29- Em qual opção o verbo está flexionado incorretamente?
O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.
Não despeças os carregadores antes do desembarque.
Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.
A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.
Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.
Os verbos terminados em –edir têm conjugação idêntica à do verbo pedir, com exceção dos terminados em –gredir, que são conjugados como agredir.
- Não peças, portanto Não despeças os carregadores...
- Eu peço, portanto Eu expeço...
Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.
Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:
Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.
Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.
Eu entretenho, retenho, mantenho (verbos entreter, reter e manter): são, portanto, derivados de ter.
- Ele viria, portanto O enxoval conviria...
- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...
Já o verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo vender. Não se conjuga como ver, nem como haver, nem como vir, não se diz ele se precaveu, nem ele se precaveio, nem ele se precouve:
- Eu vendi, portanto Eu precavi
- Ele vendeu, portanto Ele precaveu, A noiva precaveu-se...
- Eles venderam, portanto Eles precaveram
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30- Em qual opção não há erro na voz passiva?
Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma incorreta.
No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.
À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.
Assim que começou a cursar Medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.
A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.
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31- "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho" (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
Presente do subjuntivo
Imperfeito do indicativo
Pretérito perfeito do indicativo
Presente do indicativo
Imperativo afirmativo
Características dos tempos verbais:
Indicativo:
Presente: indica ação corriqueira; exprime atualidade. Pode ser caracterizado por uma das frases a seguir: Todos os dias...; Anualmente...; Semanalmente...
Pretérito perfeito: ação realizada no passado; terminada no passado. Pode ser caracterizado pelo advérbio Ontem...
Pretérito imperfeito: indica ação em curso no passado. Pode ser caracterizado pela expressão Naquela época, todos os dias...
Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação ocorrida no passado anteriormente ao pretérito perfeito. Sempre é terminado em ara, era, ira e ora.
Futuro do presente: indica ação futura, que certamente acontecerá. Pode ser caracterizado pelo advérbio Amanhã...
Futuro do pretérito: era, antigamente, chamado de condicional por depender de uma condição. Por isso pode ser caracterizado pela expressão Se eu fosse você, eu ...ria. Sempre é terminado em ria.
Subjuntivo
Presente: indica um desejo de que algo aconteça, por isso pode ser caracterizado pela expressão Espero que...
Pretérito imperfeito: indica uma condição, por isso pode ser caracterizado pela expressão Se você ...sse, eu ...ria. Sempre tem a desinência sse.
Futuro: indica uma hipótese futura. Participa de oração geralmente iniciada pela conjunção se ou quando: Quando você fizer...
A forma verbal engarrafam, portanto, se encontra no presente do indicativo: Todos os dias eles engarrafam.
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32- "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre com razão." (Sílvio Romero) O verbo lê:
Está na voz passiva e seu sujeito é que.
Está na voz ativa, seu sujeito é cousa e seu objeto direto é versos.
Está na voz reflexiva,e o sujeito versos pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo.
Sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os versos e quem os lê.
Funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto.
Em "... cousa que se não lê", o verbo ler está acompanhado do pronome se. Ler é verbo transitivo direto, pois Quem lê, lê algo. Alguém não lê o quê? Resposta: cousa, que é o objeto direto de ler.
Verbo transitivo direto com objeto direto acompanhado do pronome se forma a chamada voz passiva sintética, em que se é partícula apassivadora e o objeto direto se transforma em sujeito, pois, na voz passiva, quem sofre a ação é o sujeito.
Quando, ao analisar sintaticamente um verbo, procurar qualquer função sintática, encontrar um substantivo (ou palavra substantivada) que esteja antes do verbo e, entre os dois, houver que, quem ou qual, provam-se três coisas:
a- que, quem, qual são pronomes relativos;
b- eles iniciam oração subordinada adjetiva;
c- a função que se estava procurando pertence ao pronome relativo.
Na frase apresentada ocorre tudo isso, ou seja, ao analisar o verbo ler, procurando a função de sujeito, encontramos o substantivo cousa; entre o verbo e o substantivo, há que, que é, então, pronome relativo. Ele inicia uma oração subordinada adjetiva, e a função que procurávamos (sujeito de ler) pertence a ele.
Ler, então, está na voz passiva, e seu sujeito é que.
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33- "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Com é que se fazia / Uma balada / Antes d'ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbal nesse texto. Essa locução é:
procurei ver
ver se aprendia
aprendia como é
é que se fazia
antes de ir
Locução verbal é a junção de dois verbos indicando apenas uma ação ou ligando o sujeito a sua qualidade. O verbo que indica a ação ou a qualidade é o verbo principal; o outro, o verbo auxiliar. Os principais verbos auxiliares são os seguintes: ter, haver, ser, estar, poder, dever, querer e ir.
