domingo, 24 de maio de 2020

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (6)

Palavras parônimas e homônimas

cavaleiro - que anda a cavalo / cavalheiro - homem gentil
vultoso - volumoso / vultuoso - inchado
pluvial - relativo à chuva / fluvial - relativo a rio
serrar - cortar / cerrar - fechar
flagrante - evidente / fragrante - perfumado
absorver - sorver, consumir, ingerir / absolver - perdoar, isentar, inocentar

Formas nominais do verbo

infinitivo - ''substantivo'': dá nome ao processo verbal
gerúndio - ''advérbio'': indica circunstância do processo verbal em andamento
particípio - ''adjetivo'': indica resultado, característica do processo verbal concluído

Concordância do verbo com o pronome se

VTD ou VTDI + SE - sujeito paciente: voz passiva sintética - verbo concorda com o sujeito
VTI, VI, VL ou VTD + OD preposicionado + SE - sujeito indeterminado: voz ativa - verbo na 3ª pessoa do singular

à custa de - 'custa' é usado no sentido de sacrifício, recursos, esforço, trabalho, influência, dinheiro, dependência
às custas de - 'custas', muito usual no meio jurídico e forense, significa despesas de um processo judicial, gastos, dispêndios, expensas

pronome pessoal reto - funciona como sujeito, predicativo do sujeito, aposto ou vocativo, esse último com tu e vós
pronome pessoal oblíquo - funciona como objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial ou sujeito de verbo no infinitivo, com verbo causativo ou sensitivo

anáfora - retomada: esse, essa, isso
catáfora - antecipação: este, esta, isto

infinitivo - usa-se quando antes do verbo houver uma preposição
futuro do subjuntivo - usa-se quando antes do verbo houver uma conjunção ou o pronome quem

bastante - advérbio de intensidade (= muito), adjetivo ou substantivo (= suficiente) ou pronome indefinido (= muito)

locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas - com crase
adjuntos adverbiais de meio ou instrumento - sem crase, a menos que cause ambiguidade

há - verbo impessoal que indica tempo passado, existência ou acontecimento de algo
a - preposição, usada para indicar tempo futuro ou distância

através de - de um lado a outro, no decorrer de, por entre, ao longo de
por meio de - mediante, por intermédio de, graças a

adjunto adnominal - pode ou não ter preposição, pode indicar posse, liga-se a substantivos concretos ou abstratos, tem valor ativo (pratica a ação)
complemento nominal - tem preposição (obrigatória), nunca indica posse, refere-se a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios, tem valor passivo (sofre a ação)

substantivo concreto - sempre AA
adjetivo ou advérbio - sempre CN
substantivo abstrato - agente: AA / paciente: CN

próclise - palavra ou expressão negativa, advérbio, palavra denotativa ou locução adverbial, pronome relativo, pronome indefinido, pronome demonstrativo, conjunção subordinativa integrante ou adverbial, conjunção coordenativa aditiva ou alternativa, gerúndio precedido da preposição em, numeral ambos e forma verbal proparoxítona; opcional: substantivos, numerais (exceto ambos), conjunções coordenativas (e, nem, mas, porém, todavia, contudo, logo e portanto) pronomes pessoais retos e de tratamento

mesóclise - verbo no futuro do presente ou futuro do pretérito sem palavra atrativa (futuro do subjuntivo: próclise)

ênclise - verbo no início da frase, verbo no imperativo afirmativo (imperativo negativo: próclise), verbo no gerúndio sem preposição em e verbo no infinitivo impessoal (infinitivo pessoal precedido de preposição: próclise)

a princípio - no início, no primeiro tempo, antes de tudo, antes de qualquer coisa
em princípio - em tese, em teoria, teoricamente, conceitualmente
por princípio - por ter essa opinião, por convicção, tendo essa ideia

alguns dicionários: em princípio/a princípio = preliminarmente, num primeiro momento, inicialmente

incontinente - excessivo, descontrolado, imoderado ou que sofre de incontinência
incontinênti - sem demora, sem intervalo ou interrupção, imediatamente

assistir - ver (= VTI: a - não aceita o pronome lhe), ajudar (= VTD ou VTI: a), pertencer (= VTI: a - aceita o pronome lhe), morar (= VI - em)

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (5)

Palavras parônimas

amoral - indiferente ou estranho à moral / imoral - contrário à moral
aferir - avaliar / auferir - conseguir
costumar - ter por hábito / acostumar - adaptar-se, habituar-se
despensa - local onde se guardam mantimentos / dispensa - licença, isenção, demissão
degradado - estragado / degredado - exilado
deferir - conceder, atender / diferir - diferenciar, adiar
acidente - desastre / incidente - episódio

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (4)

As dicas da crase

Diante de pronome, crase passa fome
Diante de masculino, crase é pepino
Diante de ação, crase é marcação
Palavras repetidas, crases proibidas
Vou à e volto da = crase há
Vou a e volto de = crase pra quê?
Se especifico o lugar, crase na certa!
Com pronome de tratamento, crase é um tormento! Exceções: senhora, senhorita, dona e madame
Adverbial, prepositiva, conjuntiva, feminina, locução? Manda crase, meu irmão?
Adjunto adverbial de instrumento, a crase evapora!
Adjunto adverbial de instrumento com ambiguidade? Crase na certa!
A + aquele ou a + a qual, crase nele!
A no singular + palavra no plural em sentido genérico, crase nem a pau!
Com sentido específico, coloca crase, meu irmão!
Se for à moda de, crase vai vencer!
Se não for indicação de 'ao estilo de', bate asas e voa e vai para São Luís!
Com pronome pessoal, indefinido, demonstrativo ou relativo, crase faz mal!
Com palavra indefinida, a crase está eliminada! (para evitar ofensa)
Trocando a por ao, a crase não faz mal!
Trocando a por o ou a, a crase está reprovada!
Com pronome interrogativo, acento proibitivo!
Se terra for 'chão', não há crase não!
Se terra estiver determinada ou se for o planeta, a crase existe!
Se a casa for sua, bota a crase na rua!
Se for casa dos outros, crase na certa!
Com pronome possessivo feminino singular, a crase facultativa vai ficar!
Com pronome possessivo feminino plural, a crase ou existe ou não existe!

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (3)

Pronomes pessoais oblíquos átonos e suas funções

o, a, os, as - sempre objeto direto

lhe, lhes - objeto indireto, adjunto adnominal ou complemento nominal

me, te, se, nos, vos - objeto direto, objeto indireto e, com exceção do pronome se, adjunto adnominal e complemento nominal

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (2)

Vozes verbais:

voz ativa - o sujeito pratica a ação

voz passiva - o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo

analítica - verbo auxiliar + verbo principal no particípio

sintética ou pronominal - verbo + se (pronome apassivador)

reflexiva - o sujeito pratica e sofre a ação verbal

recíproca - dois ou mais sujeitos praticam e sofrem a ação verbal

Prof. Isaac Barbosa - Dicas (1)

Morfologia:

estrutura das palavras - radical / prefixo / sufixo / desinência / tema / vogal temática / vogal e consoante de ligação

formação das palavras:

derivação - prefixal / sufixal / prefixal e sufixal / parassintética / regressiva / imprópria

composição - justaposição / aglutinação

hibridismo / onomatopeia / abreviação vocabular / sigla / palavra-valise / neologismo / estrangeirismo / decalque

classes gramaticais:

variáveis - substantivo / adjetivo / artigo / numeral / pronome / verbo

invariáveis - advérbio / preposição / conjunção / interjeição / palavras denotativas

substantivo - simples / composto / primitivo / derivado / comum / próprio / concreto / abstrato / coletivo

artigo - definido / indefinido

adjetivo - simples / composto / primitivo / derivado / explicativo / restritivo / pátrio / gentílico / objetivo / subjetivo

numeral - cardinal / ordinal / multiplicativo / fracionário / coletivo

pronome - pessoal / possessivo / demonstrativo / indefinido / interrogativo / relativo / reflexivo / recíproco / de tratamento / reto / oblíquo

verbo - regular / irregular / anômalo / defectivo / abundante / auxiliar / pronominal / reflexivo / impessoal / unipessoal

advérbio - tempo / lugar / modo / afirmação / negação / dúvida / intensidade / advérbios interrogativos

preposição - essencial / acidental

conjunção:

coordenativa - aditiva / adversativa / alternativa / explicativa / conclusiva

subordinativa - causal / condicional / comparativa / conformativa / consecutiva / concessiva / final / proporcional / temporal / integrante

fusões - combinação / contração / crase

locuções - locução substantiva / locução adjetiva / locução pronominal / locução verbal / locução adverbial / locução prepositiva / locução conjuntiva / locução interjetiva / locução denotativa

palavras denotativas - adição / afastamento / afetividade / aproximação / designação / exclusão / explicação / inclusão / limitação / realce ou expletiva / retificação / situação

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Dicas do Programa de Qualidade (3)

29/10/1999
Concordância com o numeral

"A estimativa é feita com base nas (!) quase 80 milhões de apostas.''

"A estimativa é feita com base nos quase 80 milhões de apostas.''

Em caso de numeral seguido de especificador, o artigo antecedente deve concordar com o numeral, no caso 80 milhões, e não com o especificador apostas. "Os milhões de brasileiras que fazem dupla jornada'' e não "As milhões de brasileiras que fazem dupla jornada''.

28/10/1999
Bom-tom

"Não é de bom tom (!) imiscuir-se no assunto alheio.''

"Não é de bom-tom imiscuir-se no assunto alheio.''

Bom-tom, da expressão de bom-tom, é com hífen.

À custa de

"Vive às custas (!) dos pais.''

"Vive à custa dos pais.''

A expressão correta é à custa de. Não a coloque no plural. 'Custas' deve ser usado apenas no sentido de despesas de processo.

27/10/1999
Erário são os recursos financeiros do poder público

"Deve-se punir quem dilapida o erário público.''

"Deve-se punir quem dilapida o erário.''

Erário, segundo o "Aurélio", é o mesmo que fazenda (na acepção de "recursos financeiros e econômicos de um país") ou fisco ("conjunto de órgãos da administração pública destinado à arrecadação e à fiscalização de tributos"). Logo, "erário público" é um pleonasmo, pois não existe erário privado. Não use essa expressão.

26/10/1999
Adequar, verbo defectivo

"Segundo o ministro, os laboratórios não se adequam (!) às novas normas.''

"Segundo o ministro, os laboratórios não se adaptam às novas normas.''

Adequar é verbo defectivo _isto é, não tem conjugação completa. No presente do indicativo, só existe em duas formas: adequamos e adequais. No presente do subjuntivo, idem: adequemos e adequeis. No imperativo afirmativo: adequemos e adequai. No imperativo negativo: não adequemos e não adequeis. Nos outros tempos, conjuga-se regularmente, como cantar. Nesses casos, utilize outro verbo ("adaptar", por exemplo). Dica: o "Aurélio" eletrônico dos terminais da Redação tem um dispositivo de conjugação verbal. Basta escrever o verbo e apertar a tecla "eu/tu/ele". Consulte-o sempre que tiver dúvidas. O dicionário Houaiss considera o verbo como regular: adéquo, adéquas, adéqua, adequamos, adequais, adéquam (presente do indicativo), adéque, adéques, adéque, adequemos, adequeis, adéquem (presente do subjuntivo), com o imperativo obtido de acordo com o esquema já conhecido.

25/10/1999
Sujeito com "quem"

"Quem mata bandido,(!) mata gente inocente também.''

"Quem mata bandido mata gente inocente também.''

Outro erro bastante comum. "Quem mata bandido" é o sujeito da frase acima; não pode ser separado do predicado ("mata gente inocente também") por vírgula. Não a coloque em casos semelhantes: "quem diz o que quer ouve o que não quer", "quem sabe faz a hora" etc., embora alguns gramáticos considerem essa vírgula facultativa, outros como obrigatória e outros como proibida ou desnecessária, exceto em caso de ênfase.

