Turismo - Paraíba: Terça-feira, 05 de maio de 2020 / E9
Diversão dupla: Hopi Hari e Wet'n Wild lançam ingresso conjunto
O "combo", chamado de passaporti Hopi Wet, sai por R$ 109,90 e dá direito a um dia inteiro em cada parque
A crise do novo coronavírus (Sars-CoV-2) afetou drasticamente os parques de diversão pelo mundo e, como modo de se recuperar dos prejuízos financeiros pós-pandemia, alguns estão criando parcerias e combos de ingressos para os visitantes.
O Hopi Hari se juntou ao Wet'n Wild em ação inédita
Leia também: Depois de 8 anos, Hopi Hari anuncia nova atração: o Virtual Montezum
Nessa semana o Hopi Hari , parque temático localizado em Vinhedo (SP), e seu vizinho de porta, o complexo aquático Wet’n Wild, se juntaram para oferecer uma parceria inédita: pelo valor de R$ 109,90, os visitantes poderão adquirir ingresso que dá direito a um dia de diversão em cada parque.
A ideia dos parques é de unir de forças para superar juntos a crise da Covid-19. “Neste momento pelo qual o país passa é necessário, acima de tudo, união. Por isso, esta parceria com o Wet’n Wild só trará efeitos positivos para ambos”, afirma o presidente de Hopi Hari, Alexandre Rodrigues.
“Os dois parques oferecem uma experiência única que se complementa, cada qual no seu segmento de atuação, e quem tem muito a ganhar são os visitantes que passam por nossa região ao longo do ano", completa.
O passaporti HopiWet custará R$ 109 e dará acesso aos dois parques após a pandemia
Denominado de passaporti HopiWet , a entrada dupla pode ser adquirida no site oficial dos parques - www.hopihari.com.br e www.wetnwild.com.br – e também nas Centrais de Vendas: (11) 4210-4000 e (11) 4496-8008.
O ingresso que dá direito a entrada no Hopi Hari e no Wet'n Wild valerá a partir da reabertura dos empreendimentos e terá validade até 27 de dezembro de 2020, exceto em dias de eventos exclusivos.
E10
De guia arquitetônico a estrelas no Atacama: viaje pelo Chile sem sair de casa
Conheça as ferramentas para explorar o país virtualmente em tempos de isolamento social
Observar estrelas, explorar picos nevados da Cordilheira do Andes, caminhar pelas ruas de Santiago...Tudo isso está na lista das melhores coisas a se fazer numa visita ao Chile. Em tempos de isolamento social, no entanto, a diversão do viajante é observar, explorar e caminhar virtualmente.
E para conhecer remotamente o país sul-americano, não faltam opções digitais. A seguir, conheça cinco aplicativos para smartphone para conhecer o Chile .
Chile 360°
O aplicativo Chile 360 permite que o turista conhece diversos pontos turísticos do país.
Este aplicativo oferece uma experiência de realidade virtual em alguns dos principais pontos turísticos do país, como Deserto do Atacama , Torres del Paine e Ilha de Páscoa. A experiência em VR permite ao viajante ter uma boa noção do que vai encontrar nos diferentes destinos chilenos.
O app, disponível para iOS e Android, também permite o download de seus conteúdos favoritos no smartphone, dando a chance de curtir dos cenários sem precisar estar conectado à internet.
Chille Mobile Observatory
Um dos melhores lugares do mundo para observação astronômica, o app Chille Mobile Observatory permite apreciar o céu estrelado do chile direto do celular.
O app é basicamente um observatório astronômico que cabe no celular, permitindo apreciar na telinha imagens de estrelas, nebulosas, colisão de galáxias e gigantescas explosões estelares.
O Chile é hoje um dos melhores lugares do mundo para a observação astronômica, com mais de 40% dos observatórios científicos do planeta instalados no norte de seu território. Um dos objetivos do app é incentivar o astroturismo pelo país, forte em regiões como o Deserto do Atacama e o Vale de Elqui. Está disponível para iOS e Android.