A locução verbal do texto é procurei ver, pois são dois verbos indicando uma só ação.
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34- conforme o médico nos ........................, seu organismo agora já .................... o cálcio.
prevenira – retem
previnira – retém
provenira – retém
previnira – retem
prevenira – retém
O verbo prevenir é irregular: ocorre a troca do segundo e por i nas pessoas eu, tu, ele e eles do presente do indicativo, em todo o presente do subjuntivo e no imperativo: todos os dias eu me previno; espero que você se previna; previna-se contra os assaltos! Nos demais tempos, não ocorre essa troca, por isso o adequado é prevenira.
Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele retém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles retêm).
A frase certa, então, é a seguinte: conforme o médico nos prevenira, seu organismo agora já retém o cálcio.
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35- Sem que ninguém tivesse ................, o próprio menino ....................-se contra os falsos amigos.
intervindo – precaviu
intervindo – precaveio
intervido – precaveu
intervido – precouve
intervindo – precaveu
Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm a mesma conjugação de ter e de vir.
Intervir é derivado de vir, pois Todos os dias eu intervenho, e não eu intervo. É, portanto, conjugado da mesma maneira de vir. Basta conjugar vir e acrescentar o prefixo inter- à estrutura verbal: Sem que ninguém tivesse vindo..., então Sem que ninguém tivesse intervindo...
O verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo vender:
- Eu vendi, portanto Eu precavi
- Ele vendeu, portanto Ele precaveu, "...o próprio menino precaveu-se contra os falsos amigos".
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36- Caso .................. realmente interessado, ele não ................ de faltar.
estiver – haja
esteja – houve
estivesse – houvesse
estivesse – havia
estiver – houve
Questão sem resposta, apesar de a Fundação Carlos Chagas ter apresentado a letra D (estivesse – havia).
Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:
- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.
- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.
- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).
As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:
Caso estiver realmente interessado, ele não haverá de faltar. (futuro do subjuntivo x futuro do presente)
Caso esteja realmente interessado, ele não haverá de faltar. (presente do subjuntivo x futuro do presente)
Caso estivesse realmente interessado, ele não haveria de faltar. (pretérito imperfeito do subjuntivo x futuro do pretérito)
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37- Se algum dia a .............. chegar arrependida, ................ o teu ódio num forte abraço de perdão.
veres – esqueça
vires – esquecei
veres – esquece
vires – esqueça
vires – esquece
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.
Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir.
A segunda pessoa do singular (tu) do futuro do subjuntivo tem a desinência –es: Se tu vires; Quando tu vires.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s: Todos os dias tu esqueces; retirando-se a letra s: Esquece o teu ódio.
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38- Quem .................. o Pedro, ou, pelo menos, ................ falar com ele, .............-o em meu nome.
ver – poder – advirta
vir – puder – adverta
vir – puder – advirta
ver – puder – adverta
vir – poder – adverta
Os verbos ver e poder estão usados em uma hipótese futura. Devem ser conjugados, portanto, no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.
Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir; Quem vir o Pedro.
Ontem eles puderam: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puder. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puder; Quando eu puder; Quem puder falar com ele.
O verbo advertir tem conjugação semelhante à do verbo divertir:
Eu me divirto – Eu advirto
Ele se diverte – Ele adverte
Espero que você se divirta – Espero que você o advirta.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, súplica, convite, recomendação, alerta. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo. O imperativo afirmativo de advertir para você é, portanto, advirta.
59- Em todas as frases, os termos em negrito exercem a função de sujeito, exceto em:
Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?
Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.
Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?
Quem é que será capaz? Resposta: a mulher de seu sobrinho.
Que é que se entrevê? Resposta: o céu.
Que é que amanheceu? Resposta: um dia lindo.
Quem é que era somente uma velha? Resposta: não está escrito na oração o sujeito do verbo ser. Como o verbo está na terceira pessoa do singular, o sujeito é oculto.
Que é que é preciso? Resposta: que haja muita compreensão para com os amigos (oração subordinada substantiva subjetiva)
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60- Na oração "Esboroou-se o balsâmico indianismo de Alencar ao advento dos Rondons", a classificação do sujeito é:
oculto
inexistente
simples
composto
indeterminado
Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?
Que é que se esboroou? Resposta: o balsâmico indianismo de Alencar. O sujeito é, portanto, simples, aquele que possui apenas um núcleo: indianismo.
Esboroar: reduzir a pó; desfazer.
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61- "Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos, a pau." Nessa frase o sujeito do verbo é:
nas mãos
indeterminado
eles (determinado)
inexistente ou eles: dependendo do contexto
oculto
Quem é que começou a feri-lo? Resposta: Eles. Como não aparece a resposta na oração, mas pode-se colocar o pronome eles, o sujeito é indeterminado.