Ao encontro de/ De encontro a

"A idéia vem de encontro aos anseios dos países da região.''

"A idéia vem ao encontro dos anseios dos países da região.''

A frase pretendia explicar que os países da região apoiavam a idéia. Nesse caso, a expressão é ao encontro de, que significa em direção a ou a favor de. "As idéias do deputado vão ao encontro das do senador", por exemplo, equivale a dizer que os parlamentares concordam. De encontro a significa oposição, choque, e equivale a contra: "Seu carro foi de encontro ao poste". Quem diz "a decisão do filho foi de encontro aos desejos da família" está se referindo a um quebra-pau familiar.

21/10/1999
Por que, porque

"A Marinha não esclareceu porque (!) há divergências...''

"A Marinha não esclareceu por que há divergências.''

Por que se escreve separado quando significa "por qual razão": "A Marinha não esclareceu por qual razão há divergências". Porque serve para introduzir explicação ou causa e pode ser substituído por "pois". Na literatura, pode indicar finalidade e ser substituída por 'para que': "Ela não foi à festa porque estava doente/Ela não foi à festa, pois estava doente/Alertei-o porque não se impressionasse com o filme". Note que essa substituição é impossível na primeira frase. "A Marinha não esclareceu, 'pois' não há divergências" não faria sentido.

20/10/1999
De + o

"O risco do (!) milionário perder dinheiro é pequeno nesses casos.''

"O risco de o milionário perder dinheiro é pequeno nesses casos.''

A primeira frase contém um dos erros mais frequentes no jornal. Como escapar dele? Preste atenção.

O complemento de "risco" não é "o milionário", e sim "perder dinheiro". Logo, não é o risco do milionário, mas o risco de perder dinheiro por parte do milionário. Nesse caso, não se faz a contração de + o. A regra não é rígida. Muitos aceitam essa contração como uma variante linguística.

Como regra, não junte de + o ou de + a quando, em casos semelhantes, o verbo vier logo após o substantivo. Por exemplo, "hora de a onça beber água", não "hora da onça beber água".

19/10/1999
Pessoas não são 'comunicadas'

"O presidente não foi comunicado (!) do fato.''

"O presidente não foi informado do fato.''

Ninguém pode "ser comunicado". Alguém comunica alguma coisa a outro alguém ("o presidente comunicou as novas medidas ao Congresso"). Ou seja, o que pode ser comunicado é um fato, nunca uma pessoa ou entidade. Estaria certo, por exemplo, dizer que as novas medidas foram comunicadas ao Congresso pelo presidente. Mas não se pode escrever que o Congresso "foi comunicado" sobre elas. Nesses casos, use "informado", ''avisado'' ou ''cientificado''.

18/10/1999
Voz passiva

"Pode-se exigir 50% de provisionamento...''

"Podem-se exigir 50% de provisionamento...''

Aqui, o "se" funciona como partícula apassivadora. A frase equivale a "podem ser exigidos 50% de provisionamento" (note que o verbo vem antes do percentual _50%_ e concorda com ele). Logo, o correto é "podem-se exigir". É o mesmo caso de "vendem-se casas"/"casas são vendidas".

14/10/1999
Ao encontro de/ De encontro a

"A idéia vem de encontro aos anseios dos países da região.''

"A idéia vem ao encontro dos anseios dos países da região.''

A frase pretendia explicar que os países da região apoiavam a idéia. Nesse caso, a expressão é ao encontro de, que significa em direção a ou a favor de. "As idéias do deputado vão ao encontro das do senador", por exemplo, equivale a dizer que os parlamentares concordam. De encontro a significa oposição, choque, e equivale a contra: "Seu carro foi de encontro ao poste". Quem diz "a decisão do filho foi de encontro aos desejos da família" está se referindo a um quebra-pau familiar.

13/10/1999
Crase e palavras masculinas

"A árvore foi arrancada à pedido (!) de um morador.''

"A árvore foi arrancada a pedido de um morador.''

Não custa repetir. Não há crase (fusão da preposição a com o artigo a) antes de palavra masculina: viajar a convite, traje a rigor, passeio a pé, sal e pimenta a gosto (não é setembro nem outubro), barco a remo, carro a álcool. Única exceção: quando está subentendida a locução prepositiva "à moda de" (ou "à maneira de / à semelhança de / ao estilo de / imitando"). Por exemplo, "móveis à Luís 15", "escrever à Machado de Assis".

12/10/1999
Qualquer, nenhum

"Os fabricantes não notaram qualquer problema.''

"Os fabricantes não notaram nenhum problema.''

Qualquer não é sinônimo de nenhum, nenhuma, mas sim pronome de sentido afirmativo, dado assim pelos dicionários, deve ser usado apenas com valor de indeterminar, generalização. Não deve ser usado em frases com sentido negativo. Não escreva "fez a conta sem qualquer erro", "os países não divulgaram qualquer comunicado sobre o assunto", mas sim "fez a conta sem nenhum erro", "os países não divulgaram nenhum comunicado sobre o assunto".

11/10/1999
Bênção, órgão

"O ministro vai pedir uma benção especial...''

"O ministro vai pedir uma bênção especial...''

Bênção é paroxítona terminada em ditongo; tem de ser acentuada (assim como órgão e órfão). 'Bença' é forma popular, típica da fala infantil ou despretensiosa, evite-a, exceto na reprodução de falas ou entrevistas. O corretor ortográfico dos terminais da Redação acusa o erro da primeira frase. Use-o com atenção.

08/10/1999
"Se" supérfluo

"É de se lamentar que a escolha tenha sido motivada por interesses políticos.''

"É de lamentar que a escolha tenha sido motivada por interesses políticos.''

Na primeira frase, o "se" está sobrando. Nesses casos, ele deve ser fulminado: "para obter bons resultados", não "para se obter bons resultados". O "se" só permanece quando o verbo é pronominal. Uma frase como "para se inscrever, o candidato deverá pagar uma pequena taxa" é, evidentemente, correta.

07/10/1999
Cassetete

"Foi agredido a golpes de cacetete.''

"Foi agredido a golpes de cassetete.''

Cassetete se escreve assim, com dois esses. A palavra vem do francês "casse-tête" (literalmente, "quebra-cabeça" _não o jogo, é claro). Consulte o "Aurélio" eletrônico disponível nos terminais da Redação.

05/10/1999
Extrema esquerda, extrema direita

"O atentado foi atribuído à extrema-direita.''

"O atentado foi atribuído à extrema direita.''

As expressões extrema esquerda e extrema direita, quando se referem a tendências políticas, não levam hífen. Extrema-direita e extrema-esquerda, com hífen, designam as zonas laterais do campo de futebol: "O extrema-direita driblou dois adversários antes de fazer o gol".

04/10/1999
Recém

"Recém admitido na revista...''

"Recém-admitido na revista...''

Recém é forma reduzida de recentemente. Como prefixo, antes de um particípio, deve ser grafado sempre com hífen: recém-chegado, recém-nascido, recém-publicado. Sua forma erudita é nuper-, que significa 'há pouco tempo', 'ultimamente'. No sul do Brasil, é muito usado como advérbio, modificando verbos no tempo pretérito.

30/11/1999
Risco de morte

"A Constituição permite o aborto nos casos em que a mãe corra risco de vida (!)."

"A Constituição permite o aborto nos casos em que a mãe corra risco de perder a vida."

A expressão "risco de vida", na primeira frase, é incorreta. Quem a escreveu quis referir-se a casos em que a mãe esteja com a vida em perigo isto é, corra o risco de morrer. Logo, o certo é risco de morte, pôr a vida em risco ou risco de perder a vida.

29/11/1999
Concordância com "avo"

"O funcionário recebeu 1/12 (um doze avos) de seu salário."

"O funcionário recebeu 1/12 (um doze avo) de seu salário."

A concordância com "avo" se faz assim: 1/12 (um doze avo), 2/12 (dois doze avos), 3/12 (três doze avos) etc. É como em 1/8 (um oitavo), 2/8 (dois oitavos) _e assim por diante. Atenção: no "Aurélio", essa concordância está incorreta.

26/11/1999
Ambiguidade

"Mata o marido e ruma para Hollywood, com sua (!) cabeça num tupperware."

"Mata o marido e ruma para Hollywood, com a cabeça dele num tupperware."

O pronome sua causa ambiguidade na frase. Trata-se da cabeça de quem: da mulher, do marido ou da pessoa com quem se fala? Prefira nesses casos a forma dele (a), de você, do senhor ou da senhora.

23/11/1999
Hora cheia

"Os ingressos serão vendidos entre 14h e 18h."

"Os ingressos serão vendidos entre as 14h e as 18h."

Antes de hora cheia (5h, 10h, 13h, 17h, 22h etc.), o artigo é obrigatório: "O curso vai das 14h às 17h"; " O jogo começa às 19h"; "Até as 20h, ninguém havia chegado à reunião" (sem crase nesse "até as").

22/11/1999
Não escreva "e nem"

"A entidade nunca foi consultada e nem (!) indicou ninguém."

"A entidade nunca foi consultada nem indicou ninguém."

No exemplo acima, nem equivale a "e não": "A entidade nunca foi consultada e não indicou ninguém". Nunca escreva "e nem" nesses casos. O correto é "não canta nem compõe", "ele não sabe representar nem dançar". Em ''Ele não veio e nem nos avisou'', subentende-se ''sequer'' após o ''nem'', logo, a frase está correta.

19/11/1999
Requerer e pedir

"O partido encaminhou requerimento pedindo (!) a cassação do deputado."

"O partido encaminhou requerimento de cassação do deputado."

"O partido requereu a cassação do deputado."

"O partido pediu a cassação do deputado."

A forma "requerimento pedindo'' é redundante, pois os verbos requerer e pedir são sinônimos.

18/11/1999
Acarretar, implicar

"O descumprimento da decisão acarretará na (!) paralisação do campeonato."

"O descumprimento da decisão acarretará a paralisação do campeonato."

O verbo acarretar, quando significa causar, ocasionar, é transitivo direto ("a enchente acarretou prejuízos") ou direto e indireto ("a medida acarretou pesados sacrifícios aos contribuintes"). Não existe "acarretar em". É um caso semelhante ao de implicar, também transitivo direto quando tem o sentido de trazer como consequência: "A decisão da Justiça esportiva implicou o rebaixamento da equipe". Resultar é transitivo indireto, regendo a preposição em. Implicar só terá preposição no sentido de ''ter implicância'' ou ''envolver-se''.

17/11/1999
Verbos irregulares terminados em "iar"

"Ele intermedia (!) transações escusas."

"Ele intermedeia transações escusas."

Os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar são irregulares. Todos se conjugam da mesma forma: medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio. Isso vale também para verbos derivados, como intermediar: "Ele intermedeia". Para memorizar a regra, lembre-se das cinco primeiras letras desses verbos, que formam o nome "Mario". Observe que o verbo maquiar, embora também terminado em iar, conjuga-se regularmente, como comerciar: "Ela se maquia".

Eu medeio, eu anseio, eu remedeio, eu intermedeio, eu incendeio, mas eu NÃO odeio!

16/11/1999
Superlativos

"Os presos são mantidos em condições precaríssimas."

"Os presos são mantidos em condições precariíssimas."

Alguns adjetivos terminados em io (como precário, frio, sério, sumário) têm a letra i dobrada na passagem para o superlativo. Assim, temos precariíssimo, friíssimo, seriíssimo, sumariíssimo. Está consagrada na linguagem jurídica a expressão 'sumaríssimo'.

12/11/1999
Não use mesmo como pronome

"Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo (!) encontra-se parado neste andar."

"Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar."