BauhausStgo
O aplicativo BauhausStgo permite que o turista aprecie a arquitetura da capital chilena, com ênfase em edifícios históricos.
Este aplicativo divulga o patrimônio arquitetônico de Santiago , com ênfase em edifícios históricos como o Museu Nacional de Belas Artes de Santiago. Nele, é possível visualizar uma seleção de 30 edifícios na capital, num mapa interativo. Pode ser baixado na Play Store.
Aysén Patagonia Chile
Aplicativo ideal para planejar uma futura viagem para o chile, o Aysén Patagonia Chile fornece dicas de hospedagem, alimentação e serviços.
Guia digital do Serviço Nacional de Turismo do Chile com espetaculares imagens do sul do país, além de mapas da região que fornecem dicas de hospedagem, alimentação e serviços gerais. Ou seja, é a ferramenta ideal para planejar uma futura viagem.
O conteúdo é dividido em quatro regiões: Carretera Austral Norte, Carretera Austral Sul, Coyhaique-Aysén e Fiordes e Canais Patagônicos. Roda nos sistemas iOS e Android.
Chile Travel App
Lançado pelo portal oficial de turismo do chile, o Chile Travel App conta com conteúdo essencial para o turistas conhecer mais o país.
O portal oficial de Turismo do Chile lançou recentemente o Chile Travel APP, que apresenta um resumo de todas as regiões turísticas do país. Destaque para a galeria de imagens e os conteúdos relativos aos Parques Nacionais, centros de esqui e vinícolas. O app conta também com ferramenta de conversão de moeda para o peso chileno, mapa de transporte público, locais com wi-fi, experiências oferecidas em cada destino, passeios turísticos e clima de cada região, tudo em português. Disponível na Apple Store e na Play Store.
E11
Covid-19: brasileiros confinados em navio não sabem quando voltarão para casa
16 brasileiros estão a bordo do navio Costa Victoria, atracado na Itália, e não sabem quando retornarão ao Brasil
A pediatra Lara Junqueira Zacaron tinha acabado de se formar pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, após dois intensos anos de residência, com plantões redobrados na Santa Casa de Misericórdia, também em Juiz de Fora.
lara e vitor
Lara e o marido Vitor no navio cruzeiro da Costa Victoria
Ela e o marido Vitor Santos Mockdece, empresário, ambos de 26 anos, estavam juntando dinheiro para realizar a viagem dos sonhos, a lua de mel. Começaram nas Ilhas Maldivas, passaram por Dubai e depois embarcaram no navio cruzeiro Costa Victoria. Teriam mais 22 dias de celebração entre Omã, Israel, Jordânia, Grécia, Croácia e Itália.
A viagem do cruzeiro teve início no dia 29 de fevereiro em Mumbai, na Índia, e tinha previsão para chegar ao fim no último sábado, 28 de março, em Veneza. Eles embarcaram em Dubai, no dia 7 de março.
"Mas a lua de mel virou um pesadelo", conta Lara, por telefone, de dentro da sua cabine onde está em isolamento desde o dia 23, ao jornal O Globo.
O cruzeiro Costa Victoria está atracado no porto de Civitavecchia, na Itália após única parada turística em Omã e outra, na Grécia, apenas para o desembarque de uma passageira, argentina, que estava com os sintomas da Covid-19 . Seu teste teria dado positivo e desde então todos os passageiros do navio entraram em isolamento. Eles foram impedidos de desembarcar porque a Itália fechou seus portos a embarcações estrangeiras para tentar evitar a propagação do novo coronavírus.
Lara diz que a empresa lhe informou que haviam entrado em contato com o governo brasileiro para repatriá-los, mas até agora não obteve nenhuma informação concreta sobre o processo.