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62- "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante..." O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:
indeterminado
um povo heróico
as margens plácidas do Ipiranga
do Ipiranga
o brado retumbante
Os primeiros versos do Hino Nacional apresentam uma inversão primorosa. A ordem direta do período é a seguinte: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. O sujeito é, portanto, simples: as margens plácidas do Ipiranga.
-----------------
63- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". O sujeito de faças é:
agente
indeterminado
paciente
inexistente
a oração que te façam
O verbo fazer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (que tu não faças). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.
------------------
64- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". Na oração que não queres o sujeito é a palavra:
que
o
tu
te
outrem
O verbo querer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (tu queres). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.
-------------------
65- "Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera / Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa" (Camões)
Em Que os campos deleitosos pinta e veste, o sujeito dos verbos pinte e veste é:
os campos deleitosos
Minha alva Dinamene
Indeterminado
a Primavera
Que
Quem é que pinta e veste os campos deleitosos? Resposta: A primavera.
Há, porém, entre os verbos e "a Primavera", o pronome relativo que. Este é, portanto, o sujeito.
-------------------
66- "Quem diz o que quer, ouve o que não quer". Qual o sujeito do trecho que não quer?
que
ele
o
você
inexistente
Há, no período, o pronome relativo indefinido quem, que equivale a a pessoa que: A pessoa que diz o que quer ouve o que não quer. Nesse período, o sujeito do verbo dizer é o pronome relativo que e o sujeito do verbo ouvir é a pessoa. Como o pronome quem substitui a expressão a pessoa que, ele é sujeito de ambos nos verbos. O exame vestibular que apresentou essa oração apresentou como sujeito do verbo querer o pronome ele, o que não condiz com as regras gramaticais.
-----------------------------
67- Na oração Mas uma diferença houve..., o sujeito é:
agente
indeterminado
paciente
inexistente
oculto
O verbo haver é impessoal quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Nesses casos, fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito: sujeito inexistente, portanto.
--------------------
68- "Éramos três velhos amigos na praia quase deserta". O sujeito dessa oração é:
subentendido
claro, composto e determinado
indeterminado
inexistente
claro, simples e determinado
O sujeito do verbo ser é o pronome nós, que não aparece escrito na oração. O sujeito, portanto, está oculto ou subentendido.
---------------
69- Em "Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido", temos oração:
sem sujeito
com sujeito simples e claro
com sujeito oculto
com sujeito composto
com sujeito indeterminado
Que é que lhe haviam acontecido? Resposta: muitas coisas. Este é o sujeito, portanto: simples e claro.
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70- Observe as orações seguintes:
1- Dizem por aí tantas coisas...
2- Nesta faculdade acolhem muito bem os alunos.
3- Obedece-se aos mestres.
O sujeito está indeterminado:
somente na 1
na 2 somente
na 3 somente
em duas delas somente
nas três orações
O sujeito será indeterminado nos seguintes casos:
1- Verbo na terceira pessoa do plural de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo sem clareza quanto a quem seja o sujeito na oração apresentada ou em anteriores. É o que ocorre na oração 1: Dizem por aí... e na 2: ...acolhem os alunos.
2- Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome se, índice de indeterminação do sujeito. Isso ocorre com os seguintes verbos:
VTI acompanhado de OI; É o que ocorre na 3: Obedece-se aos mestres.
VL acompanhado de OS;
VTD acompanhado de OD preposicionado
VI, sem sujeito claro na oração.
Não confunda com o pronome apassivador, parte integrante do verbo, pronome reflexivo, pronome recíproco, partícula expletiva ou de realce, conjunção subordinativa integrante, condicional, causal ou concessiva.
----------------
71- No período "Ser amável e ser egoísta são coisas distintas", o sujeito é:
indeterminado
"ser amável"
"coisas distintas"
"ser amável e ser egoísta"
Oculto
Que é que são coisas distintas? Resposta: Ser amável e ser egoísta. Este é o sujeito, portanto.
-------------------
72- Qual a concordância adequada?
Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
Choveu pedaços de granizo na Serra Gaúcha.
Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
-Havia muitos candidatos: verbo haver significando existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Choveram pedaços...: Que é que choveu? Resposta: pedaços... Este é o sujeito, portanto; um substantivo plural. O verbo tem de ficar, portanto, no plural.
- Faz muitos anos: verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Bateram três horas: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: O relógio bateu três horas...
- Fui eu que abri...: Quem é que abriu? Eu abri. Ainda que haja o pronome relativo que como sujeito, o verbo concorda com o antecedente.