O problema da frase acima _além de uma certa obviedade_ é o uso de mesmo como pronome, vetado pelos gramáticos. Não escreva esse termo quando puder ser feita substituição por ele ou ela: "O depoimento da vítima foi gravado com o consentimento dela", e não "O depoimento da vítima foi gravado com o consentimento da mesma". Mesmo é pronome demonstrativo, advérbio ou conjunção.

11/11/1999
Plural de fax

"Recebeu 30 faxes (!) em casa..."

"Recebeu 30 fax em casa..."

O plural de fax segue a regra geral para palavras terminadas em x, ou seja, é a mesma grafia do singular, assim como tórax (pl. tórax), xérox (pl. xérox). Faxes oficialmente não existe, apesar de um dicionário a registrar.

10/11/1999
Pessoa e silepse de gênero

"Uma pessoa de minhas relações, que vivia exilada em Londres, disse-me..."

"Uma pessoa de minhas relações, que vivia exilado em Londres, disse-me..."

As duas concordâncias acima são possíveis. Na primeira, faz-se a concordância de gênero: pessoa (fem.) exilada (fem.). No segundo caso, ocorre a chamada concordância ideológica ou silepse. Trata-se de um recurso estilístico: está-se referindo a uma pessoa do sexo masculino, e a frase que utiliza o masculino (exilado) é elaborada de forma a ressaltar isso.

09/11/1999
Corte o "se" supérfluo

"Vejo as notícias comprovarem o que era de se esperar (!)."

"Vejo as notícias comprovarem o que era de esperar."

Vale a pena ler esta dica de novo.Elimine o "se" toda vez que ele estiver sobrando na frase: "para obter bons resultados", não "para se obter bons resultados". O mesmo vale para expressões como "era de esperar", "era de prever", "era de imaginar" etc.

08/11/1999
Esquecer-se de

"Ele esqueceu de (!) colocar o título no texto.''

"Ele se esqueceu de colocar o título no texto."

Esquecer, quando seguido da preposição de, é obrigatoriamente pronominal ("esquecer-se de algo"). O verbo também pode ser transitivo direto. Ou seja, podemos escrever tanto "Ele esqueceu o que sabia" como "Ele se esqueceu do que sabia" _mas nunca "Ele esqueceu do que sabia".

05/11/1999
Baixo-astral, alto-astral

"O governo passa por um período de baixo astral (!).''

"O governo passa por um período de baixo-astral."

Baixo-astral e alto-astral se escrevem sempre com hífen.

04/11/1999
Trata-se de...

"Tratam-se (!) de opiniões respeitadas.''

"Trata-se de opiniões respeitadas.''

No caso acima, o verbo tratar é transitivo indireto e não permite a voz passiva (não dá para dizer "opiniões respeitadas 'são tratadas'"). Deve ficar, portanto, no singular ("trata-se de opiniões respeitadas"). É o mesmo caso de "precisa-se": "precisa-se de empregados", nunca "'precisam-se' de empregados". Caso se substitua 'tratar-se' por 'discutir', a voz passiva seria aceita: 'opiniões respeitadas são discutidas'.

03/11/1999
Crase e nomes de cidades

"A classificação é fundamental para que a equipe chegue à (!) Tóquio...''

"A classificação é fundamental para que a equipe chegue a Tóquio.''

Diferentemente dos nomes de estados e países, que podem ou não admitir artigo, em português, geralmente, nomes de cidades não pedem artigo. Logo, não pode haver crase (preposição + artigo feminino) antes deles: "chegar a Tóquio", "chegar a Paris", "ir a Roma". A crase só é possível quando o nome da cidade for determinado com um adjetivo ou uma locução adjetiva. Por exemplo, "foi à inigualável Paris", "chegou ontem à Roma dos imperadores".

02/11/1999
Showroom

"Os objetos estão expostos no show room (!).''

"Os objetos estão expostos no show-room (!).''

"Os objetos estão expostos no showroom.''

Showroom, local de exposição, é grafado sem aspas na Folha.

01/11/1999
Concordância com o verbo ser

"O motivo da alegria é (!) as votações.''

"O motivo da alegria são as votações.''

Em regra, o verbo concorda com o sujeito. Mas o caso acima é uma exceção. Quando o verbo ser faz a ligação de plural e singular, a concordância correta é com o plural, e o singular é concordância enfática: "O grande problema são os conflitos étnicos'' e não "O grande problema é os conflitos étnicos''; "O epicentro do poder foram os generais'' e não "O epicentro do poder foi os generais''.

28/12/1999
Intervir (1)

"Em Diadema, intervimos (!) no diretório...''

"Em Diadema, interviemos no diretório...''

O verbo intervir é fonte constante de erros. Lembre-se de que é flexionado como vir.

Intervir (2)

"Fulano interviu no diretório de Diadema...''

"Fulano interveio no diretório de Diadema...''

O contra-exemplo acima mostra erro bastante comum. Lembre-se: intervir conjuga-se como vir.

27/12/1999
Não há por que confundir

"Não há porque (!) magnificar o caso.''

"Não há por que magnificar o caso.''

É erro bastante comum usar porque, assim, junto, com o significado de razão pela qual. Nessa acepção por que é separado. Porque, junto, exprime explicação: "Está resfriado porque tomou chuva''. Pode-se fazer paralelo com as formas because e why, do inglês. A primeira equivale a porque e a segunda, a por que.

22/12/1999
Certeza de

"Fulano tinha certeza (!) que o projeto iria dar certo.''

"Fulano tinha certeza de que o projeto iria dar certo.''

Tem-se certeza de alguma coisa. Não confundir com uma frase como "A certeza é que venceremos'', em que a palavra certeza é seguida de verbo, não reclamando, portanto, a preposição de.

21/12/1999
Detrimento de

"Fulano priorizou uma coisa em detrimento a (!) outra.''

"Fulano priorizou uma coisa em detrimento de outra.''

Algo se dá em detrimento (prejuízo) de (e não a) alguma coisa.

20/12/1999
Cargos e hífens

diretor financeiro, sem hífen, pois está subentendida a forma "diretor da área financeira''.
Note que, sempre que essa substituição puder ser feita, o cargo não levará hífen: diretor jurídico, gerente comercial etc.

mas

diretor-geral, pois não se substitui por "diretor da área geral'', assim como diretor-gerente, economista-chefe, editor-adjunto etc.

16/12/1999
Broxa, brocha

"São mulheres tão perfeitas que todos brocham (!).''

"São mulheres tão perfeitas que todos broxam.''

Broxa (do francês brosse, escova) significa pincel grande ou, na acepção chula, indivíduo sem potência sexual. Brocha (do francês broche) significa, entre outras coisas, prego curto de cabeça chata, tacha.

15/12/1999
Em comemoração dos

"O evento é em comemoração aos (!) 500 anos do Brasil.''

"O evento é em comemoração dos 500 anos do Brasil.''

Na norma culta da língua, algo é feito em comemoração de alguma coisa, nunca em comemoração a (!) alguma coisa. Não confundir com homenagem, que pede a preposição a. "O evento é uma homenagem a Fulano e a Sicrano."

14/12/1999
Cada

"Foram inauguradas três salas de cinema, com capacidade para 120 pessoas cada."

"Foram inauguradas três salas de cinema, com capacidade para 120 pessoas cada qual."

Cada é pronome adjetivo; só pode aparecer acompanhando uma palavra, nunca substituindo um termo, não pode ser pronome substantivo. Logo, no exemplo acima, deve-se escrever "cada sala de cinema" _ou "cada uma", se não quisermos repetir "sala de cinema".

09/12/1999
A princípio, em princípio

"A princípio, o doente não teve febre."

Escreva a princípio na acepção de no começo, inicialmente.

"Em princípio, todos são inocentes.''

Escreva em princípio na acepção de em tese, teoricamente. Em princípio tem também o significado de antes de tudo, como na frase "No princípio era o verbo''.

08/12/1999
Rupia, a moeda

"A rúpia (!) foi desvalorizada ontem em 10%..."

"A rupia foi desvalorizada ontem em 10%..."

Rupia, sem acento, designa moeda. Rúpia, com acento, refere-se a gênero de plantas aquáticas.

03/12/1999
Não escreva "frente a"

"O secretário diz confiar numa valorização do real frente ao (!) dólar."

"O secretário diz confiar numa valorização do real diante do dólar."

Frente a, como na primeira frase, não existe em português. Substitua a expressão, conforme o caso, por diante de, perante, ante ou em relação a: "perante um juiz não se deve mentir" (e não "'frente a' um juiz"); "a Iugoslávia mantinha um alto grau de independência em relação ao bloco comunista" (e não "'frente ao' bloco comunista").

02/12/1999
Não escreva "vezes menos"

"A empresa A fatura quatro vezes menos (!) que a empresa B."

"O faturamento da empresa A equivale a um quarto do da empresa B."

O uso de expressões como "duas vezes menos", "três vezes menos" etc., embora disseminado, é incorreto. Note: dizer que a empresa A fatura uma vez menos que a empresa B significa que o faturamento de A é zero. Explique, nesses casos, que o faturamento de A é metade do de B, um terço do de B etc.

Dicas do Programa de Qualidade (2)

26/07/1999
Padrão e estilo

"Aliado aprova nova postura (!).''

"Aliado aprova nova atitude.''

O manual desaconselha o uso de postura com o significado de atitude, como consta do verbete "posição": "Prefira este termo [posição] a postura ou posicionamento quando o sentido for o de atitude: 'O deputado Goes Asafes assume posição típica de oposicionista' em vez de 'O deputado Goes Asafes assume postura típica de oposicionista'."

23/07/1999
Parece, mas não é

"Quem cumpri-las, (!) terá garantia de recursos. Quem não cumprir, (!) não receberá o dinheiro.''

"Quem cumpri-las terá garantia de recursos. Quem não cumprir não receberá o dinheiro.''

As frases acima soam como se estivessem no condicional, algo do tipo: "Se cumprir, ganha...''. Nesse último exemplo, a vírgula é de lei. Isso talvez explique o porquê de tanta confusão em construções como a do contra-exemplo. Note que se trata de uma falsa impressão. A vírgula, nos dois casos destacados, está separando sujeito do verbo.

22/07/1999
Não há por que confundir

"Não há porque (!) magnificar o caso.''

"Não há por que magnificar o caso.''

É erro bastante comum usar porque, assim, junto, com o significado de razão pela qual. Nessa acepção por que é separado. Porque, junto, exprime explicação: "Está resfriado porque tomou chuva''. Pode-se fazer paralelo com as formas because e why, do inglês. A primeira equivale a porque e a segunda, a por que.

21/07/1999
Havia

"Calabi presidia o Banco do Brasil há (!) cerca de seis meses.''

"Calabi presidia o Banco do Brasil havia cerca de seis meses.''

No contra-exemplo, note que Calabi presidia (não preside mais) o Banco do Brasil. Trata-se de uma situação que não perdura mais, uma situação continuada no passado. O há não serve para indicar ação contínua no passado, o que é expresso, na gramática, pelo tempo imperfeito. Use, portanto, havia (pretérito imperfeito). Pode-se trocar o verbo haver pelo verbo fazer para notar melhor o erro: "Calabi presidia o Banco do Brasil faz (!) cerca de seis meses".

20/07/1999
Imbróglio

"Ninguém sabe como resolver esse `imbroglio'...''

"Ninguém sabe como resolver esse imbróglio...''

A palavra italiana "imbroglio'' está aportuguesada como imbróglio (trapalhada, confusão, mixórdia, embrulhada).

19/07/1999
A forma como, a maneira como

"Questionava a forma com que (!) avacalhavam tudo...''

"Questionava a forma como avacalhavam tudo...''

As expressões "a maneira com que'' e a "a forma com que'' não constam da norma culta da língua. Forma e maneira, assim como modo e jeito, exigem, nessa acepção, o pronome relativo como. Note que, com o pronome correto, a frase fica mais enxuta e elegante.