"Estamos em um país que não é o nosso e dá muita insegurança. Não nos falam nada, não sabemos nada. Mas achamos estranho porque vários outros turistas já deixaram o navio e voltaram para suas casas. Porque a gente continua por aqui? E mais: por que nos disseram que temos de ficar mais 14 dias em um hotel em Milão e não seguir direto para o Brasil se estamos em isolamento? Ainda mais em Milão. Vamos correr mais riscos", questiona Lara, que disse que o navio, que tinha cerca de 700 pessoas, já está com bem menos gente.
Ela e o marido estão confinados em sua cabine há 12 dias. Recebem três refeições por dia, na porta do quarto, e não podem circular pelo navio. As únicas vezes que saem do isolamento são para medir a temperatura, diariamente, em um grande salão, sob supervisão das autoridades sanitárias do país.
Ela manteve contato com outros brasileiros que estão a bordo por WhatsApp. Ao todo, são 16 brasileiros, sendo seis tripulantes. Lara conta que, por sorte, sua cabine tinha janela, mas que não era o caso de todos eles — após reclamações e divulgação de vídeos nas redes sociais, eles foram levados para cabines com varanda e com mais conforto.
"Tentamos controlar a ansiedade, mas como não nos falavam nada e vendo outras pessoas deixarem o navio, um dos brasileiros, que tem chip internacional, ligou na Embaixada do Brasil e descobriu que eles não sabiam da nossa situação. Se as regras são rígidas na Itália, que é a única coisa que nos falam, por que só com a gente?".
Sem janela
Ligia e Tiago (a esquerda) e Lara e o marido a direita
A arquiteta Ligia Cossina, de 36 anos, que também está no navio junto com o marido Thiago Paes, gerente de projetos, de 34 anos, ficou oito dias em isolamento em uma pequena cabine interna, sem janela.
Disse que desde o início, a viagem apresentou algumas alterações no roteiro, mas a empresa "encorajou e prometeu" cumprir com os destinos. Eles embarcariam nas Ilhas Maldivas, mas começaram a viagem em Dubai, por exemplo. Explicou que o avanço da doença foi muito rápido e que quando iniciaram a viagem o quadro mundial era outro, sem epicentros na Europa.
"Foi muito estressante oito dias numa cabine de 20 metros quadrados. Mas, depois que o nosso caso veio à tona, na internet, a empresa nos colocou em outra cabine e mudou o tratamento em relação a gente. Nosso drama, nesse momento, mesmo após 12 dias de quarentena e com tomada de temperatura diária, é ter de ficar mais 14 dias na Itália. Temos pessoas do grupo de risco no nosso grupo e não tem cabimento cumprir mais uma quarentena na Italia", desabafa Ligia, lembrando que o barco tem bandeira Italiana e está atracado em importo na Itália. — Todos os brasileiros estão saudáveis.
Na última sexta-feira (03), o Cônsul-Geral do Brasil em Roma, Afonso Carbonar, acompanhado de funcionário diplomático do consulado, esteve em Civitavecchia para conversar com os brasileiros retidos e com as autoridades italianas competentes. Segundo Lara, eles não sabiam, ao certo, como os brasileiros estavam.
Questionado, o Ministério das Relações Exteriores disse que "acompanha com atenção a situação dos 10 viajantes e 6 tripulantes brasileiros a bordo do Costa Victoria".
Informaram ainda que o Consulado-Geral do Brasil em Roma "está há vários dias em contato com os passageiros brasileiros e que a operadora do cruzeiro e as autoridades locais enfrentam uma série de dificuldades para desembarcar os passageiros, em vista da falta de acomodações para quarentena de 14 dias em um dos hotéis-hospitais da região (exigida pelas autoridades italianas). Até o momento, não foi possível lograr dispensa da exigência de quarentena para embarque imediato ao Brasil."
A pasta confirmou que já foram repatriados cerca de 10.500 brasileiros por causa da pandemia do coronavírus . Explicaram qie as operações dependem "de complexas tratativas com os governos locais para a suspensão temporária de medidas restritivas, tais como fechamento de aeroportos, toques de recolher, quarentenas, etc".