Fui eu quem abriu ou Fui eu quem abri - com o pronome relativo quem, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou concorda com o pronome reto antecedente, quando se pretende fazer uma concordância enfática.
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73- Onde há erro de concordância?
Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração.
Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
Deve existir problemas nos seus documentos.
Choveram papéis picados nos comícios.
- Quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo ficará no singular. Se o sujeito for a expressão um e outro, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.
- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Devem existir problemas: Que é que deve existir? Resposta: Problemas. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.
- Que é que choveu? Resposta: papéis. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.
--------------------
74- Qual a opção sem erro?
Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.
Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.
- Soavam seis horas no relógio: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: Soava seis horas o relógio.
- Quem é que foi demitido? Resposta: ninguém. A função sintática de ninguém, na frase, é a de aposto resumidor. Excepcionalmente o verbo concorda com o aposto resumidor, e não com o sujeito composto.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.
- Fomos nós quem resolveu aquela questão: Quando houver o pronome relativo quem e o elemento antecedente for aparentemente o sujeito do verbo posterior, este concorda com quem, ficando na terceira pessoa do singular. Para comprovar isso, basta inverter os termos: Quem resolveu aquela questão fomos nós. Há gramáticos, porém, que também admitem a concordância com o elemento antecedente: Fomos nós quem resolvemos aquela questão. (construção estilística - usa-se o verbo em concordância com o pronome reto para enfatizar o verdadeiro agente do processo)
- "... aos artigos 37 e 38 que amparam...: Que é que ampara sua decisão? Resposta: os artigos. Como aquilo que ampara está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.
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75- Há concordância adequada em:
Ela o esperava já faziam duas semanas.
Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
Eles parece estarem doentes.
Devem haver aqui pessoas cultas.
Todos parecem terem ficado tristes.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Na sua bolsa havia muitas moedas de ouro; Deve haver aqui pessoas cultas.
- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... já fazia duas semanas".
- Estrutura verbal formada por parecer + infinitivo com sujeito no plural tem duas opções de concordância:
1- O verbo parecer concorda no plural, e o infinitivo não se flexiona: Eles parecem estar doentes; Todos parecem ter ficado tristes.
2- O verbo parecer fica no singular, e o infinitivo flexiona-se: Eles parece estarem doentes; Todos parece terem ficado tristes.
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76- É provável que ................. vagas na academia, mas não ................... pessoas interessadas; são muitas as formalidades a ................ cumpridas.
hajam – existem – ser
hajam – existe – ser
haja – existem – serem
haja – existe – ser
hajam – existem – serem
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... haja vagas..."
- O verbo existir é pessoal; concorda com o sujeito: Que é que existe? Resposta: pessoas interessadas. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... existem pessoas interessadas..."
- Verbo no infinitivo, na voz passiva, antecedido da preposição a, tem de concordar com o sujeito: Que é que será cumprido? Resposta: as formalidades. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... as formalidades a serem cumpridas".
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77- ................... de exigências! Ou será que não ................ os sacrifícios que .................. por sua causa?
Chega – bastam – foram feitos
Chega – bastam – foi feito
Chegam – basta – foi feito
Chegam – basta – foram feitos
Chegam – bastam – foi feito
- Chega de exigências: Os verbos chegar e bastar, no imperativo, acompanhados da preposição de, são impessoais. Ficam no singular obrigatoriamente.
- Ou será que não bastam os sacrifícios: Que é que não basta? Resposta: os sacrifícios. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural
- foram feitos: Que é que foi feito? Resposta: os sacrifícios. Como o que foi feito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.
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78- Soube que mais de dez alunos se .................... a participar dos jogos que tu e ele ................ .
negou – organizou
negou – organizasteis
negaram – organizaste
negou – organizaram
negaram – organizastes
- Mais de dez alunos se negaram: quando o sujeito for representado por uma destas expressões: mais de, menos de, cerca de, perto de acompanhada de um numeral, o verbo concorda com o numeral, exceto nos casos de reciprocidade ou de expressão repetida, nos quais o verbo vai para o plural com a expressão 'mais de um'.
- Tu e ele organizaram / organizastes: quando um sujeito composto tiver um dos núcleos sendo o pronome tu, o verbo tanto pode concordar na terceira pessoa do plural quando na segunda pessoa da plural.
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79- Suponho que ................... meios para que se .................. os cálculos de modo mais simples.
devem haver – realize
devem haver – realizem
deve haverem – realize
deve haver – realizem
deve haver – realize
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Suponho que deve haver meios.
- VTD acompanhado de OD e do pronome se: o pronome se será partícula apassivadora, o OD se transformará em sujeito e o VTD concordará com o sujeito: realizar é VTD, pois Quem realiza, realiza algo, logo os cálculos funciona como sujeito de realizar, que tem de concordar com o sujeito: realizem.