16/07/1999
Confiança em

"Tinha confiança (?) que daria certo...''

"Tinha confiança em que daria certo...''

O contra-exemplo mostra uma frase comum no português coloquial, mas note que, na norma culta, confiança exige a preposição em.

15/07/1999
Para a frente

"É preciso tocar para (?) frente.''

"É preciso tocar para a frente.''

A expressão é para a frente. O a é obrigatório, uma vez que frente é substantivo. Não se escreve, por exemplo, "virou para (?) lado".

14/07/1999
Negação atrai o pronome

"Ele nada me disse.'' e não"Ele nada disse-me (!).''

"Não me olhe assim!'' e não"Não olhe-me (!) assim!''

"Jamais lhe diga isso.'' e não "Jamais diga-lhe (!) isso.''

Note que palavras ou expressões que exprimem negação como não, ninguém, nunca, nem, jamais, nenhum, nada, de modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma etc. atraem o pronome oblíquo átono. O mesmo ocorre com advérbios, locuções adverbiais ou palavras denotativas, pronomes relativos, pronomes indefinidos, pronomes demonstrativos, conjunções subordinativas integrantes ou adverbiais, conjunções coordenativas aditivas ou alternativas, formas verbais proparoxítonas, numeral ambos, preposição em seguida de gerúndio, frases interrogativas, exclamativas e optativas.

13/07/1999
Linha-dura e linha dura

"Foi contra o regime linha-dura.'' (adjetivo)

"Ele é um linha-dura.'' (substantivo como sinônimo de partidário)

O termo linha-dura leva hífen quando se refere ao que é relativo à linha dura política, como adjetivo e substantivo.

Do "Aurélio'': "linha-dura Bras. Adj. 2 g. e 2 n.1. Relativo a, ou próprio da linha dura [q. v.]2. Que é partidário ou simpatizante da linha dura. S. 2 g.
3. Partidário ou simpatizante dela. [Pl. do s. 2 g.: linhas-duras. Cf. linha dura.]''

Mas note que linha dura, na acepção de política ou do conjunto de adeptos, é sem hífen:

"O governo implantou a linha dura.'' (substantivo, a política)

"Fulano faz parte da linha dura do partido.'' (substantivo, conjunto de partidários)

Do "Aurélio'': "Linha dura. Bras. 1. Política que preconiza a adoção de medidas severas contra a corrupção e a subversão. 2. O conjunto dos partidários e simpatizantes dessa política. 3. Aqueles que a orientam, que estão à frente dela. [Cf. linha-dura.]''

12/07/1999
Expectativa

"A expectativa é de que não ocorram mais problemas.''

"A expectativa é que não ocorram mais problemas.''

Perceba que o de do contra-exemplo é desnecessário. A expectativa é que e basta. "A expectativa é que tudo dê certo.'' Mas note que se tem a expectativa de que, como no exemplo abaixo:

"Tenho a expectativa de que tudo dê certo.''

09/07/1999
Não e hífen

Não pede hífen sempre antes de substantivos:

não-cumprimento

não-obrigatoriedade

etc.

Antes de adjetivo não há hífen: não resolvido, não flexionado, não durável, não descartável, etc.

Chave e hífen

Chave liga-se com hífen a outro substantivo e não varia no plural, embora alguns dicionários registrem como corretas:

questão-chave

pontos-chave

postos-chave

etc.

08/07/1999
Pronomes ele e o

"Pesquisa mostra que 58% das pessoas não querem ele (!) em campo...''

"Pesquisa mostra que 58% das pessoas não o querem em campo...''

Note que a redação do contra-exemplo soa descuidada. É como dizer "Você chama ele" em vez de "Você o chama''. O pronome pessoal do caso reto ele não cabe na frase, pois não pode ter a função de objeto direto. O verbo querer, por ser transitivo direto, pede o pronome oblíquo o.

07/07/1999
Sugestão

Em vez de "O escritor Fulano de Tal estará conversando...'',

pode-se optar por fórmula mais simples e eficiente: "O escritor Fulano de Tal conversará...''

A combinação de futuro do presente com gerúndio soa inflada e desnecessária.

06/07/1999
Substantivo e adjetivo

"São jovens sem-terra (!).''

"São jovens sem terra.''

No contra-exemplo, sem terra tem função de adjetivo e qualifica jovens. É o mesmo caso de jovens sem graça. Mas note que ocorre a hifenação quando esses termos cumprem função de substantivo:

"São os sem-terra.''

"São os sem-graça.''

05/07/1999
Impropriedade

"Se as taxas não forem suficientes, prepare-se para tomar (!) risco para tentar aumentar a rentabilidade.''

"Se as taxas não forem suficientes, será necessário assumir risco para tentar aumentar a rentabilidade.''

A expressão tomar risco é uma impropriedade linguística, pois risco não se toma. Risco aceita-se, assume-se, suporta-se etc. Queda-de-braço A expressão grafa-se assim, com hífen.

31/08/1999

Verbo que antecede porcentagem
"Foi realizada (!) apenas 10% da obra.''

"Foram realizados apenas 10% da obra.''

É correta a forma "10% da obra foi realizada". Mas, quando o verbo antecede sujeito formado de percentual, a concordância é feita com o elemento mais próximo. Na frase destacada no início, a concordância tem de ser feita obrigatoriamente com 10%, pois o verbo antecede o percentual.

30/08/1999
Certeza de, certeza sobre

"O presidente tem certeza (?) que a marcha será um sucesso.''

"O presidente tem certeza de que a marcha será um sucesso.''

"O presidente tem certeza sobre o sucesso da marcha.''

Tem se certeza de alguma coisa, tem-se certeza sobre alguma coisa. O uso dessas preposições é obrigatório.

27/08/1999
Contanto

"Ele aceitou, com tanto que não o comprometessem...''

"Ele aceitou, contanto que não o comprometessem...''

A locução conjuntiva condicional, que indica condição, é contanto que e significa "sob condição de que", "uma vez que", "desde que". Não confundir com construções do tipo: "Trabalhou com tanto empenho que se recuperou dos prejuízos''. Essa é a sequência da preposição com e do pronome indefinido tanto, que indica quantidade ou intensidade.

26/08/1999
Redundância

"O fato ocorreu há 20 anos atrás.''

"O fato ocorreu há 20 anos.''

"O fato ocorreu 20 anos atrás.''

O advérbio atrás é redundante com o verbo haver na acepção de tempo passado. Essa recomendação consta do manual, pág. 79.

25/08/1999
A linotipo, o linótipo

"Ela trabalha com um linotipo para compor os textos...''

"Ela trabalha com uma linotipo para compor os textos...''

A palavra linotipo (sinônimo de linotipadora) é feminina. Mas note que o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa'', da Academia Brasileira de Letras, registra a variante linótipo, com acento, como palavra masculina.

24/08/1999
À cata de...

"Os jornalistas saíram a (!) cata dos parlamentares envolvidos...''

"Os jornalistas saíram à cata dos parlamentares envolvidos...'''

A grafia correta da expressão à cata de (à procura de, em busca de) é com crase.

19/08/1999
Artigo e concordância

"Cerca de 50% das (!) 5 milhões de crianças infectadas...'''

"Cerca de 50% dos 5 milhões de crianças infectadas...'''

Tanto faz escrever: 1) 5 milhões de crianças foram infectadas ou 2) 5 milhões de crianças foram infectados. Mas no contra-exemplo acima há um artigo embutido na forma das. Nesse caso, a concordância é obrigatoriamente feita com a palavra que o artigo está antecedendo. A palavra milhão é masculina, portanto usa-se dos. Por exemplo, não escrevemos "A maioria das grupos de mulheres é favorável à medida''.

18/08/1999
Pôr, colocar

"Deixou seu posto de origem para se por (!) ao lado do companheiro.''

"Deixou seu posto de origem para se pôr ao lado do companheiro.''

Pôr, verbo sinônimo de colocar, leva acento, diferentemente da preposição por.

17/08/1999
Dúvida (de) que

"Não há dúvida de que ele é um líder..."

"Não há dúvida que ele é um líder..."

Tem-se dúvida de alguma coisa. "Tenho dúvida de sua capacidade.'' Mas em frases com que, como no exemplo destacado, o de é facultativo.

16/08/1999
Deficientes e preconceito

"Ligado originalmente ao movimento black e hoje preso a uma cadeira de rodas..."

Note que a expressão "preso a uma cadeira de rodas'', além de ser chavão, tem sentido discriminatório e pejorativo. Recomenda-se 'pessoa que usa cadeira de rodas'.

"A população deveria estar consciente dos perigos do álcool. Ninguém vai encontrar alegria num velório ou cadeira de rodas."

A frase grifada acima é infeliz, pois conclui impossível a felicidade para deficientes. Obviamente não se quis dizer isso, mas é o que se deduz.

11/08/1999
Advérbio atrai pronome

"Frequentemente compram-se (!) imóveis...''

"Frequentemente se compram imóveis...''

"Frequentemente, compram-se imóveis...''

Advébios (frequentemente, também, agora etc.) atraem o pronome. Mas repare que, se houver vírgula ou outra pausa entre o advérbio e o pronome, este ficará depois do verbo, pois não se inicia oração, exceto sob licença poética ou quando se pretende reproduzir a fala coloquial.

10/08/1999
Em comemoração dos

"O evento é em comemoração aos (!) 500 anos do Brasil.''

"O evento é em comemoração dos 500 anos do Brasil.''

Na norma culta da língua, algo é feito em comemoração de alguma coisa, nunca em comemoração a (!) alguma coisa. Não confundir com homenagem, que pede a preposição a. "O evento é uma homenagem a Fulano e a Sicrano."

09/08/1999
Dúvida (de) que

"Não há dúvida de que ele é um líder..."

"Não há dúvida que ele é um líder..."

Tem-se dúvida de alguma coisa. "Tenho dúvida de sua capacidade.'' Mas em frases com que, como no exemplo destacado, o de é facultativo.

05/08/1999
Pêra , pera, peras

"Comprou algumas pêras (!).''

"Comprou algumas peras.''

Pêra, a fruta, é acentuada no singular para se diferenciar de pera, preposição em desuso que significa para. Mas note que o plural, peras, não é acentuado.

04/08/1999
Socioeconômico

"Os Estados não têm o mesmo perfil sócio-econômico (!).''

"Os Estados não têm o mesmo perfil socioeconômico.''

Assim como sociocultural e sociopolítico, socioeconômico se escreve sem hífen. Perceba que é acentuada apenas uma sílaba. O "Aurélio'' traz sóciopolítico, dessa maneira, com dois acentos e sem hífen. O dicionário, contraditoriamente, também registra sócio-políticos, com hífen. Desconsidere essas duas grafias.

03/08/1999
Divergir de

"Minas diverge com (!) SP sobre impostos.''

"Minas diverge de SP sobre impostos."

Não se diverge com, diverge-se de. Dessa maneira, "Fulano divergiu de Sicrano*'', e não "Fulano divergiu com Sicrano*''. * Esta versão corrige a palavra Sicrano, que saiu grafada erradamente como Siclano ou Cicrano, formas coloquiais não dicionarizadas. Ciclano é um termo da Química, que corresponde a um hidrocarboneto saturado cíclico.

02/08/1999
Prefixado

"Os contratos são pré-fixados (!).''

"Os contratos são prefixados.''

De modo geral, o prefixo pré é acompanhado de hífen, mas há exceções como prefixado, predeterminar, preestabelecido. Na dúvida, consulte o dicionário.

30/09/1999
Há, havia

"Um adolescente que estava internado há (!) menos de um mês no local morreu...

'' "Um adolescente que estava internado havia menos de um mês no local morreu...''