Diversão dupla: Hopi Hari e Wet'n Wild lançam ingresso conjunto
O "combo", chamado de passaporti Hopi Wet, sai por R$ 109,90 e dá direito a um dia inteiro em cada parque
A crise do novo coronavírus (Sars-CoV-2) afetou drasticamente os parques de diversão pelo mundo e, como modo de se recuperar dos prejuízos financeiros pós-pandemia, alguns estão criando parcerias e combos de ingressos para os visitantes.
O Hopi Hari se juntou ao Wet'n Wild em ação inédita
Leia também: Depois de 8 anos, Hopi Hari anuncia nova atração: o Virtual Montezum
Nessa semana o Hopi Hari , parque temático localizado em Vinhedo (SP), e seu vizinho de porta, o complexo aquático Wet’n Wild, se juntaram para oferecer uma parceria inédita: pelo valor de R$ 109,90, os visitantes poderão adquirir ingresso que dá direito a um dia de diversão em cada parque.
A ideia dos parques é de unir de forças para superar juntos a crise da Covid-19. “Neste momento pelo qual o país passa é necessário, acima de tudo, união. Por isso, esta parceria com o Wet’n Wild só trará efeitos positivos para ambos”, afirma o presidente de Hopi Hari, Alexandre Rodrigues.
“Os dois parques oferecem uma experiência única que se complementa, cada qual no seu segmento de atuação, e quem tem muito a ganhar são os visitantes que passam por nossa região ao longo do ano", completa.
O passaporti HopiWet custará R$ 109 e dará acesso aos dois parques após a pandemia
Denominado de passaporti HopiWet , a entrada dupla pode ser adquirida no site oficial dos parques - www.hopihari.com.br e www.wetnwild.com.br – e também nas Centrais de Vendas: (11) 4210-4000 e (11) 4496-8008.
O ingresso que dá direito a entrada no Hopi Hari e no Wet'n Wild valerá a partir da reabertura dos empreendimentos e terá validade até 27 de dezembro de 2020, exceto em dias de eventos exclusivos.
E10
De guia arquitetônico a estrelas no Atacama: viaje pelo Chile sem sair de casa
Conheça as ferramentas para explorar o país virtualmente em tempos de isolamento social
Observar estrelas, explorar picos nevados da Cordilheira do Andes, caminhar pelas ruas de Santiago...Tudo isso está na lista das melhores coisas a se fazer numa visita ao Chile. Em tempos de isolamento social, no entanto, a diversão do viajante é observar, explorar e caminhar virtualmente.
E para conhecer remotamente o país sul-americano, não faltam opções digitais. A seguir, conheça cinco aplicativos para smartphone para conhecer o Chile .
Chile 360°
O aplicativo Chile 360 permite que o turista conhece diversos pontos turísticos do país.
Este aplicativo oferece uma experiência de realidade virtual em alguns dos principais pontos turísticos do país, como Deserto do Atacama , Torres del Paine e Ilha de Páscoa. A experiência em VR permite ao viajante ter uma boa noção do que vai encontrar nos diferentes destinos chilenos.
O app, disponível para iOS e Android, também permite o download de seus conteúdos favoritos no smartphone, dando a chance de curtir dos cenários sem precisar estar conectado à internet.
Chille Mobile Observatory
Um dos melhores lugares do mundo para observação astronômica, o app Chille Mobile Observatory permite apreciar o céu estrelado do chile direto do celular.
O app é basicamente um observatório astronômico que cabe no celular, permitindo apreciar na telinha imagens de estrelas, nebulosas, colisão de galáxias e gigantescas explosões estelares.
O Chile é hoje um dos melhores lugares do mundo para a observação astronômica, com mais de 40% dos observatórios científicos do planeta instalados no norte de seu território. Um dos objetivos do app é incentivar o astroturismo pelo país, forte em regiões como o Deserto do Atacama e o Vale de Elqui. Está disponível para iOS e Android.