O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.
Não despeças os carregadores antes do desembarque.
Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.
A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.
Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.
Os verbos terminados em –edir têm conjugação idêntica à do verbo pedir, com exceção dos terminados em –gredir, que são conjugados como agredir.
- Não peças, portanto Não despeças os carregadores...
- Eu peço, portanto Eu expeço...
Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.
Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:
Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.
Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.
Eu entretenho, retenho, mantenho (verbos entreter, reter e manter): são, portanto, derivados de ter.
- Ele viria, portanto O enxoval conviria...
- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...
Já o verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo vender. Não se conjuga como ver, nem como haver, nem como vir, não se diz ele se precaveu, nem ele se precaveio, nem ele se precouve:
- Eu vendi, portanto Eu precavi
- Ele vendeu, portanto Ele precaveu, A noiva precaveu-se...
- Eles venderam, portanto Eles precaveram
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30- Em qual opção não há erro na voz passiva?
Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma incorreta.
No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.
À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.
Assim que começou a cursar Medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.
A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.
--------------------
31- "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho" (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
Presente do subjuntivo
Imperfeito do indicativo
Pretérito perfeito do indicativo
Presente do indicativo
Imperativo afirmativo
Características dos tempos verbais:
Indicativo:
Presente: indica ação corriqueira; exprime atualidade. Pode ser caracterizado por uma das frases a seguir: Todos os dias...; Anualmente...; Semanalmente...
Pretérito perfeito: ação realizada no passado; terminada no passado. Pode ser caracterizado pelo advérbio Ontem...
Pretérito imperfeito: indica ação em curso no passado. Pode ser caracterizado pela expressão Naquela época, todos os dias...
Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação ocorrida no passado anteriormente ao pretérito perfeito. Sempre é terminado em ara, era, ira e ora.
Futuro do presente: indica ação futura, que certamente acontecerá. Pode ser caracterizado pelo advérbio Amanhã...
Futuro do pretérito: era, antigamente, chamado de condicional por depender de uma condição. Por isso pode ser caracterizado pela expressão Se eu fosse você, eu ...ria. Sempre é terminado em ria.
Subjuntivo
Presente: indica um desejo de que algo aconteça, por isso pode ser caracterizado pela expressão Espero que...
Pretérito imperfeito: indica uma condição, por isso pode ser caracterizado pela expressão Se você ...sse, eu ...ria. Sempre tem a desinência sse.
Futuro: indica uma hipótese futura. Participa de oração geralmente iniciada pela conjunção se ou quando: Quando você fizer...
A forma verbal engarrafam, portanto, se encontra no presente do indicativo: Todos os dias eles engarrafam.
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32- "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre com razão." (Sílvio Romero) O verbo lê:
Está na voz passiva e seu sujeito é que.
Está na voz ativa, seu sujeito é cousa e seu objeto direto é versos.
Está na voz reflexiva,e o sujeito versos pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo.
Sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os versos e quem os lê.
Funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto.
Em "... cousa que se não lê", o verbo ler está acompanhado do pronome se. Ler é verbo transitivo direto, pois Quem lê, lê algo. Alguém não lê o quê? Resposta: cousa, que é o objeto direto de ler.
Verbo transitivo direto com objeto direto acompanhado do pronome se forma a chamada voz passiva sintética, em que se é partícula apassivadora e o objeto direto se transforma em sujeito, pois, na voz passiva, quem sofre a ação é o sujeito.
Quando, ao analisar sintaticamente um verbo, procurar qualquer função sintática, encontrar um substantivo (ou palavra substantivada) que esteja antes do verbo e, entre os dois, houver que, quem ou qual, provam-se três coisas:
a- que, quem, qual são pronomes relativos;
b- eles iniciam oração subordinada adjetiva;
c- a função que se estava procurando pertence ao pronome relativo.
Na frase apresentada ocorre tudo isso, ou seja, ao analisar o verbo ler, procurando a função de sujeito, encontramos o substantivo cousa; entre o verbo e o substantivo, há que, que é, então, pronome relativo. Ele inicia uma oração subordinada adjetiva, e a função que procurávamos (sujeito de ler) pertence a ele.
Ler, então, está na voz passiva, e seu sujeito é que.
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33- "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Com é que se fazia / Uma balada / Antes d'ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbal nesse texto. Essa locução é:
procurei ver
ver se aprendia
aprendia como é
é que se fazia
antes de ir
Locução verbal é a junção de dois verbos indicando apenas uma ação ou ligando o sujeito a sua qualidade. O verbo que indica a ação ou a qualidade é o verbo principal; o outro, o verbo auxiliar. Os principais verbos auxiliares são os seguintes: ter, haver, ser, estar, poder, dever, querer e ir.