A incidência desse tipo de erro continua alta na Folha. O verbo haver deve acompanhar o tempo da ação. Se, no caso acima, o adolescente estava internado e morreu, não se pode escrever "há menos de um mês", o que dá a entender que ele continua internado (e, obviamente, vivo). Experimente substituir haver por fazer: é mais fácil perceber o erro numa frase como "um adolescente que estava internado faz menos de um mês".

29/09/1999
Penalizar, punir

"Ele não pode ser penalizado pelo que aconteceu.''

"Ele não pode ser punido pelo que aconteceu.''

Penalizar é causar pena ou desgosto a alguém, segundo o "Aurélio"; na Folha, não deve ser usado como sinônimo de punir, embora um dicionário já registre a sinonímia. No "Manual da Redação" disponível no Folio, ao qual todos os terminais têm acesso, há um adendo com o comunicado da Secretaria de Redação a respeito do uso desses verbos.

23/09/1999
Todavia, entretanto

"Todavia, (!) o acordo não aconteceu.''

"Todavia o acordo não aconteceu.''

"O acordo, todavia, não aconteceu.''

"Entretanto, (!) não foi possível reparar o dano.''

"Entretanto não foi possível reparar o dano.''

"Não foi possível, entretanto, reparar o dano.''

Entretanto e todavia são conjunções. Em começo de frase, conjunções não devem ser seguidas de vírgula. Quando estão deslocadas na frase, devem aparecer entre vírgulas, pois há intercalação. Porém, há gramáticos que consideram esse uso facultativo.

22/09/1999
Porém

"O encontro foi um desastre. Porém, (!) nada se pode concluir do ocorrido.''

"O encontro foi um desastre. Porém nada se pode concluir do ocorrido.''

"O encontro foi um desastre. Nada, porém, se pode concluir do ocorrido.''

"O encontro foi um desastre. Nada se pode concluir do ocorrido, porém.''

Em começo de frase, porém não deve ser seguido de vírgula, pois é uma conjunção, ou seja, liga uma oração a outra, embora haja gramáticos que considerem correto esse uso. Quando está deslocado na frase, porém deve aparecer entre vírgulas, pois neste caso há uma intercalação.

21/09/1999
A previsão é que...

"A previsão é de que (!) as vendas caiam.''

"A previsão é que as vendas caiam.''

"A previsão é a de que as vendas caiam.'' Cuidado com o "dequeísmo''.

A previsão é, e basta. "A previsão é positiva.'' "A previsão é que os preços caiam.'' O de que aparece corretamente quando se emprega o pronome, no caso o a (que equivale a aquela'): "A previsão é a de que as coisas continuem como estão''. Evite esta última formulação, que soa empolada, conquanto não seja um erro gramatical.

20/09/1999
Contudo

"Contudo, (!) não soube explicar o atraso...''

"Contudo não soube explicar o atraso...''

"Não soube, contudo, explicar o atraso...''

Contudo, em começo de frase, não é seguido de vírgula, pois é uma conjunção, embora alguns gramáticos considerem correto. Quando aparece no meio da frase, as vírgulas são obrigatórias.

17/09/1999
Vírgulas e conjunções

"O Brasil deve lutar, mas quando perceber que não tem chances, deve apoiar..."

"O Brasil deve lutar, mas, quando perceber que não tem chances, deve apoiar..."

Conjunções contíguas devem ser separadas por vírgulas. "A produção foi diminuída, mas, se o mercado reagir, poderá voltar rapidamente ao nível anterior.""Os industriais afirmam que, se o mercado reagir, a produção poderá aumentar rapidamente." "Foi ao banheiro e, quando voltou, sua bolsa havia sumido."

16/09/1999
Um dos que

"O parlamentar foi um dos que mais se expôs...''

"O parlamentar foi um dos que mais se expuseram.''

Quando usar a expressão um dos que, coloque o verbo no plural. Só se usa o singular em frases enfáticas, literárias ou científicas: "Ele foi um dos que mais lutaram pela aprovação da emenda". A frase citada no início equivale a "entre os parlamentares que mais se expuseram, ele foi um".

15/09/1999
Haver

"Haviam (!) 1.430 adolescentes nas duas unidades...''

"Havia 1.430 adolescentes nas duas unidades...''

Quando significa existir, haver é sempre impessoal, isto é, não tem sujeito e não sai do singular, diferentemente dos seus sinônimos, que são pessoais e concordam com o sujeito. O que se segue é objeto direto. "Houve vários acidentes nesta semana", "não havia cadeiras suficientes". Quando haver (com o sentido de existir, ocorrer, acontecer) faz parte de locução, o verbo auxiliar tem de ficar no singular, transmite ao principal sua impessoalidade. "Deve haver novas cassações", "poderá haver pancadas de chuva".

10/09/1999
Determinação de

"A determinação do governo em (!) combater a inflação...''

"A determinação do governo de combater a inflação...''

Tem-se a determinação de alguma coisa.

08/09/1999
Cheque sem fundos

"A empresa recebeu um cheque sem fundo (!).''

"A empresa recebeu um cheque sem fundos.''

A expressão correta é cheque sem fundos, ou seja, sem provisão de dinheiro.

06/09/1999
Traz, trás

"Essa escolha trás (!) complicações...''

"Essa escolha traz complicações...''

Traz e trás são palavras homófonas, ou seja, têm o mesmo som, mas grafia e significado diferentes. Traz é do verbo trazer. O termo trás significa atrás, detrás: "Não se sabe o que está por trás disso''.

03/09/1999
Optar

"O empresário optou em (!) fazer investimentos de longo prazo.''

"O empresário optou por fazer investimentos de longo prazo.''

Opta-se por alguma coisa, opta-se entre uma coisa e outra, mas não em alguma coisa.

02/09/1999
Até as

"O restaurante funciona das 11h até às (!) 23h.''

"O restaurante funciona das 11h até as 23h.''

A expressão é até as, sem crase, pois a crase é a fusão da preposição a com o artigo a. No caso, a preposição é até, e não a. Portanto não há crase, exceto se sua falta gerar ambiguidades: Queimou todo o cabelo até à raiz. 

01/09/1999
Ponta-cabeça

"O quadro está de ponta (!) cabeça.''

"O quadro está de ponta-cabeça.''

Ponta-cabeça se escreve com hífen.


Dicas do Programa de Qualidade (1)

16/04/1999
Sugestões didáticas para o noticiário da CPI dos bancos:

Alavancagem

É um jargão e, portanto, deve ser evitado. Quando aparecer em declaração textual, deve-se explicar que indica o quanto uma instituição dispõe de recursos de terceiros em relação ao seu capital. Refere-se a operações de captação de dinheiro com o objetivo de lucro. O Banco Marka estava altamente alavancado, pois realizou operações envolvendo 20 vezes o valor de seu capital.

Mercado futuro de dólar

Nele são realizadas operações de compra e venda da moeda com base em expectativas de cotação em data posterior. Investidores se comprometem, em tempo futuro, a vender e/ou a comprar moeda a determinado preço. A operação serve tanto para proteger o investidor contra oscilações do câmbio como para apostar em determinada cotação com o objetivo de auferir lucro.

15/04/1999 e 14/04/99
Quem e que

"Afinal, foi o próprio governo FHC quem se cansou de brecar investigações sobre assuntos inconvenientes."

Os pronomes quem e que não podem ser usados indistintamente. Quem se refere exclusivamente a pessoa ("Foi ele quem atirou''). Que pode ser usado para pessoa ou coisa. Portanto a forma correta é:

"Afinal, foi o próprio governo FHC que se cansou de brecar...''

Regência 1

título:"Preso acusado de abusar (?) e assassinar crianças em Natal''

O verbo abusar pede a preposição de. Assassinar não pede preposição alguma. O título misturou os dois verbos de maneira errada. Não misture complementos de verbos com regências diferentes em reportagens e notícias, somente em textos literários, publicitários e humorísticos. Abaixo, sugestões de formas corretas:

"Preso acusado de abusar de crianças e assassiná-las"

"Preso acusado de violentar e assassinar crianças" (verbos de regências iguais podem ter o mesmo complemento - ambos são transitivos diretos)

Regência 2

título: "Brasil cobra (?) União Européia"

O verbo cobrar exige, nesse caso, a preposição de. A forma correta seria "Brasil cobra de União Européia''.Mas dessa maneira fica estranho, pois soa incompleto (cobra o quê?). A melhor opção seria mudar o verbo: "Brasil pressiona União Européia".

Não escreva

O nome do Poder Legislativo da cidade é Câmara Municipal. A forma "Câmara dos Vereadores'', embora consagrada, não existe.

 22/04/1999
1% dos brasileiros são...

"Só 1% dos brasileiros sabe (?) quem é o atual primeiro-ministro português..."

No exemplo acima, note que o percentual (1%, singular) vem acompanhado de um especificador (brasileiros, plural). Nessa forma, a concordância deve ser feita com o especificador:

"Só 1% dos brasileiros sabem quem é o atual primeiro-ministro português..."

"Só 2% (plural) do país (singular) é habitado..."

Padrão

Em números superiores ou iguais a 10 mil, escreva o algarismo seguido da palavra que designa a ordem de grandeza. Assim:

"Quase 1 milhão de trabalhadores...''

"Sabe-se que 20 mil pessoas foram vacinadas...''

20/04/1999
Adequar, verbo defectivo

"White está mais preocupado em saber se Proust se adequa (!) ao modelo e ao gosto do gay americano..."

Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não tem todos os tempos, modos ou pessoas (outros exemplos: abolir, precaver, reaver, falir, computar, ressarcir, colorir, extorquir, demolir). No presente do indicativo, o verbo "adequar" só conta com duas formas:

"adequamos" e "adequais". No presente do subjuntivo e no imperativo negativo, não apresenta nenhuma forma. No imperativo afirmativo, só possui a segunda pessoa do plural: ''adequai''. Nos demais tempos e modos, a conjugação é regular: adequou, adequava, adequara, adequará, adequaria, adequasse, adequar, adequando, adequado, etc. Assim, soluções corretas seriam substituir por verbos sinônimos ou por locuções verbais:

"White está mais preocupado em saber se Proust se adapta ao modelo e no gosto do gay americano..."

Crase e nomes masculinos

"O Gol de placas CHS-8116 estava à (!) serviço da Secretaria das Administrações Regionais.''

Crase é a contração do artigo a com a preposição a. Portanto é erro grave colocar crase antes de nomes masculinos, verbos ou pronomes (salvo em raras exceções). No caso de nomes masculinos, ocorre exceção quando a palavra moda está subentendida:

"Gol à (moda) Pelé."

19/04/1999
À medida que

"A taxa aumenta à medida em (!) que o saldo aumenta...''

"À medida em que'' é uma forma errada. A conjunção correta é à medida que. É análoga à conjunção "à proporção que''. A frase poderia ter sido redigida corretamente de duas maneiras:

"A taxa aumenta à medida que o saldo aumenta...''

"A taxa aumenta à proporção que o saldo aumenta...''

Mas e vírgulas

"Mas, (!) analise as opções existentes.''

"Mas, (!) será que tudo estará perdido?''

"Mas, (!) nem todo mundo aceita correr risco.''

Note que, em todos os casos acima, mas inicia um período. A vírgula nesses casos é incorreta. Existiria vírgula depois dos mas se, e somente se, se seguisse uma oração subordinada ou uma intercalação (aposto, advérbio...): "Mas, pelo que pudemos apurar, nem todo mundo aceita correr riscos''.

Pole-position

Atenção, o manual determina a grafia de pole-position com hífen.

31/05/1999
Lembra-se de

"O senhor (!) lembra desse caso?"

"O senhor se lembra desse caso?"