BauhausStgo
O aplicativo BauhausStgo permite que o turista aprecie a arquitetura da capital chilena, com ênfase em edifícios históricos.
Este aplicativo divulga o patrimônio arquitetônico de Santiago , com ênfase em edifícios históricos como o Museu Nacional de Belas Artes de Santiago. Nele, é possível visualizar uma seleção de 30 edifícios na capital, num mapa interativo. Pode ser baixado na Play Store.
Aysén Patagonia Chile
Aplicativo ideal para planejar uma futura viagem para o chile, o Aysén Patagonia Chile fornece dicas de hospedagem, alimentação e serviços.
Guia digital do Serviço Nacional de Turismo do Chile com espetaculares imagens do sul do país, além de mapas da região que fornecem dicas de hospedagem, alimentação e serviços gerais. Ou seja, é a ferramenta ideal para planejar uma futura viagem.
O conteúdo é dividido em quatro regiões: Carretera Austral Norte, Carretera Austral Sul, Coyhaique-Aysén e Fiordes e Canais Patagônicos. Roda nos sistemas iOS e Android.
Chile Travel App
Lançado pelo portal oficial de turismo do chile, o Chile Travel App conta com conteúdo essencial para o turistas conhecer mais o país.
O portal oficial de Turismo do Chile lançou recentemente o Chile Travel APP, que apresenta um resumo de todas as regiões turísticas do país. Destaque para a galeria de imagens e os conteúdos relativos aos Parques Nacionais, centros de esqui e vinícolas. O app conta também com ferramenta de conversão de moeda para o peso chileno, mapa de transporte público, locais com wi-fi, experiências oferecidas em cada destino, passeios turísticos e clima de cada região, tudo em português. Disponível na Apple Store e na Play Store.
E11
Covid-19: brasileiros confinados em navio não sabem quando voltarão para casa
16 brasileiros estão a bordo do navio Costa Victoria, atracado na Itália, e não sabem quando retornarão ao Brasil
A pediatra Lara Junqueira Zacaron tinha acabado de se formar pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora, após dois intensos anos de residência, com plantões redobrados na Santa Casa de Misericórdia, também em Juiz de Fora.
lara e vitor
Lara e o marido Vitor no navio cruzeiro da Costa Victoria
Ela e o marido Vitor Santos Mockdece, empresário, ambos de 26 anos, estavam juntando dinheiro para realizar a viagem dos sonhos, a lua de mel. Começaram nas Ilhas Maldivas, passaram por Dubai e depois embarcaram no navio cruzeiro Costa Victoria. Teriam mais 22 dias de celebração entre Omã, Israel, Jordânia, Grécia, Croácia e Itália.
A viagem do cruzeiro teve início no dia 29 de fevereiro em Mumbai, na Índia, e tinha previsão para chegar ao fim no último sábado, 28 de março, em Veneza. Eles embarcaram em Dubai, no dia 7 de março.
"Mas a lua de mel virou um pesadelo", conta Lara, por telefone, de dentro da sua cabine onde está em isolamento desde o dia 23, ao jornal O Globo.
O cruzeiro Costa Victoria está atracado no porto de Civitavecchia, na Itália após única parada turística em Omã e outra, na Grécia, apenas para o desembarque de uma passageira, argentina, que estava com os sintomas da Covid-19 . Seu teste teria dado positivo e desde então todos os passageiros do navio entraram em isolamento. Eles foram impedidos de desembarcar porque a Itália fechou seus portos a embarcações estrangeiras para tentar evitar a propagação do novo coronavírus.
Lara diz que a empresa lhe informou que haviam entrado em contato com o governo brasileiro para repatriá-los, mas até agora não obteve nenhuma informação concreta sobre o processo.
