. Vossa Eminência é usado para cardeais. Todas as demais estão corretas.

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13- Em qual opção a palavra certo é pronome indefinido?

Certo perdeste o juízo.
Certo rapaz te procurou.
Escolheste o rapaz certo.
Marque o conceito certo.
Não deixe o certo pelo errado.
Classes gramaticais de certo:

- adjetivo: usado depois do substantivo: rapaz certo; conceito certo.

- pronome indefinido: usado antes do substantivo: certo rapaz.

- advérbio: significa certamente ou de maneira exata: certo (= certamente) perdeste o juízo.

- substantivo: antecedido de artigo; significa coisa certa: Não deixe o certo pelo errado.

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14- Se é para ................ (eu / mim) dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ................... (mim e ti / mim e tu / eu e tu / eu e ti)

Usa-se eu e tu somente quando exercerem a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu nem tu: Se é para eu dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre mim e ti.

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