Sempre que o verbo lembrar for usado como verbo pronominal (lembrar-se), terá complemento precedido pela preposição de. Se ele não estiver acompanhado de pronome, não haverá a preposição. Veja as formas corretas:

"O senhor lembra esse caso?"

"O senhor se lembra desse caso?"

Por que

"Daí porque (!) os aumentos aconteceram.''

"Daí por que os aumentos aconteceram.''

"Por que'', com o significado "razão de'', "razão pela qual / motivo pelo qual / causa pela qual'', grafa-se separadamente.

"Isso não tem por que acontecer.''

"Não sei por que, mas não gosto dele.''

28/05/1999
Resistir a

"O governo resiste em (!) dar sinais de austeridade fiscal."

"O governo resiste a dar sinais de austeridade fiscal."

Atente para a regência do verbo resistir: resiste-se a algo.

Penalizar não é punir

"As empresas foram penalizadas (!) pela medida do governo.''

"As empresas foram punidas pela medida do governo.''

Penalizar é causar pena ou desgosto a, pungir, afligir, desgostar. Punir é infligir pena a, dar castigo a, castigar. Um dicionário registra essa sinonímia, mas em conversas formais, em documentos oficiais, em artigos científicos, em livros didáticos, em dissertações de vestibulares e em correspondências comerciais, evite-o.

26/05/1999
Enigma da Esfinge

"Decifre (!) esse dilema ou ele te (!) devora.’’

"Decifra esse dilema ou ele te devora.’’

"Decifre esse dilema ou ele o devora.’’

Na primeira frase, há a combinação errada de tempo verbal e pronome, ou seja, de decifre (imperativo, terceira pessoa do singular) com o pronome te (segunda do singular). As duas útimas frases trazem combinações corretas: decifra com te (ambos da segunda do singular) e decifre com o (da terceira do singular).

Note que o pronome empregado não pode ser lhe, pois o verbo devorar é transitivo direto (o leão devorou o homem). O pronome lhe é empregado com verbos transitivos indiretos que indiquem pessoa, coisa personificada ou instituição (o patrão pagou ao empregado, o patrão lhe pagou)

25/06/1999
Crescimento negativo?

"O indicador de desemprego registrou crescimento negativo (!?) de 10%, ou seja, de 5,0% para 4,5% da população economicamente ativa.’’

"O indicador de desemprego recuou 10%, ou seja, de 5,0% para 4,5% da população economicamente ativa.’’

A expressão crescimento negativo é uma contradição em termos que costuma se infiltrar no noticiário na forma de tecnicismo.

É com hífen

Bem-estar escreve-se assim, com hífen.

"As medidas econômicas diminuíram o bem-estar da população."

24/05/1999
Algo é pago a alguém

"Dinheiro para pagar (!) professores.''

"Dinheiro para pagar a professores.''

O verbo pagar é transitivo direto de coisa (pagou o salário) e indireto de pessoa (física ou jurídica) ou ser personificado (pagou ao professor). Assim, paga-se algo a alguém.

"Pagou o jantar''

"Pagou ao amigo o jantar"

É com hífen

Alto-astral escreve-se assim, com hífen.

"O time entra na fase decisiva de alto-astral.''

Mandato, mandado

"Sou a favor de Pitta até o último dia de meu mandado (!)'', disse o vereador.

"Sou a favor de Pitta até o último dia de meu mandato'', disse o vereador.

Mandato refere-se a poder político outorgado, por meio de voto, pelos eleitores a um cidadão. Mandado significa, entre outras coisas, ordem escrita que emana de autoridade judicial ou administrativa.

É com hífen

Bem-vindo escreve-se assim, com hífen.

19/05/1999
Parece, mas não tem

Escreve-se biopsia e necropsia assim mesmo, sem acento. A confusão acontece porque a pronúncia corrente é "biópsia'' e "necrópsia". Mas note que autópsia se escreve como se fala, ou seja, com acento de paroxítona.

Rios, mares, oceanos

Lembre-se da regra do manual para acidentes geográficos em geral: são grafados com letra minúscula, exceto em início de frase. Exemplos: rio Amazonas, rio Feio, mar Morto, mar Adriático, oceano Índico, oceano Pacífico.

18/05/1999
Dois erros

"Obteve habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal) que lhe assegurava o direito de não responder (!) questões que eventualmente pudessem lhe (!!) incriminar.''

''Obteve habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal) que lhe assegurava o direito de não responder a questões que eventualmente pudessem incriminá-lo.''

(!) Cuidado com a regência do verbo responder, no sentido de dar resposta. Responde-se a uma carta, respondo ao telefonema, responde-se à proposta de emprego, responde-se à questão. Só se usa responder como transitivo direto para dar a resposta diretamente: respondeu que estava interessado.

(!!) Incrimina-se alguém, não se incrimina a alguém. O pronome a ser utilizado é o, pois o verbo é transitivo direto. Só se usa o pronome lhe se o pronome tiver valor possessivo no contexto: incriminar-lhe as acusações (= incriminar as suas acusações). Aplica-se o pronome lhe quando o verbo é transitivo indireto. Por exemplo: "Coisas que eventualmente pudessem lhe dizer''. Pois algo é dito a alguém.

Preposição

"Pitta diz que é usado de (!) bode expiatório.''

"Pitta diz que é usado como bode expiatório.''

Alguém é usado como alguma coisa, não usado de alguma coisa.

17/05/1999
Ora, por ora

"O advogado disse que sua defesa, por hora (!), baseia-se na negativa.''

"O advogado disse que sua defesa, por ora, baseia-se na negativa.''

Não confundir o termo ora, que no contexto quer dizer atualmente, presentemente, agora, com o substantivo hora, que significa momento combinado ou oportuno ou intervalo de tempo.

"Ora, isso não é jogo!" (exprime impaciência, menosprezo)

"João ora se acha aqui.''(no sentido de agora)

"Ora se deu a rebelião e tudo foi para o ar.'' (no sentido de mas)

14/05/1999
Atender a, atender ao -tanto faz

"O médico atendeu o (ou ao) doente.''

"Atendi o (ou ao) telefone''

"A filha atendeu os (ou aos) conselhos da mãe''

"O circuito não atende as (ou às) normas de segurança''

A regência do verbo atender é motivo de controvérsia entre gramáticos. Mas, sutilezas à parte, é aceitável o uso do verbo tanto na forma direta (atender o chamado, o doente, o telefone, o freguês, os requisitos, o conselho) como na indireta (atender ao chamado, ao doente, ao telefone, ao freguês, aos requisitos, ao conselho).

13/05/1999
Algo é comunicado

"O líder do PMDB foi informado / avisado / cientificado da decisão...''

"A decisão foi comunicada ao líder do PMDB...''

Na acepção de fazer saber, participar, comunica-se alguma coisa a alguém. Alguma coisa é comunicada, mas alguém é informado.

"Comunicou o fato ao superior'';

"Comunicou-lhe o fato''.

Ou: "O superior foi informado / avisado / cientificado do fato''.

Havia

"Isso ocorria com frequência há (!) dois meses."

"Isso ocorria com frequência havia dois meses."

Em locuções no pretérito imperfeito (andava, estudava, ocorria) ou no pretérito mais-que-perfeito (ocorrera), use havia.

"Estava no cargo havia três anos.''

12/05/1999
Reaver, verbo defectivo

"São Paulo e Santos têm vaga; Corinthians reavê (!)2º lugar...''

"São Paulo e Santos têm vaga; Corinthians retoma o 2º lugar''

O verbo reaver é defectivo, ou seja, não tem todos os tempos, modos ou pessoas (outros exemplos: abolir, precaver, viger, computar). A forma "reavê'', que seria da terceira pessoa do singular do presente do indicativo, não existe. Em caso de dúvida, consulte as conjugações do "Aurélio'' eletrônico. Para isso basta escolher o verbo e clicar o quinto botão da esquerda para a direita na tela do programa, onde aparece escrito "Eu, Tu, Ele''. Na dúvida, substitua-o por recuperar.

Tampouco

"Não me diverti, tampouco consegui dormir."

"Não vou me desculpar. Ele tampouco."

Preste atenção na grafia do advérbio tampouco, que significa nem. Não confundir com tão pouco em frases como:

"Tenho tão pouco entusiasmo pela língua portuguesa!''

"Ela tem tão pouco amor pela vida!''

11/05/1999
Comemorativo de

"Tratava-se de reunião comemorativa aos (!) dez anos da associação...''

Algo é comemorativo de alguma coisa. Assim:

"Tratava-se de reunião comemorativa dos dez anos da associação...''

"Selo comemorativo do centenário da República...''

"Festa comemorativa da conquista do título...''

Tão-só, tão-somente

Os advérbios tão-só e tão-somente são grafados com hífen.

"Vós sois meu, tão-só meu, tão-somente meu."

(Machado de Assis, "Páginas Recolhidas")

07/05/1999
Contêiner

"A exportação por containers(!)...''

A palavra inglesa container está aportuguesada (vide "Aurélio'') na forma contêiner, cujo plural é contêineres.

Sem-vergonha

"São espanhóis sem vergonha(!)...''

O adjetivo sem-vergonha é grafado com hífen.

05/05/1999
Houve avanços

"O relatório diz que houveram (!) avanços..."

O verbo haver, no sentido de existir, acontecer, realizar-se ou para designar tempo passado, tem construção impessoal na terceira pessoa do singular, independentemente de o objeto direto estar no singular ou no plural. Assim:

"O relatório diz que houve avanços...''

"Houve milhares de casos da doença na África...''

"O" leitor

O texto, exceto em casos muito excepcionais, é lido individualmente. Na Folha, refira-se sempre ao leitor no singular, como determina o manual (pág. 115). Exemplos:

* numa remissão:

"Leia íntegra na pág. 1-12...''

* em texto de serviço:

"Caso você queira saber o que fazem os congressistas...''

* em texto opinativo:

"Você, leitor e eleitor, deve defender seus direitos...''

04/05/1999
Agradar, agradar a

"Agradou o gato."

"A atuação do jogador agradou ao técnico.''

O verbo agradar, na forma transitiva direta, tem o significado de alisar, acarinhar. A forma transitiva indireta (agradar a) é a mais utilizada no jornal e significa contentar, cair no agrado, no gosto de. Note que não se trata de preciosismo, confundir as duas formas é erro grosseiro.

Redundância

"Matou com suas próprias mãos..."

O pronome suas sobra na frase, que ficaria melhor assim:

"Matou com as próprias mãos...''

ou, ainda, sem a ênfase da palavra próprias:

"Matou com as mãos...''

03/05/1999
Lugar-comum

"Apesar da concorrida agenda internacional que tem levado seu talento aos quatro cantos do planeta, continua morando na Rússia."

O manual é taxativo no que se refere a chavões: vulgarizam e empobrecem o texto (pág. 58). A expressão em destaque é desgastada. Para melhorar o estilo, basta simplesmente cortá-la.

Redundância

"Ele não gosta de filmes como, por exemplo, os de Bresson."

Note que o "por exemplo'' é redundante. Nesse caso, a frase poderia ter construída com "como" ou com "por exemplo".

"Ele não gosta de filmes como os de Bresson.''

"Ele não gosta dos filmes, por exemplo, de Bresson.''

30/06/1999
Cargos e hífens

diretor financeiro, sem hífen, pois está subentendida a forma "diretor da área financeira''. Note que, sempre que essa substituição puder ser feita, o cargo não levará hífen: diretor jurídico, gerente comercial etc.

mas

diretor-geral, pois não se substitui por "diretor da área geral'', assim como diretor-gerente, economista-chefe, editor-adjunto etc.

29/06/1999
Preferir

"Teme que empresas prefiram só exportar em vez de (!) instalar indústrias no país.''

"Teme que empresas prefiram só exportar a instalar indústrias no país.''

O verbo preferir pede a preposição a, pois prefere-se uma coisa a outra. Note que a frase com a regência certa é também mais elegante.