A locução verbal do texto é procurei ver, pois são dois verbos indicando uma só ação.
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34- conforme o médico nos ........................, seu organismo agora já .................... o cálcio.
prevenira – retem
previnira – retém
provenira – retém
previnira – retem
prevenira – retém
O verbo prevenir é irregular: ocorre a troca do segundo e por i nas pessoas eu, tu, ele e eles do presente do indicativo, em todo o presente do subjuntivo e no imperativo: todos os dias eu me previno; espero que você se previna; previna-se contra os assaltos! Nos demais tempos, não ocorre essa troca, por isso o adequado é prevenira.
Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele retém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles retêm).
A frase certa, então, é a seguinte: conforme o médico nos prevenira, seu organismo agora já retém o cálcio.
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35- Sem que ninguém tivesse ................, o próprio menino ....................-se contra os falsos amigos.
intervindo – precaviu
intervindo – precaveio
intervido – precaveu
intervido – precouve
intervindo – precaveu
Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm a mesma conjugação de ter e de vir.
Intervir é derivado de vir, pois Todos os dias eu intervenho, e não eu intervo. É, portanto, conjugado da mesma maneira de vir. Basta conjugar vir e acrescentar o prefixo inter- à estrutura verbal: Sem que ninguém tivesse vindo..., então Sem que ninguém tivesse intervindo...
O verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo vender:
- Eu vendi, portanto Eu precavi
- Ele vendeu, portanto Ele precaveu, "...o próprio menino precaveu-se contra os falsos amigos".
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36- Caso .................. realmente interessado, ele não ................ de faltar.
estiver – haja
esteja – houve
estivesse – houvesse
estivesse – havia
estiver – houve
Questão sem resposta, apesar de a Fundação Carlos Chagas ter apresentado a letra D (estivesse – havia).
Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:
- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.
- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.
- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).
As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:
Caso estiver realmente interessado, ele não haverá de faltar. (futuro do subjuntivo x futuro do presente)
Caso esteja realmente interessado, ele não haverá de faltar. (presente do subjuntivo x futuro do presente)
Caso estivesse realmente interessado, ele não haveria de faltar. (pretérito imperfeito do subjuntivo x futuro do pretérito)
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37- Se algum dia a .............. chegar arrependida, ................ o teu ódio num forte abraço de perdão.
veres – esqueça
vires – esquecei
veres – esquece
vires – esqueça
vires – esquece
Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.
Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir.
A segunda pessoa do singular (tu) do futuro do subjuntivo tem a desinência –es: Se tu vires; Quando tu vires.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s: Todos os dias tu esqueces; retirando-se a letra s: Esquece o teu ódio.
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38- Quem .................. o Pedro, ou, pelo menos, ................ falar com ele, .............-o em meu nome.
ver – poder – advirta
vir – puder – adverta
vir – puder – advirta
ver – puder – adverta
vir – poder – adverta
Os verbos ver e poder estão usados em uma hipótese futura. Devem ser conjugados, portanto, no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.
Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir; Quem vir o Pedro.
Ontem eles puderam: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puder. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puder; Quando eu puder; Quem puder falar com ele.
O verbo advertir tem conjugação semelhante à do verbo divertir:
Eu me divirto – Eu advirto
Ele se diverte – Ele adverte
Espero que você se divirta – Espero que você o advirta.
Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, súplica, convite, recomendação, alerta. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo. O imperativo afirmativo de advertir para você é, portanto, advirta.
59- Em todas as frases, os termos em negrito exercem a função de sujeito, exceto em:
Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?
Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.
Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?
Quem é que será capaz? Resposta: a mulher de seu sobrinho.
Que é que se entrevê? Resposta: o céu.
Que é que amanheceu? Resposta: um dia lindo.
Quem é que era somente uma velha? Resposta: não está escrito na oração o sujeito do verbo ser. Como o verbo está na terceira pessoa do singular, o sujeito é oculto.
Que é que é preciso? Resposta: que haja muita compreensão para com os amigos (oração subordinada substantiva subjetiva)
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60- Na oração "Esboroou-se o balsâmico indianismo de Alencar ao advento dos Rondons", a classificação do sujeito é:
oculto
inexistente
simples
composto
indeterminado
Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?
Que é que se esboroou? Resposta: o balsâmico indianismo de Alencar. O sujeito é, portanto, simples, aquele que possui apenas um núcleo: indianismo.
Esboroar: reduzir a pó; desfazer.
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61- "Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos, a pau." Nessa frase o sujeito do verbo é:
nas mãos
indeterminado
eles (determinado)
inexistente ou eles: dependendo do contexto
oculto
Quem é que começou a feri-lo? Resposta: Eles. Como não aparece a resposta na oração, mas pode-se colocar o pronome eles, o sujeito é indeterminado.
