quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Pronome - Gramática para Concursos

 Pronome - Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui, retoma ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso, ou situando-o no espaço, no tempo ou no próprio texto

Pronome substantivo - substitui o substantivo

Pronome adjetivo - acompanha o substantivo

Os pronomes podem ser classificados em: pessoais (retos, oblíquos, reflexivos e recíprocos), de tratamento, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos

Pronomes pessoais - substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso

1ª pessoa - quem fala: falante

2ª pessoa - com quem se fala: interlocutor

3ª pessoa - de quem se fala: referente

Pronomes pessoais do caso reto - exercem a função sintática de sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou vocativo, esse último com tu e vós. 

São eles: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

Pronomes pessoais do caso oblíquo - exercem a função sintática de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial ou sujeito de infinitivo, com verbo causativo ou sensitivo.

Esses pronomes podem ser classificados em átonos (usados sem preposição) ou tônicos (usados com preposição). 

São átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes. 

São tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, si, consigo, eles, elas.

Pronomes de tratamento - referem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial

Referem-se à 2ª pessoa, mas fazem a concordância na 3ª pessoa

Usa-se Vossa quando se dirige à pessoa e Sua quando se refere à pessoa

Ao usar o pronome de tratamento como vocativo, dispensam-se os pronomes possessivos Vossa e Sua. O uso da vírgula é obrigatório.

Principais pronomes de tratamento:

Você (v.) - pessoas próximas

Senhor (Sr.) - tratamento de respeito

Senhora (Sra.) - tratamento de respeito

Senhorita (Srta.) - moças solteiras

Vossa Alteza (V. A.) - príncipes, duques, arquiduques

Vossa Eminência (V. Ema.) - cardeais

Vossa Excelência (V. Exa.) - altas autoridades do Governo e oficiais-generais das Forças Armadas

Vossa Magnificência (V. Maga.) - reitores de universidades e outras instituições de ensino superior

Vossa Majestade (V. M.) - reis e imperadores

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.) - bispos e arcebispos

Vossa Paternidade (V. P.) - abades, superiores dos conventos

Vossa Reverendíssima (V. Revma.) - sacerdotes e religiosos em geral

Vossa Santidade (V. S.) - papa, Dalai Lama

Vossa Senhoria (V. Sa.) - funcionários públicos graduados, oficiais até coronel, pessoas de cerimônia. Normalmente se usa em textos escritos, como cartas comerciais, ofícios, requerimentos etc.

De olho na Redação Oficial:

Vossa Excelência - usado para altas autoridades dos 3 poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário

Vossa Senhoria - usado para demais autoridades e particulares

Concordância - Vossa Excelência e seus auxiliares (e não 'vossos') / Vossa Excelência irá à reunião (e não 'ireis') / Vossa Senhoria está surpreso/surpresa

Vossa Excelência/Senhoria - falar diretamente com a pessoa

Sua Excelência/Senhoria - falar a respeito da pessoa

Abreviatura: V. Ex.ª ou V. Exa. / V. S.ª ou V. Sa. (exceto para o Presidente da República, da Câmara dos Deputados, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal - por extenso)

Vocativo:

Para os Chefes de Poder - Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo e vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República (Executivo) / Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional (Legislativo) / Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal (Judiciário)

Para as demais autoridades - Senhor, seguido do cargo respectivo e vírgula. Exemplos: Senhor Ministro, Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Deputado, Senhor Governador, Senhor Prefeito.

Demais autoridades e particulares - Senhor, seguido do nome e vírgula

A forma Digníssimo foi abolida, uma vez que dignidade é um pressuposto para quem ocupa um cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Ilustríssimo não se usa para autoridades com tratamento de Vossa Senhoria e particulares, é suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Via de regra, Doutor não configura forma de tratamento, mas sim título acadêmico. Seu uso se limita àqueles que concluíram o grau de doutorado. Por questão histórica, é comum chamar médicos, dentistas e advogados de doutor, embora não tenham esse grau. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.

Endereçamento - Vossa Excelência: A Sua Excelência o Senhor / A Sua Excelência a Senhora; Vossa Senhoria: Ao Senhor / À Senhora

Fecho - Respeitosamente: autoridades superiores / Atenciosamente: autoridades de mesma hierarquia, hierarquia inferior ou demais casos / para autoridades estrangeiras: ver o Manual de Redação Oficial e Diplomática do Ministério das Relações Exteriores

Emprego dos pronomes pessoais retos:

As formas 'eu' e 'tu' não podem vir precedidas de preposição, funcionando como complementos ou adjuntos, pois funcionam somente como sujeito ou predicativo. Usam-se as formas oblíquas correspondentes 'mim' e 'ti'. Quando precedidos de preposição, representam o sujeito de um verbo no infinitivo (r, res, r, rmos, rdes, rem).

Depois da palavra até, como preposição, usa-se mim ou ti; como palavra denotativa de inclusão, usa-se eu ou tu.

Ordem direta e ordem inversa: É difícil para mim fazer um curso de medicina. / Fazer um curso de medicina é difícil para mim. / É difícil fazer um curso de medicina.

O pronome nós é usado em substituição ao eu quando se pretende evitar o tom arrogante ou impositivo da linguagem.

Quando exercer a função de sujeito, o pronome não sofrerá contração, apesar de muitos gramáticos admitirem esse uso: 'apesar de ele não concordar'.

Emprego dos pronomes pessoais oblíquos:

Si e consigo são pronomes reflexivos, ou seja, referem-se ao próprio sujeito, não devem ser usados para substituir o pronome você. Contigo não é reflexivo.

Conosco e convosco normalmente são usados em sua forma sintética. Quando houver palavra de reforço (mesmos, próprios, todos, outros, ambos ou algum numeral), devem ser substituídos por suas formas analíticas.

Os pronomes o, a, os, as são usados como objetos diretos (complementos que não exigem preposição)

Adquirem as seguintes formas: lo, la, los, las (quando associados a verbos terminados em r, s ou z) e no, na, nos, nas (quando associados a verbos terminados em som nasal)

Depois da palavra eis e das formas nos e vos, usa-se no(s), na(s), também com terminações suprimidas. Embora raras, são possíveis as combinações mo(s), ma(s), to(s), ta(s), lho(s), lha(s), no-lo(s), no-la(s), vo-lo(s) e vo-la(s).

Se o verbo estiver na 1ª pessoa do plural, a forma verbal perderá o s final.

Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, o (e variações) podem exercer a dupla função sintática de objeto direto de um verbo e sujeito de outro.

Os pronomes lhe(s) e vos não alteram a forma verbal.

Observação: lhe(s) = a ele(s), a ela(s): objeto indireto / dele(s), dela(s) = pronome possessivo / adjunto adnominal; Obedeço ao diretor. = Obedeço-lhe; Renovaram-lhe as esperanças. = Renovaram as esperanças dele/a.

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