28/06/1999
Enquanto

"Ele, enquanto (!) presidente do grêmio, não deveria opinar...''

"Ele, como presidente do grêmio, não deveria opinar...''

A conjunção enquanto quer dizer "no tempo em que'', "durante o tempo que'', "quando''. Na acepção empregada no contra-exemplo, enquanto foi usado erradamente com o significado de como ou na qualidade de.

"Enquanto que"

Enquanto quer dizer ainda "ao passo que'' em construções como: "Fulano se saiu bem no teste, enquanto Sicrano e Beltrano foram muito mal''. No que se refere a essa segunda acepção, a forma "enquanto que'' é vício de estilo bastante disseminado. Repare que, em frases do tipo "Fulano se saiu bem, enquanto que (!) Sicrano foi mal'' , o que é absolutamente desnecessário. Na Folha, considera-se erro o emprego de "enquanto que''.

25/06/1999
Dignitário

"Altos dignatários (!) de Brasília...''

"Altos dignitários de Brasília...''

Atenção, a grafia correta é dignitários. Do "Aurélio'': "dignitário [De um *dignitatário < lat. dignitate, com haplologia.] S. m. 1. Aquele que exerce cargo elevado, que tem alta graduação honorífica, que foi elevado a alguma dignidade (2)." Pela semelhança com dignar, digno e digna, um dicionário registra como variante.

Dor de cabeça

"Ela se queixava de dores-de-cabeça (!) ...''

"Ela se queixava de dores de cabeça...''

Dor de cabeça não leva hífen, é uma expressão, e não um substantivo composto. Não confundir o caso com dor-de-cotovelo, que leva hífen, pois o termo denota algo totalmente diverso do significado literal.

24/06/1999
Seja e for

"O que deverá ocorrer se, após a decisão final do TCU, a obra seja (!) retomada...''

"O que deverá ocorrer se, após a decisão final do TCU, a obra for retomada...''

No contra-exemplo, o verbo ser foi empregado corretamente no modo subjuntivo, pois a frase exprime uma hipótese. Mas note que foi usado o tempo presente (seja), quando se trata de uma possibilidade futura (for).

Conjugações no "Aurélio''

Caso você tenha dúvidas quanto à conjugação de verbos, resolva-as consultando o dicionário Aurélio eletrônico, disponível na rede. Basta escolher o verbo e clicar o botão "Eu, Tu, Ele'', o quinto botão da esquerda para a direita.

23/06/1999
Rebater o quê?

"O senador também rebateu ao (!) empresário Fulano de Tal, que havia feito críticas...''

"O senador também rebateu as críticas do empresário Fulano de Tal...''

''O senador também enfrentou o empresário Fulano de Tal...''

No contra-exemplo, o verbo rebater foi usado como transitivo indireto, forma inexistente na língua. Rebater, com o significado empregado (de repelir, refutar), é transitivo direto. Mas note que, nessa acepção, não se rebate pessoa, mas sim crítica, argumentação, acusações etc. Uma pessoa pode ser enfrentada.

Data-limite

A expressão data-limite leva hífen. As regras de hifenação têm muitas exceções, mas repare que, no caso, trata-se de dois substantivos, e o segundo qualifica o primeiro. Outros exemplos dessa regra são: palavra-chave, data-base, escola-modelo etc.

22/06/1999
Um dos que indica plural

"Ele é um dos que fez (!) parte do grupo...''

"Ele é um dos que fizeram parte do grupo...''

A expressão um dos que pede a concordância no plural, embora muitos gramáticos considerem essa concordância facultativa. O uso do singular só se justifica nos casos de ênfase.

Concordância com frações

"Desse universo, um terço votou contra o projeto, dois terços votaram a favor.''

"Dois quintos da população votaram contra o projeto...''

A concordância deve ser feita levando-se em consideração o numerador da fração. Note que, no segundo exemplo, o especificador da população não interfere na concordância, que deve ser feita no plural. Deve-se seguir a lógica da língua portuguesa, não a lógica da matemática. A concordância se faz com o termo e não com a ideia, exceto nos casos de silepse.

21/06/1999
Intervir (1)

"Em Diadema, intervimos (!) no diretório...''

"Em Diadema, interviemos no diretório...''

O verbo intervir é fonte constante de erros. Lembre-se de que é flexionado como vir.

Intervir (2)

"Fulano interviu no diretório de Diadema...''

"Fulano interveio no diretório de Diadema...''

O contra-exemplo acima mostra erro bastante comum. Lembre-se: intervir conjuga-se como vir, assim como provir, convir, advir e sobrevir.

18/06/1999
Abrir

"Abre (!) em SP mostra...''

"Começa em SP mostra...''

O verbo abrir exige complemento (quem abre abre alguma coisa). Portanto não use abrir como sinônimo de começar.

Iniciar

"Iniciou (!) nesta semana programa...''

"Começou nesta semana programa...''

As observações feitas acima sobre o verbo abrir valem também para iniciar, que não deve ser usado como sinônimo de começar. Iniciar só deve ser usado como transitivo direto no sentido de receber conhecimentos ou inicializar um programa de computador.

17/06/1999
Variar

"O preço do quilo de café varia entre R$2 e R$5."

"O preço do quilo de café varia de R$2 a R$5."

O verbo variar não admite a preposição entre. Sub, o prefixo Leva hífen antes de r, como em sub-região, e b, como em sub-bibliotecário.

16/06/1999
"Quem'' é só para uma pessoa

"As pessoas a quem (!) me referi...''

"As pessoas às quais me referi...''

O pronome quem deve ser usado para substituir uma só pessoa.

Galicismo

"Peças em (!) couro'', mas "Peças de couro''

"Móveis em (!) madeira'', mas "Móveis de madeira''

O emprego da preposição em nos casos destacados acima é galicismo, ou seja, imitação de construção francesa. A preposição em não indica a matéria de que é feita alguma coisa.

NOTA IMPORTANTE (16/6/99)

A dica que informava que o pronome quem deve ser usado para substituir uma só pessoa, enviada nesta data, soou incorretamente impositiva. Seria estranho fazer a concordância no plural com o pronome quem em casos como: "Não foram eles quem fizeram o texto". Essa concordância, embora correta, não é a mais desejável, pois causa estranheza, embora esteja abonada em muitas gramáticas. Nesse caso, pode-se mesmo dizer simplesmente: "Não foram eles que fizeram o texto''. Nos exemplos dados anteriormente, ressalte-se, a concordância estava gramaticalmente correta: "As pessoas a quem me referi" e "As pessoas às quais me referi".

15/06/1999
O "se'' inútil

"Para se (!) chegar a um consenso.''

"Para se (!) fazer isso, é preciso estar atento.''

"Livros bons de se (!) ler.''

"Questões por se (!) resolver.''

As frases acima têm em comum a partícula "se" empregada de modo redundante. Nesses casos, o "se'' pode ser eliminado em benefício da concisão e do estilo. Isso ocorre porque a estrutura de preposição (por, para, de) e o verbo no infinitivo já denotam frase de estrutura passiva, fazendo com que o "se" sobre. IMPORTANTE: o "se" redundante é considerado erro na Folha

14/06/1999
Bem comparando

O exemplo abaixo foi construído para esclarecer dúvidas recorrentes envolvendo comparações de valores.

A loja A vende o produto "X'' por R$ 20. A loja B vende o mesmo produto por R$ 100. Pode-se dizer então:

que A: vende o produto por 1/5 do preço de B, vende o produto por 20% do preço de B, mas jamais "vende por cinco vezes menos''. Note que essa última forma, embora coloquial, é absurda, pois uma vez menos algum valor é zero.

que B: vende o produto por cinco vezes o preço de A, vende o produto pelo quíntuplo do preço de A, vende o produto por quatro vezes mais o preço de A . Note que a palavra mais traz uma complicação, pois 20 (uma vez) + 4 x 20 (quatro vezes mais) = 100 (preço). Procure evitar, portanto, essa última forma.

Padrão

A Folha grafa mata atlântica e floresta amazônica com minúsculas porque se trata de tipos de vegetação.

18/06/1999
Abrir

"Abre (!) em SP mostra...''

"Começa em SP mostra...''

O verbo abrir exige complemento (quem abre abre alguma coisa). Portanto não use abrir como sinônimo de começar.

Iniciar

"Iniciou (!) nesta semana programa...''

"Começou nesta semana programa...''

As observações feitas acima sobre o verbo abrir valem também para iniciar, que não deve ser usado como sinônimo de começar. Iniciar significa dar início a alguma coisa ou inicializar um programa de computador.

17/06/1999
Variar

"O preço do quilo de café varia entre R$2 e R$5."

"O preço do quilo de café varia de R$2 a R$5."

O verbo variar não admite a preposição entre. Sub, o prefixo Leva hífen antes de r, como em sub-reptício, e b, como em sub-biblioteca.

16/06/1999
"Quem'' é só para uma pessoa

"As pessoas a quem (!) me referi...''

"As pessoas às quais me referi...''

O pronome quem deve ser usado para substituir uma só pessoa. Para substituir mais de uma pessoa, usa-se o pronome relativo o qual.

Galicismo

"Peças em (!) couro'', mas "Peças de couro''

"Móveis em (!) madeira'', mas "Móveis de madeira''

O emprego da preposição em nos casos destacados acima é galicismo, ou seja, construção afrancesada. A preposição em não indica a matéria de que é feita alguma coisa.

NOTA IMPORTANTE (16/6/99)

A dica que informava que o pronome quem deve ser usado para substituir uma só pessoa, enviada nesta data, soou incorretamente impositiva. Não seria bom fazer a concordância no plural com o pronome quem em casos como: "Não foram eles quem fizeram o texto". Essa concordância não é a mais desejável, pois causa estranheza, embora esteja abonada em muitas gramáticas. Nesse caso, pode-se mesmo dizer simplesmente: "Não foram eles que fizeram o texto''. Nos exemplos dados anteriormente, ressalte-se, a concordância estava gramaticalmente correta: "As pessoas a quem me referi" e "As pessoas às quais me referi".

15/06/1999
O "se'' inútil

"Para se (!) chegar a um consenso.''

"Para se (!) fazer isso, é preciso estar atento.''

"Livros bons de se (!) ler.''

"Questões por se (!) resolver.''

As frases acima têm em comum a partícula "se" empregada de modo redundante. Nesses casos, o "se'' pode ser eliminado em benefício da concisão e do estilo. Isso ocorre porque a estrutura de preposição (por, para, de) e o verbo no infinitivo já denotam frase de estrutura passiva, fazendo com que o "se" sobre. IMPORTANTE: o "se" redundante é considerado erro na Folha

14/06/1999
Bem comparando

O exemplo abaixo foi construído para esclarecer dúvidas recorrentes envolvendo comparações de valores.

A loja A vende o produto "X'' por R$ 20. A loja B vende o mesmo produto por R$ 100. Pode-se dizer então:

que A: vende o produto por 1/5 do preço de B, vende o produto por 20% do preço de B, mas jamais "vende por cinco vezes menos''. Note que essa última forma, embora coloquial, é absurda, pois uma vez menos algum valor é zero.

que B: vende o produto por cinco vezes o preço de A, vende o produto pelo quíntuplo do preço de A, vende o produto por quatro vezes mais o preço de A . Note que a palavra mais traz uma complicação, pois 20 (uma vez) + 4 x 20 (quatro vezes mais) = 100 (preço). Procure evitar, portanto, essa última forma.

Padrão

A Folha grafa mata atlântica e floresta amazônica com minúsculas porque se trata de tipos de vegetação.