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62- "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante..." O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:
indeterminado
um povo heróico
as margens plácidas do Ipiranga
do Ipiranga
o brado retumbante
Os primeiros versos do Hino Nacional apresentam uma inversão primorosa. A ordem direta do período é a seguinte: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. O sujeito é, portanto, simples: as margens plácidas do Ipiranga.
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63- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". O sujeito de faças é:
agente
indeterminado
paciente
inexistente
a oração que te façam
O verbo fazer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (que tu não faças). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.
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64- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". Na oração que não queres o sujeito é a palavra:
que
o
tu
te
outrem
O verbo querer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (tu queres). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.
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65- "Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera / Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa" (Camões)
Em Que os campos deleitosos pinta e veste, o sujeito dos verbos pinte e veste é:
os campos deleitosos
Minha alva Dinamene
Indeterminado
a Primavera
Que
Quem é que pinta e veste os campos deleitosos? Resposta: A primavera.
Há, porém, entre os verbos e "a Primavera", o pronome relativo que. Este é, portanto, o sujeito.
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66- "Quem diz o que quer, ouve o que não quer". Qual o sujeito do trecho que não quer?
que
ele
o
você
inexistente
Há, no período, o pronome relativo indefinido quem, que equivale a a pessoa que: A pessoa que diz o que quer ouve o que não quer. Nesse período, o sujeito do verbo dizer é o pronome relativo que e o sujeito do verbo ouvir é a pessoa. Como o pronome quem substitui a expressão a pessoa que, ele é sujeito de ambos nos verbos. O exame vestibular que apresentou essa oração apresentou como sujeito do verbo querer o pronome ele, o que não condiz com as regras gramaticais.
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67- Na oração Mas uma diferença houve..., o sujeito é:
agente
indeterminado
paciente
inexistente
oculto
O verbo haver é impessoal quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Nesses casos, fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito: sujeito inexistente, portanto.
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68- "Éramos três velhos amigos na praia quase deserta". O sujeito dessa oração é:
subentendido
claro, composto e determinado
indeterminado
inexistente
claro, simples e determinado
O sujeito do verbo ser é o pronome nós, que não aparece escrito na oração. O sujeito, portanto, está oculto ou subentendido.
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69- Em "Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido", temos oração:
sem sujeito
com sujeito simples e claro
com sujeito oculto
com sujeito composto
com sujeito indeterminado
Que é que lhe haviam acontecido? Resposta: muitas coisas. Este é o sujeito, portanto: simples e claro.
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70- Observe as orações seguintes:
1- Dizem por aí tantas coisas...
2- Nesta faculdade acolhem muito bem os alunos.
3- Obedece-se aos mestres.
O sujeito está indeterminado:
somente na 1
na 2 somente
na 3 somente
em duas delas somente
nas três orações
O sujeito será indeterminado nos seguintes casos:
1- Verbo na terceira pessoa do plural de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo sem clareza quanto a quem seja o sujeito na oração apresentada ou em anteriores. É o que ocorre na oração 1: Dizem por aí... e na 2: ...acolhem os alunos.
2- Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome se, índice de indeterminação do sujeito. Isso ocorre com os seguintes verbos:
VTI acompanhado de OI; É o que ocorre na 3: Obedece-se aos mestres.
VL acompanhado de OS;
VTD acompanhado de OD preposicionado
VI, sem sujeito claro na oração.
Não confunda com o pronome apassivador, parte integrante do verbo, pronome reflexivo, pronome recíproco, partícula expletiva ou de realce, conjunção subordinativa integrante, condicional, causal ou concessiva.
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71- No período "Ser amável e ser egoísta são coisas distintas", o sujeito é:
indeterminado
"ser amável"
"coisas distintas"
"ser amável e ser egoísta"
Oculto
Que é que são coisas distintas? Resposta: Ser amável e ser egoísta. Este é o sujeito, portanto.
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72- Qual a concordância adequada?
Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
Choveu pedaços de granizo na Serra Gaúcha.
Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
-Havia muitos candidatos: verbo haver significando existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Choveram pedaços...: Que é que choveu? Resposta: pedaços... Este é o sujeito, portanto; um substantivo plural. O verbo tem de ficar, portanto, no plural.
- Faz muitos anos: verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Bateram três horas: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: O relógio bateu três horas...
- Fui eu que abri...: Quem é que abriu? Eu abri. Ainda que haja o pronome relativo que como sujeito, o verbo concorda com o antecedente.
Fui eu quem abriu ou Fui eu quem abri - com o pronome relativo quem, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou concorda com o pronome reto antecedente, quando se pretende fazer uma concordância enfática.