"Estamos em um país que não é o nosso e dá muita insegurança. Não nos falam nada, não sabemos nada. Mas achamos estranho porque vários outros turistas já deixaram o navio e voltaram para suas casas. Porque a gente continua por aqui? E mais: por que nos disseram que temos de ficar mais 14 dias em um hotel em Milão e não seguir direto para o Brasil se estamos em isolamento? Ainda mais em Milão. Vamos correr mais riscos", questiona Lara, que disse que o navio, que tinha cerca de 700 pessoas, já está com bem menos gente.
Ela e o marido estão confinados em sua cabine há 12 dias. Recebem três refeições por dia, na porta do quarto, e não podem circular pelo navio. As únicas vezes que saem do isolamento são para medir a temperatura, diariamente, em um grande salão, sob supervisão das autoridades sanitárias do país.
Ela manteve contato com outros brasileiros que estão a bordo por WhatsApp. Ao todo, são 16 brasileiros, sendo seis tripulantes. Lara conta que, por sorte, sua cabine tinha janela, mas que não era o caso de todos eles — após reclamações e divulgação de vídeos nas redes sociais, eles foram levados para cabines com varanda e com mais conforto.
"Tentamos controlar a ansiedade, mas como não nos falavam nada e vendo outras pessoas deixarem o navio, um dos brasileiros, que tem chip internacional, ligou na Embaixada do Brasil e descobriu que eles não sabiam da nossa situação. Se as regras são rígidas na Itália, que é a única coisa que nos falam, por que só com a gente?".
Sem janela
Ligia e Tiago (a esquerda) e Lara e o marido a direita
A arquiteta Ligia Cossina, de 36 anos, que também está no navio junto com o marido Thiago Paes, gerente de projetos, de 34 anos, ficou oito dias em isolamento em uma pequena cabine interna, sem janela.
Disse que desde o início, a viagem apresentou algumas alterações no roteiro, mas a empresa "encorajou e prometeu" cumprir com os destinos. Eles embarcariam nas Ilhas Maldivas, mas começaram a viagem em Dubai, por exemplo. Explicou que o avanço da doença foi muito rápido e que quando iniciaram a viagem o quadro mundial era outro, sem epicentros na Europa.
"Foi muito estressante oito dias numa cabine de 20 metros quadrados. Mas, depois que o nosso caso veio à tona, na internet, a empresa nos colocou em outra cabine e mudou o tratamento em relação a gente. Nosso drama, nesse momento, mesmo após 12 dias de quarentena e com tomada de temperatura diária, é ter de ficar mais 14 dias na Itália. Temos pessoas do grupo de risco no nosso grupo e não tem cabimento cumprir mais uma quarentena na Italia", desabafa Ligia, lembrando que o barco tem bandeira Italiana e está atracado em importo na Itália. — Todos os brasileiros estão saudáveis.
Na última sexta-feira (03), o Cônsul-Geral do Brasil em Roma, Afonso Carbonar, acompanhado de funcionário diplomático do consulado, esteve em Civitavecchia para conversar com os brasileiros retidos e com as autoridades italianas competentes. Segundo Lara, eles não sabiam, ao certo, como os brasileiros estavam.
Questionado, o Ministério das Relações Exteriores disse que "acompanha com atenção a situação dos 10 viajantes e 6 tripulantes brasileiros a bordo do Costa Victoria".
Informaram ainda que o Consulado-Geral do Brasil em Roma "está há vários dias em contato com os passageiros brasileiros e que a operadora do cruzeiro e as autoridades locais enfrentam uma série de dificuldades para desembarcar os passageiros, em vista da falta de acomodações para quarentena de 14 dias em um dos hotéis-hospitais da região (exigida pelas autoridades italianas). Até o momento, não foi possível lograr dispensa da exigência de quarentena para embarque imediato ao Brasil."
A pasta confirmou que já foram repatriados cerca de 10.500 brasileiros por causa da pandemia do coronavírus . Explicaram qie as operações dependem "de complexas tratativas com os governos locais para a suspensão temporária de medidas restritivas, tais como fechamento de aeroportos, toques de recolher, quarentenas, etc".
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