O somatório

Devemos dizer o somatório, e não a somatória. Do "Aurélio'': "[De somar + -(t)ório.] S. m. 1. Mat. Soma dos termos de uma sequência qualquer; somação. 2. Fig. Soma1 (5). 3. Estat. Soma de soma dos resultados. Adj. 4. Que indica uma soma''. Somatória é palavra inexistente na língua como substantivo. Só pode ser usada como adjetivo. É usada como substantivo pela semelhança com soma, palavra feminina.
É isso mesmo!

O plural de mau-caráter é, atenção, maus-caracteres.

10/06/1999
Por que pra não leva acento

A forma reduzida pra, de para, não deve ser acentuada porque é preposição e, como tal, é palavra átona.

Redundância

"Antonio atingiu o objetivo enquanto que (?!) José se perdia em devaneios.''

"Antonio atingiu o objetivo enquanto José se perdia em devaneios.''

"Enquanto que" é uma forma do padrão coloquial, mas que não é aceita no padrão culto pelo que encerra de redundância.

Repare que, sem o que, a frase fica melhor.

09/06/1999
Se ele revir...

"Se ele rever (!) a posição...''

"Se eu revir minha posição...''

"Se ela revir a avaliação...''

No futuro do subjuntivo, a primeira e a terceira pessoa do singular são revir. A forma rever pertence ao infinitivo. Assim, estaria correta uma construção como: "É preciso rever o projeto". Usa-se o infinitivo antes de uma preposição, e o futuro do subjuntivo antes de uma conjunção ou do pronome quem.

08/06/1999
Se, singular e plural

"Vendem-se casas'', porque casas são vendidas.

"Precisa-se de casas'', note que não se diz: "Casas são precisadas".

A voz passiva leva à concordância de número: "Alugam-se casas'', pois casas são alugadas; "Consertam-se roupas'', pois roupas são consertadas. Mas, quando o verbo pede preposição (de, para, por, sobre, em), advérbio ou adjetivo, a regra não é válida, e o verbo não varia: "Trata-se de questões menores'', pois não dizemos "São tratadas de questões menores".

Em via de

"Estava em vias (!) de mudar.''

"Estava em via de mudar.''

A expressão é "em via de''.A forma "em vias de" não é da norma culta, mas da língua popular, embora um dicionarista registre como correta.

07/06/1999
Abusar de

"Soubemos que elas foram abusadas sexualmente."

"Soubemos que elas sofreram abuso sexual."

"Soubemos que elas foram vítimas de abuso sexual.''

Abusa-se de alguém, abusa-se de algo: "Abusa-se da boa-fé'', "Abusa-se da bebida''. Ninguém é abusado, assim como ninguém é precisado. Note que a forma abusado tem acepção não aceita na norma culta: "Fulano é abusado, não conhece limites''. Nessa frase, fulano é o agente da ação, e não a vítima.

Autodestruição

Escreve-se assim mesmo, sem hífen.O prefixo auto só pede hífen antes de vogal, h, r e s (HORAS).

04/06/1999
Quem tem?

"O programa terá gasto 60% dos 16 milhões que têm (!) à sua disposição."

"O programa terá gasto 60% dos 16 milhões que tem à sua disposição."

O caso acima é exemplar de um erro comum. Houve uma confusão com o sujeito da frase, que aparece distante do verbo. O sujeito é programa, singular, e não milhões.

Ortografia

"O homem havia cansado de frustar (!!!) a mulher."

"O homem havia cansado de frustrar a mulher."

O verbo é frustrar.

02/06/1999
Férias

"Fulano de Tal saiu de férias."

"Fulano de Tal saiu em férias."

As formas empregadas acima estão corretas. Note que elas valem também quando se emprega o verbo estar:

"Fulano de Tal está em férias." - não recomendada
 
"Fulano de Tal está de férias.'' - melhor

"Frente o", "Frente a"

"Foi a maior valorização da moeda frente o dólar."

As expressões "frente o" e "frente a" não existem na norma culta da língua.

Nesse caso, escreva utilizando as formas abaixo:

"Foi a maior valorização da moeda diante do dólar."

"Foi a maior valorização da moeda em relação ao dólar."

01/06/1999
Obviedade

"A média de espera foi de quatro horas, mas houve quem esperasse mais.''

Uma média pressupõe valores superiores e inferiores. Se houve quem esperou mais, houve também quem esperou menos. O trecho destacado é, portanto, uma obviedade.

Redundância

"Alegou que o produto era de seu uso pessoal."

"Seu'' e "pessoal'' são empregados de forma redundante na frase. Não existe uso impessoal. Abaixo, construções alternativas:

"Alegou que o produto era de uso pessoal."

"Alegou que o produto era de seu uso."


domingo, 17 de maio de 2020

Hipersessão - Programas da Rede Globo (2012)

Telenovelas

Chocolate com Pimenta (Vale a Pena Ver de Novo) - segunda a sexta, após o Vídeo Show
Malhação - segunda a sexta, após o resumo do Globo Notícia
Amor Eterno Amor - segunda a sexta, após Malhação e sábados, após o Caldeirão do Huck
Cheias de Charme - segunda a sábado, após a 2ª edição do Praça TV
Avenida Brasil - segunda a sábado, após o Jornal Nacional
Gabriela - novela das onze: terças, após Tapas & Beijos, quintas, após A Grande Família, sextas, após o Globo Repórter e quartas, após o Futebol (ou filme, caso não haja jogos)

Telejornais

Globo Rural - domingos, após o Pequenas Empresas & Grandes Negócios e segunda a sexta, após o Telecurso
Bom Dia Praça - segunda a sexta, após o Globo Rural
Bom Dia Brasil - segunda a sexta, após o Bom Dia Praça
Radar - em algumas emissoras, após o Bom Dia Brasil
Globo Notícia - segunda a sexta, após a Sessão da Tarde, sábados, após o TV Xuxa e domingos, após a Temperatura Máxima
Praça TV - segunda a sábado, após a TV Globinho (primeira edição) e a novela das seis (segunda edição). 
Jornal Hoje - segunda a sábado, após o Globo Esporte
Jornal da Globo - segunda a sexta, após a faixa de shows
Globo Mar (marítimo) - quintas, após os seriados
Plantão da Globo (notícias importantes ou notáveis) - qualquer horário

Programas jornalísticos

Profissão Repórter (investigação / denúncia) - terças, após os seriados
Globo Repórter (cotidiano / cultura / turismo / trabalho / saúde / comportamento) - sextas, após a novela das nove
Globo Comunidade (comunitário) - domingos, após a Santa Missa
Pequenas Empresas & Grandes Negócios (empreendedorismo / economia) - domingos, após o Globo Comunidade
Fantástico (revista eletrônica) - domingos, após o Domingão do Faustão
Eleições na Globo - primeiro domingo de outubro (1º turno) e último domingo de outubro (2º turno)

Entretenimento

Mais Você - segunda a sexta, após o Bom Dia Brasil ou o Radar
Bem Estar - segunda a sexta, após o Mais Você
Vídeo Show - segunda a sexta, após o Jornal Hoje
TV Xuxa - sábados, após o Estrelas
Caldeirão do Huck - sábados, após o TV Xuxa
Domingão do Faustão - domingos, após o Futebol, ou após a Temperatura Máxima quando não há transmissões futebolísticas
Amor & Sexo - quintas, após os seriados
Esquenta! - domingos, após o Esporte Espetacular ou Os Caras de Pau

Entrevistas

Programa do Jô - segunda a sexta, após o Jornal da Globo
Estrelas - sábados, após o Jornal Hoje
Altas Horas - sábados, após o Supercine

Esportivos

Globo Esporte - segunda a sábado, após a primeira edição do Praça TV
Placar da Rodada - quartas, após os jogos de futebol
Auto Esporte - domingos, após o Globo Rural
Esporte Espetacular - domingos, após o Auto Esporte
Corujão do Esporte - sexta para sábado, após o Programa do Jô

Sessões de cinema

Sessão da Tarde - segunda a sexta, após o Vale a Pena Ver de Novo
Tela Quente - segundas, após a novela das nove
Sessão Brasil - segunda para terça, após o Programa do Jô
Corujão - segundas, após a Sessão Brasil, terças, quartas e quintas, após o Festival de Sucessos, sextas, após o Corujão do Esporte, sábados, após Uma Família da Pesada e domingos, após a Sessão de Gala, quando a Globo não entra em manutenção técnica
Supercine - sábados, após o Zorra Total, exceto em dias de eventos especiais
Temperatura Máxima - domingos, após o Esporte Espetacular ou Os Caras de Pau
Domingo Maior - domingos, após o Fantástico, o Big Brother Brasil ou em algumas afiliadas, programas locais
Sessão de Gala - domingo para segunda, após o Domingo Maior, exceto em dias de manutenção técnica ou exibição de programas especiais
Cinema Especial - ocasionalmente, quando não há transmissão de Futebol, no Natal, no Ano Novo ou para suprir outras lacunas na programação local ou nacional
Festival de Sucessos - terças, quartas e quintas, após o Programa do Jô ou o Jornal da Globo
Festival Nacional - segunda a sexta, após o Jornal da Globo - início de ano
Desenho Especial - véspera e dia de Natal e Ano-Novo

Musicais / Especiais

Som Brasil - após o Programa do Jô ou o Jornal da Globo, na madrugada da última sexta-feira do mês para o primeiro sábado do mês seguinte, sendo reprisado na quinta-feira após A Grande Família
Por Toda Minha Vida - após o Programa do Jô ou o Jornal da Globo, entre fevereiro e novembro
Criança Esperança - sábados de agosto
Globeleza - carnaval (sexta, sábado, domingo e segunda, apuração na terça e quarta)
Roberto Carlos Especial - dia de Natal ou última semana de dezembro
Melhores do Ano - fim de ano, dentro do Domingão do Faustão
Show da Virada - 31 de dezembro para 1 de janeiro
Retrospectiva - última sexta-feira do ano
Vem aí - primeira semana de janeiro

Humorísticos

Zorra Total - sábados, após a novela das nove
Os Caras de Pau - domingos, após Aventuras do Didi

Seriados nacionais

A Grande Família - quintas, após a novela das nove
Tapas & Beijos - terças, após a novela das nove
As Brasileiras - terças, após Tapas & Beijos
Louco por Elas - terças, após Tapas & Beijos
Casseta & Planeta Vai Fundo - sextas, após o Globo Repórter

Infantil

TV Globinho - segunda a sexta, após o Bem Estar e sábados, após Turma da Mônica
Festival de Desenhos - em caráter excepcional, após o Corujão quando a duração do filme é muito longa
Aventuras do Didi - domingos, após o Esporte Espetacular
Turma da Mônica - sábados, após o Sítio do Picapau Amarelo ou o Ação

Reality shows

Big Brother Brasil - entre janeiro e abril
No Limite - domingos, após o Fantástico
Dança dos Famosos - domingos, dentro do Domingão do Faustão
Hipertensão - quintas, após A Grande Família e domingos, após o Fantástico, com boletins às segundas, terças, quartas e sextas, após o Jornal da Globo e sábados, após o Zorra Total

Educativos

Globo Educação (educativo) - sábados, após o Corujão
Globo Ciência (científico) - sábados, após o Globo Educação
Globo Ecologia (ambiental) - sábados, após o Globo Ciência
Globo Universidade (ensino superior) - sábados, após o Globo Ecologia
Ação (serviço social) - sábados, após o Globo Universidade
Telecurso - segunda a sexta, após o Sagrado

Religiosos

Santa Missa em Seu Lar - domingos, após o Corujão
Sagrado - segunda a sexta, após o Corujão ou a Sessão Brasil e domingos, após a Santa Missa
Missa do Galo - 24 para 25 de dezembro, após o Cinema Especial

João Azevêdo diz que definição sobre 2024 no PSB será tomada de forma coletiva e afasta especulações

O governador João Azevêdo demonstrou descontentamento com o dDeputado federal, Gervásio Maia, presidente do PSB. João Azevêdo comentou a fal...