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73- Onde há erro de concordância?
Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração.
Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
Deve existir problemas nos seus documentos.
Choveram papéis picados nos comícios.
- Quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo ficará no singular. Se o sujeito for a expressão um e outro, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.
- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.
- Devem existir problemas: Que é que deve existir? Resposta: Problemas. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.
- Que é que choveu? Resposta: papéis. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.
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74- Qual a opção sem erro?
Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.
Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.
- Soavam seis horas no relógio: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: Soava seis horas o relógio.
- Quem é que foi demitido? Resposta: ninguém. A função sintática de ninguém, na frase, é a de aposto resumidor. Excepcionalmente o verbo concorda com o aposto resumidor, e não com o sujeito composto.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.
- Fomos nós quem resolveu aquela questão: Quando houver o pronome relativo quem e o elemento antecedente for aparentemente o sujeito do verbo posterior, este concorda com quem, ficando na terceira pessoa do singular. Para comprovar isso, basta inverter os termos: Quem resolveu aquela questão fomos nós. Há gramáticos, porém, que também admitem a concordância com o elemento antecedente: Fomos nós quem resolvemos aquela questão. (construção estilística - usa-se o verbo em concordância com o pronome reto para enfatizar o verdadeiro agente do processo)
- "... aos artigos 37 e 38 que amparam...: Que é que ampara sua decisão? Resposta: os artigos. Como aquilo que ampara está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.
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75- Há concordância adequada em:
Ela o esperava já faziam duas semanas.
Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
Eles parece estarem doentes.
Devem haver aqui pessoas cultas.
Todos parecem terem ficado tristes.
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Na sua bolsa havia muitas moedas de ouro; Deve haver aqui pessoas cultas.
- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... já fazia duas semanas".
- Estrutura verbal formada por parecer + infinitivo com sujeito no plural tem duas opções de concordância:
1- O verbo parecer concorda no plural, e o infinitivo não se flexiona: Eles parecem estar doentes; Todos parecem ter ficado tristes.
2- O verbo parecer fica no singular, e o infinitivo flexiona-se: Eles parece estarem doentes; Todos parece terem ficado tristes.
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76- É provável que ................. vagas na academia, mas não ................... pessoas interessadas; são muitas as formalidades a ................ cumpridas.
hajam – existem – ser
hajam – existe – ser
haja – existem – serem
haja – existe – ser
hajam – existem – serem
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... haja vagas..."
- O verbo existir é pessoal; concorda com o sujeito: Que é que existe? Resposta: pessoas interessadas. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... existem pessoas interessadas..."
- Verbo no infinitivo, na voz passiva, antecedido da preposição a, tem de concordar com o sujeito: Que é que será cumprido? Resposta: as formalidades. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... as formalidades a serem cumpridas".
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77- ................... de exigências! Ou será que não ................ os sacrifícios que .................. por sua causa?
Chega – bastam – foram feitos
Chega – bastam – foi feito
Chegam – basta – foi feito
Chegam – basta – foram feitos
Chegam – bastam – foi feito
- Chega de exigências: Os verbos chegar e bastar, no imperativo, acompanhados da preposição de, são impessoais. Ficam no singular obrigatoriamente.
- Ou será que não bastam os sacrifícios: Que é que não basta? Resposta: os sacrifícios. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural
- foram feitos: Que é que foi feito? Resposta: os sacrifícios. Como o que foi feito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.
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78- Soube que mais de dez alunos se .................... a participar dos jogos que tu e ele ................ .
negou – organizou
negou – organizasteis
negaram – organizaste
negou – organizaram
negaram – organizastes
- Mais de dez alunos se negaram: quando o sujeito for representado por uma destas expressões: mais de, menos de, cerca de, perto de acompanhada de um numeral, o verbo concorda com o numeral, exceto nos casos de reciprocidade ou de expressão repetida, nos quais o verbo vai para o plural com a expressão 'mais de um'.
- Tu e ele organizaram / organizastes: quando um sujeito composto tiver um dos núcleos sendo o pronome tu, o verbo tanto pode concordar na terceira pessoa do plural quando na segunda pessoa da plural.
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79- Suponho que ................... meios para que se .................. os cálculos de modo mais simples.
devem haver – realize
devem haver – realizem
deve haverem – realize
deve haver – realizem
deve haver – realize
- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Suponho que deve haver meios.
- VTD acompanhado de OD e do pronome se: o pronome se será partícula apassivadora, o OD se transformará em sujeito e o VTD concordará com o sujeito: realizar é VTD, pois Quem realiza, realiza algo, logo os cálculos funciona como sujeito de realizar, que tem de concordar com o sujeito: realizem.
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